Pra início de conversa, peço desculpas pelo abandono do blog nessa semana. O chefe tirou férias, fiquei responsável por algumas das suas funções e acabei não tendo tempo para escrever. E mesmo numa semana sem jogos ou chegada de reforços, há o que se comentar sobre os últimos acontecimentos.
Começa o Carioca: hoje São Januário será um dos palcos da estreia da competição, mas não com o Gigante, e sim com o Foguim, que deve estar pensando em, principalmente, passar pelo Estadual de forma digna antes de encarar a pedreira que deve ser a Série B esse ano.
E o Estadual já começa polêmico, por conta da briga FERJ/Eurico X Fra/Fru/Arena Maracanã. É fácil achar correto o ponto de vista de que os ingressos dos jogos não podem ser uma exorbitância e que essa elitização do futebol não é boa para os torcedores. O que me encuca é o presidente do Vasco, único dos grandes com estádio próprio e que não teria porque se preocupar com a questão (já que pode até fazer jogos com entrada franca), ter que se envolver nessa história. Que cada clube dê a facada que quiser no seu torcedor. Se eles não estiverem satisfeitos, que reclamem com suas respectivas diretorias.
Mas o Eurico foi dar seu pitaco, sabe-se lá por quais motivos – já falei sobre as possibilidades no Vasco Expresso – e recai sobre o Vasco a culpa pelo início tumultuado de Carioca. E podem ter certeza que levaremos também a responsa caso realmente não haja jogos na Arena Maracanã durante a competição (o que a tornará ainda mais fraca do que já é). Não sei quando a nova diretoria trará o respeito de volta à Colina, nas a imagem de clube antipático já está batendo à porta.
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Guerra dos ingressos: o pior de tudo nessa história é a hipocrisia em todos os lados da questão.
A Federação, que fez o que pode para prejudicar o Vasco nos últimos anos, agora lembra do tamanho da instituição e bate continência para tudo que vem da presidência vascaína. Isso é bom para o clube, é claro, mas irrita ver que o Rubens Lopes, que na eleição fez questão de ir votar e se declarar vascaíno, só lembrou que é torcedor com a saída do Dinamite. Antes disso, o Vasco que se explodisse.
O Eurico, com esse lenga-lenga demagógico de ser contra a “elitização do futebol”, se mete num assunto que não diz respeito ao clube que comanda com um argumento bastante questionável. Os ingressos a R$ 80 são caros para os que podem pagar R$20? E a enorme quantidade de torcedores que não podem pagar os R$ 20? Merecem ficar fora dos estádios? Essa questão só se resolveria de duas formas: ou se aceita que, de alguma forma, um jogo de futebol demanda que o torcedor tenha algum dinheiro (ou seja, alguém necessariamente será elite) ou todo o jogo deverá ter portões abertos.
Já a dupla Mulambos e Flores tem todo o direito de espernear por ver o prejú que tomará por causa dessa história. Agora, vir com esse papinho de “criar uma Liga”, convenhamos, é patético. Não que a FERJ não merecesse mesmo ser abandonada por todos os clubes, mas é ridículo ver quem sempre foi conivente com a Federação dar esse tipo de chilique. Quando é pra ser campeão em cima de um clube pequeno na mão grande, como aconteceu no Caixão, ou quando a Federação escala sempre os mesmos juizinhos mequetrefes no Brasileirão (como no caso do Bassols em 2011), a FERJ é perfeita.
Vamos moralizar o futebol? Então porque fazer apenas no campeonato que a dupla adora dizer que não vale muita coisa? Vamos começar de cima, criando uma Liga para um campeonato nacional. Ou a CBF é melhor que a FERJ?
Mas aí é exagero, né?
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Desfalques na estreia: a gestão Dinamite tornou um hábito não conseguir deixar todos os reforços à disposição do treinador nas estreias das competições por não conseguir inscrevê-los em tempo hábil. Desnecessário dizer que isso sempre foi um motivo para a gritaria geral da torcida, principalmente dos torcedores devotos de São Eurico.
Eis então que amanhã começa o Estadual para o Vasco e Doriva não poderá contar com Julio dos Santos e nem mesmo com Douglas Silva, que já era do elenco. E isso porque a diretoria não conseguiu inscrevê-los em tempo hábil.
Estou falando sobre esse assunto apenas porque será interessante ver a reação das euriquetes com relação a esse fato. Não acho que isso seja necessariamente algo que mereça críticas, já que nem sempre a culpa nesses casos é da diretoria do clube. As federações demoram a mandar as liberações, a burocracia da CBF e da FERJ atrapalha, etc.
Mas isso vale para qualquer diretoria, tanto para a que se foi como para que acabou de chegar. Mas eu APOSTO que os mesmos que criticaram antes vão ser bem mais compreensíveis agora.
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