Um pouco mais que a classificação

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Colocando a qualidade das duas equipes dentro de uma perspectiva realista, podemos dizer que Vasco e Ponte Preta fizeram uma boa partida. Foi um jogo disputado, com ambas as equipes buscando o gol e alguns lances até interessantes.


Deve-se se dar o mérito a quem merece. O que fez do jogo algo mais do que uma simples confirmação da nossa ida às oitavas da Copa do Brasil foi o interesse da Macaca na partida. Nosso adversário sabia que seria muito complicado evitar a eliminação e ainda assim buscou o resultado que lhe interessava até o fim. Dentro das suas limitações, os dois times fizeram uma partida um pouco acima do que suas próprias torcidas esperavam. Mas a atuação do Vasco ainda deixou uma pergunta no ar: será que não teríamos vencido mais vezes no Brasileiro com outras atuações parecidas com essa? Por que o Vasco não joga sempre como ontem?

Simples: não joga porque não consegue. Porque poucos dos nossos adversários equilibram a vontade de atacar e o medo defensivo, preferindo na maioria das vezes a retranca e o contra-ataque. E o Adilson até hoje não conseguiu fazer sua equipe jogar de forma eficaz contra esse tipo de oponente.

Outra preocupação, também confirmada na partida de ontem, foi o nosso aproveitamento pífio nas finalizações. Mesmo tendo criado mais jogadas e conseguido finalizar mais vezes que o normal, o Vasco só acabou vencendo marcando dois gols que não saíram de jogadas do time. Quando criamos o lance até o último passe, erramos muito nos arremates. E aí voltando ao Brasileiro, contra as retrancas, o Vasco naturalmente cria menos. E criando menos, não podemos desperdiçar as raras oportunidades de marcar (até porque, nem sempre haverá pênaltis e gols contras a nosso favor). Como é isso o que vem acontecendo em várias das nossas partidas, o resultado não poderia ser outro além de sete empates no Brasileirão.

Mas deixemos de ser ranhetas pelo menos por hoje. Vencemos e vimos um Vasco um pouco mais criativo, o que pode nos dar uma esperançazinha de melhores atuações daqui pra frente. Desde que, claro, nossa zaga deixe de entregar a rapadura (como fez ontem o Rodrigo e antes disso toda a zaga no empate com o América-RN) e que o treinador se resolva a armar o time de maneira mais ofensiva.

Nisso, sinceramente, não creio muito. A entrada do Dakson efetivamente deixou o time mais vulnerável defensivamente e, para manter o time com apenas dois volantes, Adilson terá que considerar que o maior número de jogadas ofensivas compensou a maior exposição da zaga. Alguém acredita que nosso cauteloso treinador pensará dessa forma?

As atuações…

Martín Silva – vendido no lance do gol, não teve o que fazer. De resto foi pouco exigido, mas quando foi, rebateu uma bola à moda Fernando Prass.

Carlos César – merece elogios por ser muito presente no apoio, mas Adilson precisa urgentemente bater um papo com o rapaz. Ele abusa da violência e ontem não foi expulso por pura sorte.

Rodrigo – não há como ignorar a falha grotesca que culminou no gol da Macaca. Não fosse por esse erro grave, teria tido uma atuação regular, quase marcando em duas perigosas cobranças de falta.

Douglas Silva – ele e Rodrigo tiveram um pouco de problema por conta do meio de campo menos marcador. Mas ainda assim, mesmo que a Ponte tivesse tido mais chances do que seria o ideal, Douglas não comprometeu.

Diego Renan – Adilson parece ter pedido ao Diego que segurasse mais na marcação para que Carlos César tivesse mais liberdade. Só isso justifica suas poucas subidas ao ataque. Mas numa das raras vezes em que subiu, quase marcou um gol.

Guiñazu – com menos um volante em campo, acabou tendo que jogar com disposição redobrada (tanto que me lembro mais dele no chão, dando carrinhos, que de pé no campo). Mas fez bem a parte que lhe cabia, já que não poderia se desdobrar em dois. Também tentou ajudar na frente quando teve espaço para isso.

Fabrício – quase marcou um gol, cabeceando uma bola no travessão. Fez bem a transição para os armadores, dando mais uma opção para a criação de jogadas.

Dakson  – faltou um golzinho, mas de resto, fez quase tudo: armou jogadas, puxou jogadas em velocidade, acertou bons passes – colocou o Thalles na cara do gol – e até na marcação ajudou. Sofreu o pênalti que originou nosso primeiro gol. Com a fatura fechada, Adilson colocou Montoya em seu lugar e o colombiano, mesmo não sendo muito efetivo, mostrou disposição e fez pelo menos uma bela jogada, se infiltrando no meio da zaga símia com dribles.

Douglas – com outro meia em campo, o camisa 10 acaba tendo mais espaço, já que a marcação adversária precisa se dividir entre os dois. E tendo mais espaço, Douglas acaba aparecendo, dando bons passes. Teve participação direta nos dois gols, cobrando o pênalti e o escanteio que terminou em gol contra.

Kleber – ainda não justificou sua contratação, apesar de não deixar de lutar enquanto está em campo. Saiu no intervalo para a entrada de Lucas Crispim, que deu outra dinâmica ao time, mas ainda precisa caprichar no último passe e nas finalizações.

Thalles – como sempre, lutou e correu o tempo inteiro, mostrando inclusive uma movimentação um pouco mais intensa. Mas teve poucas chances de finalizar, e nas duas únicas, foi mal. Edmilson entrou em seu lugar no apagar das luzes e acabou não contribuindo muito.

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Risco calculado

riscoEis que no fim de julho, Adilson encontrou um jogo para experimentar com o time. Para enfrentar a semi-eliminada Ponte Preta, nosso treinador fez tantas mudanças que só faltou mesmo promover a estreia do Jordi no time profissional.

O momento é oportuno. Mesmo que a diretoria não admita, as declarações do Rodrigo Caetano sobre o desempenho do time no Brasileiro mostram que Adilson está com os dois pés na berlinda (não que o Dinamite, sempre lento em suas decisões e prestes a sair da presidência, vá tomar uma atitude). E para tentar amenizar seu filme queimado pelo menos junto à torcida em São Januário, Adilson abre mão dos três volantes pela primeira vez desde o fim da Copa.

É ousadia? Muito pouca. As duas partidas contra a Macaca serviram para mostrar que nosso adversário de hoje não prima pela qualidade ofensiva. E a vantagem da classificação mesmo perdendo por um gol de diferença parece ter sido o bastante para amenizar a constante cautela do treinador vascaíno. Com a entrada de Dakson no lugar do Aranda, o time ganha mais mobilidade e, pelo menos em teoria, mais criatividade com dois meias.

Mas essa não foi a única mudança no time. Rodrigo volta ao time e, para a surpresa da maioria, entra no lugar do Luan, que realmente vinha caindo de produção. A torcida achava que tendo um zagueiro mais experiente ao seu lado, o garoto voltaria a jogar bem. Mas isso também pode acontecer com Douglas Silva, que tirando os momentos em que suas vaciladas colocam em risco resultados positivos, tem jogado pelo menos no mesmo nível do Luan.

No fim das contas, seria melhor que a regra de eliminação por derrota em casa por dois gols de diferença estivesse valendo nessa rodada. Já teríamos resolvido nosso problema com a Ponte, o time teria mais tempo para treinar/descansar e o Adilson teria que mostrar coragem em um jogo que valesse alguma coisa. Porque na prática, a partida de hoje não serve para quase nada: a classificação, seja qual for o resultado e qual for o futebol apresentado, é uma obrigação. Qualquer coisa diferente disso não pode sequer ser cogitada. E demonstrar ousadia em um jogo como hoje não é arriscar. É fazer cálculo.

Copa do Brasil 2014

Vasco X Ponte Preta

Martín Silva; Carlos Cesar, Douglas Silva, Rodrigo e Diego Renan; Guiñazu, Fabrício, Dakson e Douglas; Kleber e Thalles.

Roberto; Rodinei (Daniel Borges), Luan, Diego Sacoman e Magal; Adilson Goiano, Alef, Juninho e Adrianinho; Cafu e Rafael Costa.

Técnico: Adilson Batista.

Técnico: Guto Ferreira.

Estádio: São Januário. Data: 30/07/2014. Horário: 22h.  Árbitro: Francisco Carlos do Nascimento (AL). Assistentes: Fabio Pereira (TO) e Cleriston Clay Barreto Rios (SE).

A TV Globo (RJ, ES, MG – menos Uberlândia e Ituiutaba -, SP – só Campinas -, MS, MT, BA, SE, AL, PE – menos Caruaru -, PB, RN, PI, MA, PA, AM, RO, AC, RR, AP e DF) transmite ao vivo. O SporTV 2 transmite para seus assinantes em todo Brasil.

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A justiça decidiu e as eleições no Vasco serão mesmo em agosto. Uma Assembléia Geral já foi inclusive convocada para decidir a data do pleito.

Isso, claro, se não houver outra liminar cassando a liminar que determina a eleição no mês que vem. E, depois, se não houver outra liminar cassando essa segunda. E assim vai o clube, nesse jogo de empurra eleitoral. Infelizmente uma rotina no clube desde a gestão anterior.

Que a próxima administração tenha competência para, pelo menos, sair do poder na data certa.

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Ambiente caótico

chaosEsquecendo um pouco nosso caótico futebol, vamos falar um pouco do ainda mais caótico ambiente político vascaíno. O último motivo de polêmica foi o adiamento das eleições. O pleito, que aconteceria no próximo dia 6, acontecerá talvez em novembro, se mais nada acontecer na bagunça que são as internas sãojuarianas (e há uma nova reunião da Junta Deliberativa hoje que pode mudar tudo de novo).

Há os que são a favor do adiamento e há os que são contra. Os que são contra, mais uma vez unidos por um objetivo comum, são Eurico Miranda e Roberto Monteiro (e aparentemente outras cinco chapas). Os mesmos que, há não muito tempo, desejavam adiar o pleito até que os “sócios de abril” – ou “mensaleiros”, como preferirem – fossem confirmados aptos a votar. Como isso já aconteceu, agora o ideal para ambos é que a eleição seja o mais rápido possível, aproveitando que ambos têm boa intenção de votos e que nenhuma outra chapa cresceu muito. Porque os candidatos que atualmente têm mais chances de saírem vencedores no pleito são justamente os que parecem ter mais medo do adiamento das eleições é um mistério.

Na minha modesta opinião, qualquer coisa que os dois defendam não merece apoio. São candidatos muito parecidos – políticos eleitos na aba da torcida do clube e envolvidos em situações suspeitas – e não aparentam trazer qualquer tipo de renovação para o futuro do Vasco. Aliás, causa assombro ver os dois como principais candidatos numa eleição que, até o momento, tem 17 chapas inscritas. Falta de opção é que não é e não faz sentido tantos escolherem quem já teve chance de fez um trabalho ruim ou outro que aparentemente seguirá os passos do mesmo.

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Ou seja, temos a velha bagunça de sempre: um monte de gente brigando desesperadamente por um cargo que só seve de vidraça, que traz um monte de preocupações para quem o ocupa e, pra completar, é não remunerado. É muito amor pelo clube querer assumir a presidência, né não?

Queria muito, mas MUITO mesmo acreditar que o que move uma pá de candidatos aí é unicamente a vontade de ajudar o Vasco.

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É complicado ser direto dessa forma, mas diante da quantidade de gente que não entende as coisas na base da sutileza, às vezes temos que mandar na lata. Só existem três tipos de eleitores que pensam em votar no Eurico Miranda: os cegos, os loucos e os mal intencionados.

Só sendo cego para não ver que o Vasco precisa de renovação. E votar em alguém que já esteve oito anos no poder e só conseguiu um carioca, dívidas e a queimação definitiva da imagem do clube é coisa pra quem não enxerga um palmo diante do nariz. Assim como é preciso ter severos problemas oculares para não ver que, mesmo que se inventem diversas desculpas para suas fracassadas gestões, Eurico foi incapaz de manter o Vasco como um clube vencedor.

E falando sobre as desculpas, aquelas de sempre – complô midiático, CBF, Lei Pelé, entre outras – só sendo um louco para acreditar que, na volta do Eurico, tudo o que ele usa como desculpa para sua incompetência não volte a acontecer. Vejam se não é coisa de lunático: os defensores do ex-presidente colocam na Globo, nas confederações e empresários a culpa pelos frustrantes anos entre 2001 e 2008. Agora, mesmo que todos esses ainda estejam aí, mandando e desmandando no futebol, os malucos acreditam que o Super Euricão conseguirá superá-los e fazer uma gestão vencedora. Se agora ele conseguirá vencer a Globo, a CBF e os empresários, porque não conseguiu nas suas primeiras gestões? Que argumento alucinado os faz crer que tudo será diferente? Se todos odeiam tanto o Vasco e/ou o Eurico, por que numa nova gestão eles passarão a ser amiguinhos do homem do charuto?

Restaram os mal intencionados. E sobre esses não é preciso falar muito, não é? Esses, antes mesmo da votação, já estão por aí tendo suas mensalidades do clube sendo bancadas por grupos políticos. Se uma gestão começa desse jeito, vocês imaginem o que não vai ter de gente querendo se dar bem às custas do Vasco. Como já aconteceu antes.

Eles aprenderam. Nós, não.

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Uma das coisas ruins de se dar uma opinião sobre seu time é que, na maioria das vezes, só acertamos as negativas. Foi exatamente o que aconteceu comigo ontem: no horrendo empate sem gols entre Ponte Preta e Vasco, parece que tudo o que escrevi aconteceu. A Macaca aprendeu alguma coisa com a derrota pela Copa do Brasil na quarta feira. Já o Vasco de Adilson Batista parece que não aprende nada. Em situação nenhuma.

Era óbvio que a Ponte não ofereceria as mesmas facilidades que ofereceu no primeiro jogo. Isso ficou claríssimo com a mudança de cinco jogadores de uma partida para a outra. Também era óbvio que, com um novo treinador, o time campinense iria se empenhar mais, já que todo mundo ia querer mostrar serviço.

E com o Vasco? Nada mudou. Entramos com os mesmo jogadores, a mesma forma de jogar e, infelizmente, os mesmos erros.

O primeiro tempo das duas partidas foi até parecido: uma falta de objetividade tão grande das duas equipes que o sono foi inevitável. Adilson poderia ter buscado uma variação qualquer no time para evitar esse tipo de coisa, mas aparentemente, nosso treinador esperava uma partida idêntica à primeira: no intervalo, ele falaria uma coisa ou outra com os jogadores, voltaríamos melhor e venceríamos o jogo.

Mas não foi isso que aconteceu. Diferente do Vasco, não interessava em nada à Ponte repetir o primeiro placar. E por isso os caras não repetiram seus erros. Marcaram mais em cima, não deram espaços para o Douglas e passaram a explorar as jogadas pelas laterais. E com isso, mudaram a história que aconteceu na quarta passada. Sem alguém para municiar os atacantes e com as nossas laterais anuladas, o Vasco manteve a posse de bola, mas não conseguia criar qualquer jogada que oferecesse perigo ao advesário.

E qual foi a primeira medida do Adilson? Insistiu em repetir a primeira partida, tirando Carlos César e colocando André Rocha. Como qualquer torcedor já imaginava, a alteração não mudaria em nada o cenário do jogo. Pelo contrário, perdemos de vez uma lateral, já que Rocha é nulo no ataque e fraco defensivamente. Com menos uma opção ofensiva e com os volantes e zagueiros precisando ajudar na marcação pela direita, o sistema defensivo do Vasco se desequilibrou e fomos obrigados a ver a fraquíssima Ponte Preta nos pressionar e quase vencer a partida no finzinho.

O Vasco tem muitos problemas que estão fora da alçada do seu treinador. O problema é que Adilson não consegue resolver os problemas que são obrigação de um técnico evitar ou resolver. Ainda falta muito tempo para o fim do campeonato e não há motivo para desespero com relação ao principal objetivo na competição, que é a volta à Série A. Mas o desempenho do Vasco, com o investimento e elenco que tem, é vergonhoso dentro de um campeonato em que a maioria absoluta dos times é muito fraca. A equipe do Adilson não consegue vencer e, pior que isso, não consegue sequer jogar bem. Estamos nivelados com times que não gastam nem de longe o que o clube gasta com jogadores. E sendo assim, fica complicado não responsabilizar o treinador.

Adilson Batista foi poupado antes da parada para a Copa, quando o Vasco estava na inacreditável 10ª colocação na tabela. Passado o Mundial, tendo semanas apenas para ajustar o time, Adilson não conseguiu melhorar nossa classificação e mesmo contando com uma possível vitória nos jogo que nos falta, não passaríamos da sexta colocação. Tal desempenho é inaceitável para um clube do porte do Vasco quando disputa uma série B.

Nem que seja para dar uma sacudida nas coisas, é hora de mudar. O tempo do Adilson Batista como treinador do Vasco acabou. Só falta a diretoria enxergar o óbvio.

As atuações….

Martin Silva – não teve tanto trabalho, mas correspondeu muito bem quando exigido. Diante da atuação apagadíssima da equipe de um modo geral, foi o melhor do time.

Carlos César – de positivo, um bom cruzamento para Kléber no primeiro tempo. De resto, poderia ter sido expulso ao acertar uma cotovelada em um adversário. André Rocha entrou mais uma vez em seu lugar e, além de nada fazer no apoio, foi envolvido algumas vezes na marcação.

Luan – não anda na melhor das fases. Parece sentir falta da experiência e orientações do Rodrigo.

Douglas Silva –  no mesmo nível do seu companheiro de zaga, teve sorte que o ataque adversário não era dos mais fortes. Quase marcou um gol de cabeça, evitado por um milagre do goleiro Roberto.

Diego Renan – sem a mesma eficiência ofensiva do primeiro jogo mas cedendo os mesmos espaços pela sua lateral. Perdeu uma bola que quase acabou em gol para a Ponte.

Guiñazú – mais uma partida de muita luta e entrega, mas acabou se enrolando na marcação quando a Ponte passou a pressionar.

Aranda – errou algumas saídas de bola inaceitáveis, que quase terminaram em gol da Macaca.

Fabrício – com Douglas incapaz de acertar uma jogada, chamou a responsa e tentou organizar o meio de campo. Criou um bom lance pela direita e finalizou duas vezes.

Douglas – sem conseguir – e aparentemente sem muita vontade para – escapar da marcação adversária, foi total sua inoperância. Rafael Silva entrou em seu lugar no fim do jogo e apareceu duas vezes: numa, tentando um drible, tropeçando na bola e desperdiçando um contra-ataque; noutra, preferiu cavar um pênalti a dar prosseguimento à jogada.

Thalles – enquanto não houver regularidade na criação de jogadas, Thalles continuará se afastando muito da área para buscar jogo. E com isso, se torna menos eficiente. Levou um amarelo e acabou sendo substituído pelo Edmilson, que sofreu com o mesmo problema: só conseguiu finalizar uma vez porque não recebeu bolas prontas para o arremate.

Kléber – brigou o que pode – com a bola e com seus marcadores – mas não conseguiu superar a defesa da Ponte. Acabou contribuindo muito pouco.

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Lição aprendida

quadroNessa segunda partida de três contra a Macaca, voltamos ao Brasileirão e mesmo não sendo uma competição que nos deixe minimamente orgulhosos por disputá-la, a vitória hoje é importantíssima. Os resultados de ontem foram muito favoráveis e se conquistarmos os três pontos podemos terminar a rodada já no G4.

Porém, mesmo que tenhamos vencido o jogo pela Copa do Brasil com relativa facilidade, tudo indica que a Ponte não será um adversário tão entregue. Os motivos para isso são óbvios e vários: eles vão querer dar uma satisfação à torcida e nos dar o troco por quarta-feira, como estão virtualmente desclassificados na Copa do Brasil só têm a Série B pra se preocupar, estão com um novo treinador e vão mudar metade do time que não fez frente ao Vasco no último confronto.

Além disso, e talvez o principal, é que depois de jogar contra nós, a Ponte deve ter aprendido alguma coisa sobre a nossa forma de jogar. E é aí que reside o perigo, já que a capacidade do Adilson em mudar a equipe caso os donos da casa consigam anular nossos pontos positivos é extremamente discutível. E como o Vasco deve começar a partida com os mesmos jogadores, isso pode se tornar um problema.

Pode, mas não deveria poder. Elenco por elenco, a Ponte – e nenhum outro time da Série B – poderia nos trazer problemas reais. Mas nossa campanha é a prova cabal de que, mesmo quando nossos adversários não nos complicam a vida, nós encontramos uma maneira de nos complicarmos por nós mesmos. E isso não pode acontecer hoje de jeito nenhum. Estar fora do G4 com 11 jogos disputados já é uma vergonha; perder mais uma oportunidade de estar entre os quatro primeiros é inaceitável.

Se acontecer o lógico, teremos uma Ponte escaldada pela derrota na Copa do Brasil. E o Vasco deverá jogar com disposição e inteligência durante os 90 minutos para vencer a partida. E mostrar que também aprendeu alguma coisa com os erros passados.

Campeonato Brasileiro 2014

Ponte Preta x Vasco 

Roberto, Juninho, Tiago Alves, Gilvan e Bryan; Adilson Goiano, Alef, Elton e Adrianinho; Edno e Rafael Costa.

Martín Silva, Carlos Cesar, Douglas Silva, Luan, Diego Renan; Guiñazu, Fabrício, Aranda, Douglas; Kleber e Thalles.

Técnico: Guto Ferreira.

Técnico: Adilson Batista.

Estádio: Moisés Lucarelli. Data: 26/07/2014. Horário: 16h20.  Árbitro: Jailson Macedo Freitas (BA). Assistentes: Alessandro A Rocha de Matos (BA) e Adson Marcio Lopes Leal (BA).

A Rede TV transmite para todo Brasil (exceto Campinas-SP e região). O Premiere transmite para seus assinantes e no sistema Pay-per-View para todo Brasil.

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Vitória controlada

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Se não podemos dizer que o Vasco teve uma vitória convincente sobre a Ponte Preta, o 2 a 0 que conseguimos ontem ao menos mostrou mais pontos positivos que negativos. Se o time ainda oscilou ao longo da partida e a fragilidade da macaca facilitou as coisas pro nosso lado, por outro lado podemos afirmar que, como gosta muito de dizer o Adilson, tivemos um jogo controlado.


Isso porque a equipe conseguiu a tão desejada compactação, evitando na maioria do tempo os buracos entre os setores. Fora alguns minutos no sonolento primeiro tempo – quando permitimos que nosso adversário tivesse seu melhor momento – a proximidade da defesa, meio e ataque fez com que valorizássemos a posse de bola e ocupássemos bem os espaços quando estávamos sem ela. Isso também facilitou tanto na recomposição defensiva quanto nas jogadas de ataque, explorando muito bem as viradas de jogo.

Como eu disse, a vitória não foi daquelas para deixar o torcedor exultante, mas valeu por deixar nossa classificação para as oitavas de final da Copa do Brasil bem mais tranquila e pelo ligeiro progresso apresentado. Dessa vez, principalmente pelo segundo tempo da partida, Adilson pode falar com propriedade que o Vasco teve o controle do jogo. E se mantivermos esse nível de atuação, ou para ficar perfeito, se o melhorarmos, não apenas a vaga estará garantida, como nossa situação no Brasileiro ficará mais aceitável em pouco tempo.

As atuações…

Martin Silva – só precisou trabalhar efetivamente no finalzinho do jogo, fazendo uma grande defesa quando vários jogadores encobriam sua visão da bola.

Carlos César – não foi tão presente no apoio – para compensar a liberdade que teve o Diego Renan – e não comprometeu defensivamente. Se machucou e acabou sendo substituído pelo André Rocha, que já mereceria aplausos só por não ter dado nenhuma pixotada, mas também por mostrar, ao menos, empenho.

Luan – tirando uma vacilada no primeiro tempo, que acabou rendendo um contra-ataque para a Ponte, não teve muitos problemas com o ataque adversário.

Douglas Silva – algumas falhas de posicionamento na etapa inicial, mas nada que trouxesse muito perigo. No segundo tempo teve menos trabalho.

Diego Renan – uma das melhores opções ofensivas do time, também não fez feio na cobertura. Acabou sendo um dos nomes do jogo por ter aberto o placar com um belo gol.

Guiñazú – teve uma noite de cão de guarda, fazendo com eficiência a proteção à zaga (ainda que para isso tenha aberto a caixa de ferramentas algumas vezes).

Fabrício – foi bem ao fechar os espaços pelo meio de campo mas quando tentou ajudar na criação, acabou pecando na qualidade do passe.

Aranda – se saiu bem melhor que contra o América, errando apenas um passe em quase quarenta. Bem ao cobrir os avanços do Diego Renan, apareceu pouco na criação e finalizou uma vez.

Douglas – ditou o ritmo do time, cadenciando – as vezes em excesso – o toque de bola ou acelerando o ataque com bons lançamentos (como no lance do primeiro gol). Se perdeu em alguns momentos em toques sem muita objetividade, mas foi importante enquanto esteve em campo. Dakson entrou em seu lugar no fim e pouco acrescentou.

Thalles – se movimentou bastante, buscou o jogo incessantemente e ainda marcou um gol por acreditar no lance e aproveitar o rebote. Mas parece afobado em alguns momentos (como no gol mais que feito que perdeu ainda no primeiro tempo). Deu lugar ao Yago, que correu bastante e ajudou a marcar a saída de bola adversária, sem no entanto fazer algo de prático para o ataque.

Kléber – vem adquirindo ritmo aos poucos, melhorando gradualmente sua movimentação. Ontem não deixou o dele, mas deu trabalho para a zaga símia (tanto que foi o jogador que mais sofreu faltas) e teve importante participação no segundo gol, tabelando com Thalles e dando o chute que originou o rebote do goleiro.

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O basquete sempre foi – com uma larga distância para o futebol, evidentemente – meu segundo esporte favorito. E fico muito feliz em ver o Vasco novamente com uma equipe profissional e não só isso, fazer sua reestreia na modalidade com um título. Por isso, nada mais justo que darmos nosso parabéns à equipe vascaína, campeã do Torneio Carioca. Que esse seja apenas o primeiro passo rumo à conquistas maiores, como é apropriado ao clube carioca mais vencedor no esporte.

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Responsabilidade de primeira

primeiraA parada para o Vasco hoje é diferente. Podemos todos esquecer a lama da Série B e pelo menos sonhar com a Copa do Brasil, único título decente que disputamos nesse malfadado ano de 2014.

Sendo essa nossa derradeira chance de uma alegria real até 2015, temos a obrigação de levar a partida contra a Ponte Preta muito a sério. Independente da Macaca estar com problemas – no momento, nem um técnico tem – precisamos fazer de tudo para sair de Campinas com a classificação ou pelo menos um resultado que facilite a nossa vida no jogo de volta. Não podemos repetir o papelão da primeira fase, quando penamos para eliminar o terrivelmente fraco Resende.

Para isso, teremos o mesmo time que jogou cerca de uma hora contra o América (ou seja, o time que iniciou a partida, menos Pedro Ken que, lesionado, cede lugar ao Aranda). Mesmo com a Ponte tendo uma campanha invicta dentro de casa no Brasileiro, podemos muito bem conseguir um resultado positivo logo mais. Se tivermos a mesma postura, procurando ocupar os espaços e pressionar o adversário, as coisas ficarão mais fáceis. Desde que, claro, não desperdicemos uma penca de oportunidades de gol e a defesa esteja atenta para não cometer alguma trapalhada similar a que aconteceu sábado passado.

A sequência de jogos com a Ponte pode deixar o time meio disperso hoje – vai que eles pensam que é uma “melhor de três“? – achando que um tropeço pode ser compensado nas partidas restantes. Antes que alguém pense dessa forma, basta lembrar que a paciência da torcida não é das maiores e que a campanha no Brasileiro está longe de ser aceitável. Portanto, vencer e garantir uma classificação tranquila na única competição que realmente pode interessar aos vascaínos é imprescindível.

Copa do Brasil 2014

Ponte Preta x Vasco 

Roberto; Daniel Borges, Raphael Silva, Luan e Magal; Adilson Goiano, Juninho, Alef e Adrianinho; Edno e Alexandro.

Martín Silva, Carlos Cesar, Douglas Silva, Luan, Diego Renan; Guiñazu, Fabrício, Aranda, Douglas; Kleber e Thalles.

Técnico: Parraga (interino).

Técnico: Adilson Batista.

Estádio: Moisés Lucarelli. Data: 23/07/2014. Horário: 22h.  Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (MG). Assistentes: Janette Mara Arcanjo (MG) e Pablo Almeida da Costa (MG).

A Rede Globo transmite para RJ, ES, MG (menos Uberlândia e Ituiutaba), AL, RN, PI, MA, AM, RO, AC, RR, AP, DF, Campinas e Santarém. O SporTV 2 transmite para seus assinantes em todo Brasil.

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Contradições

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Uma vitória ontem sobre o América-RN não nos traria uma subida na tabela, mas nos garantiria a sétima colocação, faria com que chegássemos a um aproveitamento igual ao dos integrantes do G4 e, mais importante, alegraria a torcida na volta do time a São Januário. Mas mostrando mais uma vez o que parece ser um já um péssimo hábito, o Vasco não teve competência para fazer a sua parte quando mais precisava de uma vitória e não passou de um empate em 1 a 1.

Apesar disso, e por mais que os resultados apontem uma contradição, no empate de ontem o Vasco pareceu mostrar mais da tal “evolução” que na goleada sobre o Santa Cruz. O torcedor menos atento certamente discordará dessa opinião, já que um vitória como goleada é muito melhor que um empate dentro de casa. Mas uma comparação entre as duas partidas deverá resolver a questão.

Contra o Santa Cruz, cedemos mais espaços, tivemos mais falhas individuais e criamos bem menos chances de gol que contra o América. Pode-se argumentar que o time potiguar jogou muito mais fechado que o pernambucano, mas isso se deu muito mais porque ontem o Vasco soube ocupar melhor os espaços e efetivamente pressionou o América, o que não conseguimos fazer por muito tempo contra o Santa. A diferença capital acabou sendo mais uma vez individual: mesmo acontecendo com muito mais frequência na Arena Pantanal, os erros fatais para o resultado acabaram acontecendo em São Januário. Tanto no gol contra estilo trapalhões que demos ao América quanto na quantidade de gols feitos que desperdiçamos (o que definitivamente não aconteceu na rodada anterior). Kléber, Douglas Silva e Lucas Crispim, esse duas vezes, perderam gols inacreditáveis.

E nem dá pra colocar na conta do Adilson o resultado ontem, ainda que o treinador tenha recebido o “carinho” da torcida presente. A  opção por Aranda para substituir Pedro Ken após sua contusão rendeu a primeira leva de críticas ao técnico, mas essas não foram muito justas: o time estava bem, vencendo a partida, e não teria sentido mudar o que ele havia planejado para o jogo naquele momento. Se o paraguaio não foi bem, a culpa não é do Adilson, assim como não foi culpa dele a lambança da defesa no lance do gol de empate e menos ainda a incapacidade dos jogadores vascaínos de empurrarem a bola para o gol do América. Se há algo para se criticar nas decisões do Adilson na partida foram os quase vinte minutos que esperou para mexer na equipe depois de sofrermos o empate.

Essas duas últimas partidas mostram o quanto um placar pode mascarar o que aconteceu em um jogo. Assim como um time pode jogar mal e golear, também pode jogar bem e não conseguir a vitória. A torcida, principalmente os que foram ao estádio, tem todo direito que achar tudo uma porcaria, já que no final das contas, o resultado foi péssimo. Mas a atuação do Vasco, num modo geral e por mais contraditório que possa parecer, definitivamente não foi.

As atuações…

Martin Silva – nas raras vezes em que teve trabalho, foi bem. No gol não poderia fazer muita coisa.

Carlos César – tem mais vontade que capacidade para fazer jogadas e isso já basta para garantir a vaga no time que era do André Rocha. Foi bastante participativo no apoio, mas por outro lado, acabou deixando alguns espaços na sua lateral. Saiu para a entrada do Lucas Crispim, que até ajudou o time voltar a pressionar, mas pecou demais nos momentos decisivos, ora errando o último passe, ora perdendo gols incríveis.

Luan  – se saiu bem na maioria dos lances e deu muito azar na jogada do gol contra, cortando a bola na direção do Diego Renan.

Douglas Silva – excessivamente confiante, parecia querer entregar a rapadura desde o começo do jogo, arriscando diversas vezes dribles na entrada da área. Acabou entregando de verdade no lance do gol contra, quando tentou cortar um passe do atacante do América e acabou fazendo uma tabelinha com ele. No fim do jogo quase compensou a falha marcando o gol da vitória, o que não aconteceu por conta de um milagre do goleiro Fernando Henrique.

Diego Renan – mais participativo que na partida contra o Santa, mas não muito mais efetivo. Tentou alguns arremates, sem sucesso. E acabou virando o vilão da partida por estar no lugar errado, na hora errada.

Guiñazú – outra boa partida do argentino, mostrando a disposição de sempre, sem fazer muitas faltas – apesar do amarelo que levou – ou errar muitos passes.

Fabrício – um pouco melhor defensivamente do que foi na goleada contra o Santa, mas nem de perto tão eficiente na frente. Tentou ajudar Douglas na criação de jogadas, mas chegou pouco à frente para finalizar.

Pedro Ken – nos pouco mais de 20 minutos em campo apareceu mais na marcação. Se contundiu e deu lugar ao Aranda, que jogou parte do tempo no meio – quando acabou cometendo muitas faltas e errou mais passes do que poderia na função – e acabou deslocado para a lateral, quando apareceu mais na frente, apoiando o ataque e até finalizando.

Douglas – fez um belo gol de falta e enquanto teve fôlego, organizou o meio de campo na parte criativa. Quando cansou, sumiu do jogo e foi substituído por Dakson, que dessa vez não ajudou muito nem nas bolas paradas.

Thalles – correu o jogo todo, mas acabou não sendo muito efetivo. Passando boa parte do tempo longe da área buscando jogo, acabou não tendo muitas oportunidades de finalização. Pecou no individualismo em alguns momentos.

Kleber – mais movimentação que na estreia, também lutou bastante ao longo da partida. Perdeu um gol feito no primeiro tempo, depois que Carlos César e Thalles fizeram boa jogada e o segundo cruzou na medida para o Gladiador.

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Voltando pra casa

Fachada_São_Januário

A partida de hoje contra o América de Natal é importantíssima: com alguma sorte nos resultados de outros confrontos, podemos terminar a rodada a três pontos do líder tendo um jogo a menos (o que não nos garantiria a liderança por conta do nosso número de vitórias), virtualmente dentro do G4 e entre os quatro melhores desempenhos do campeonato.

Para que isso aconteça, antes de qualquer coisa, precisamos vencer. E para isso, o time será um pouco diferente daquele que goleou o Santa Cruz. Todas as mudanças, a princípio, são para melhor: Douglas volta ao time e Carlos César toma a vaga do André Rocha. Se Adilson conseguiu corrigir algumas falhas no posicionamento defensivo do meio de campo – do Pedro Ken e do Fabrício, principalmente – temos condições totais de fazer um bom jogo. De preferência melhor que o da última rodada.

Mas o maior reforço não estará em campo, mas em volta dele. Finalmente a absurdamente rigorosa punição ao clube acabou e o Vasco fará seu primeiro jogo pelo Brasileiro em casa, com o apoio da torcida. Esse será um incentivo a mais para que o time tenha uma boa atuação (ou que pelo menos mostre disposição para vencer).

Até porque, voltar para sua casa é uma vantagem, mas diante da exigente – e muitas vezes intolerante – torcida do Rio, se o time não demonstrar que lutará pela vitória, o apoio se tornará pressão em pouco tempo. Então o que o Vasco precisa fazer é buscar o gol desde o primeiro minuto e mostrar que São Januário será um diferencial na briga pelo título.

Campeonato Brasileiro 2014

Vasco X América-RN

Martín Silva, Carlos César, Luan, Douglas Silva e Diego Renan; Guiñazu, Fabrício, Pedro Ken e Douglas; Thalles e Kléber.

Fernando Henrique, Marcelinho, Cleber, Roberto Dias e Wanderson; Márcio Passos, Val, Fabinho e Jéferson; Rodrigo Pimpão e Isac.

Técnico: Adilson Batista.

Técnico: Oliveira Canindé.

Estádio: São Januário. Data: 19/07/2014. Horário: 16h20.  Árbitro: Rodrigo Batista Raposo (DF). Assistentes: Marrubson Melo Freitas (DF) e Jose Reinaldo Nascimento Junior (DF).

A Inter TV Cabugi/Globo (somente RN) e a RedeTV (todo o Brasil, exceto RJ) transmitem ao vivo. O Premiere transmite para seus assinantes e no sistema Pay-per-view.

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Padrão CBF (parte 2)

CBF

Pelo visto, os quatro gols do Vasco contra o Santa Cruz – número que o time não atinge desde março, no jogo contra o Duque de Caxias pelo Estadual – tranquilizaram a torcida, que ficou mais confiante em uma melhora de desempenho da equipe no Brasileiro. E até por isso, a grande maioria dos leitores não concordou com meu ponto de vista um tanto quanto pessimista sobre a vitória de terça. Volto ao assunto para reforçar minha opinião, torcendo para que dessa vez fique mais clara.

Vi muita gente falando em “evolução do time” e é justamente esse o ponto que acho merecer uma reflexão. É preciso analisar, no que vimos do jogo, o que é evolução e o que é decorrência da mudança de esquema tático ou na chegada de novas peças na equipe. Um exemplo: o meio de campo teve maior participação no jogo? Isso era o mínimo com um homem a mais no setor.

E se lembrarmos bem o que aconteceu na partida, mesmo com quatro homens no meio de campo, sendo três deles volantes, demos muitos espaços ao adversário, eles chegaram a nos pressionar e criaram chances que, em tendo jogadores melhorzinhos, teriam sido convertidas. Apesar da goleada, criamos poucas chances de gol e os que fizemos, apenas um veio de uma jogada trabalhada. Será que isso é o bastante para nos deixar satisfeitos com a “evolução” do time?

Levando em consideração o tempo que o Adilson teve apenas para ajustar o time com treinamentos, é muito pouco. O time vai acabar melhorando e deslanchando na competição? Acredito piamente nisso. Mas com o elenco que temos para disputar um campeonato desse nível, isso acabaria acontecendo mesmo que não tivéssemos um técnico. E talvez sem um treinador, o grupo teria visto que André Rocha não tem condições de ser titular e não queimaríamos uma alteração aos vinte minutos do primeiro tempo.

Pra terminar, um ponto para todos pensarmos: muitos disseram que o Vasco pelo menos jogou melhor do que vinha jogando antes da Copa. Agora, o quanto dessa impressão vem do placar ter sido elástico? Em mais de um jogo antes da parada para o Mundial, criamos até mais oportunidades que no jogo contra o Santinha. Se tivéssemos marcado esses gols e houvéssemos vencido mais umas duas ou três partidas, será que a torcida ainda acharia que a equipe estava tão mal?

Em outras palavras: será que o time evoluiu mesmo ou, tirando a falta de pontaria, não era tão péssimo quanto todos diziam?

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