O Vasco tem a chance de assumir a liderança do Estadual hoje, caso consiga passar pelo Bangu, em São Janú. E levando em consideração o retrospecto de empates entre o canil e a mulambada, a probabilidade de terminarmos a rodada no topo da tabela aumenta.
Mas para que isso aconteça, precisaremos vencer o alvirrubro por uma diferença de quatro gols, coisa que ainda não fizemos na competição. Esse, aliás, é um dos senões da equipe do Doriva, que não tem se destacado na tarefa de balançar as redes: temos o pior ataque entre os quatro primeiro colocados do Carioca (incluindo aí o Voltaço) e até que o Fluzim, quinto lugar na tabela.
Essa falta de gols, mais a necessidade de um placar elástico, a motivação depois da vitória no clássico contra os flores e o fato de jogarmos em casa podem justificar as alterações feitas no time pelo nosso treinador. Doriva deve por em campo um time titular extremamente ofensivo, com apenas um volante de combate. Com a suspensão de Guiñazu e a boa participação de Julio dos Santos na partida passada, o treinador preferiu manter o paraguaio no time e não colocar outro volante no lugar do argentino, promovendo a volta de Bernardo ao meio de campo.
O esquema tanto pode favorecer a compactação do time na frente como pode criar uma bateção de cabeça entre os homens do meio (o que tem acontecido muito com o Marcinho). Outro problema que pode aparecer é que tendo dois laterais que apóiam muito – em quantidade, não necessariamente em qualidade – os meias deverão ajudar a recompor o sistema defensivo com velocidade, coisa que não parece ser muito a praia de nenhum deles. Julio dos Santos, que naturalmente deve ter maiores responsabilidades defensivas, compensa um pouco esse problema, mas ai fica o dilema: tendo que fechar espaços e não sendo muito veloz, ele não poderá se aventurar muito na frente. E se isso acontecer, a qualidade do seu passe será menos efetiva na criação de jogadas.
E não podemos ignorar nosso adversário, até porque já tropeçamos contra oponentes até mais fracos e na Colina. O Bangu está ali, no meio da tabela e chegando à metade da Taça Guanabara, está ali no meio do caminho entre o G4 e a zona de rebaixamento. Mas todos em Moça Bonita devem saber que é muito mais complicado conseguir uma classificação para as semifinais que despencar na tabela, e por isso, devem valorizar ao máximo um pontinho. Ou seja, provavelmente teremos mais uma retranca pela frente, o que tem nos dificultado muito nos últimos tempos.
Tudo isso, claro, são teorias que podem muito bem não acontecer na prática. Doriva teve uma semana para testar essa formação e certamente é gabaritado o suficiente para encontrar soluções para os possíveis problemas desse esquema. Mesmo que não consigamos a goleada necessária para nos deixar mais próximos da liderança, a vitória é fundamental para o time ganhar mais confiança e se garantir de vez nas semifinais.
Campeonato Estadual 2015 |
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Vasco x Bangu |
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Martín Silva; Madson, Luan, Rodrigo e Christiano; Serginho, Julio dos Santos, Bernardo e Marcinho; Rafael Silva e Gilberto. |
Márcio, Iago Soares, Rafael Sales, Luís Felipe e Guilherme (Luciano); Ives, Anderson Penna, Raphael Augusto e Almir; Matheus Pimenta e Bruno Luiz. |
Técnico: Doriva. |
Técnico: Mário Marques. |
Estádio: São Januário. Data: 28/02/2015. Horário: 16h. Árbitragem: João Batista de Arruda. Auxiliares: Rodrigo Pereira Joia e Eduardo de Souza Couto. |
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Falcão finalmente será apresentado, e mesmo que a prática sua contratação seja mais importante simbolicamente – como uma mostra de que profissionais gabaritados confiam nos projetos apresentados pelo Vasco – que na prática (sejamos sinceros: Futebol de 7 é legal, mas…), é sempre bom ver ídolos do esporte ligados ao clube. Mas o reforço que a torcida mais anseia atualmente é a confirmação do Dagoberto, que viria do Cruzeiro por empréstimo até o fim do ano.
Diante das contratações feitas até agora, a possível vinda do Dagoberto seria inegavelmente um reforço de peso. Na minha opinião, só o fato de saber que ele não jogará contra nós no Brasileirão já será um alívio (ele parece ter uma predileção especial em marcar gols contra o Vasco).
Porém é preciso que lembremos que as expectativas nem sempre são satisfeitas na realidade. Se quem chegar à Colina for o Dagol, excelente: teremos um ataque de respeito com ele e Gilberto. Por outro lado, se quem vier for o Dagoberto da última temporada na Raposa, que poucas chances teve com Marcelo Oliveira – e que na prática foi dispensado pelo treinador – a decepção será grande. Mas é aquilo: com o elenco que temos, se chegar um meio termo, alguém que mesmo não estando no auge da técnica pode render nas mãos de um técnico que saiba explorar seu potencial, Dagoberto será mais que bem vindo ao time.
Ficam apenas duas perguntas:
Mesmo com o Cruzeiro pagando metade dos salários do Dagoberto, seus vencimentos ficam dentro do teto estabelecido pela diretoria?
E se não ficam, não era o caso então de contratarmos menos jogadores de qualidade questionável e trazermos mais jogadores do nível do Dagoberto?
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