Vasco não estreia e perde sem dar trabalho ao Operário

Preleção Cabo
Vão lá e não façam nada‘: pelo que apresentou em campo, esta deve ter sido a instrução do Cabo na derrota para o Operário (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)

Já perdi a conta das vezes em que, após o Vasco perder uma partida, comecei uma resenha de jogo com “é até difícil falar alguma coisa da partida”. Não será esse o caso para falar sobre a derrota por 2 a 0 para o Operário-PR, já que a única possível explicação é de uma simplicidade terrível: o time do Marcelo Cabo se deu férias e ainda não estreou na Série B.

Aliás, diante do que foi apresentado, teria sido melhor mesmo ter tirado o dia de folga. O WO seria pior para o nosso saldo de gols – valeria uma derrota por 3 a 0 – mas economizaríamos os custos da partida e, o mais importante, não deixaríamos milhões de vascaínos absolutamente terrificados com o sincero medo de não voltarmos para a elite ao fim da competição. Ou algo pior.

Tinha comentado no post de ontem que seria importante entrarmos neste Brasileiro com humildade, sabendo que é preciso o máximo de empenho, dedicação e atenção, não apenas para vencer seus adversários, mas também para representar o Vasco da Gama na competição. Parece que os jogadores leram o blog ontem e fizeram justamente o contrário.

Prova disso foi a tranquilidade do Morato na saída para o intervalo, quando já perdíamos por 2 a 0. Ao ser entrevistado, disse “A gente tomou dois gols de erros de saída de bola. A gente precisa melhorar isso e acelerar o jogo”. Quem viu o atacante falar teve a nítida impressão de que o Vasco estava perdendo porque queria e que viraria o placar assim que desejasse.

Não foi isso o que aconteceu. Não sofremos mais gols, mas fizemos muito pouco para reverter a situação do primeiro tempo. Menos que isso: o Operário esteve mais perto de ampliar a vantagem que nós de diminui-la.
Ao fim da partida, Léo Matos deu uma entrevista muito mais sensata: “o homem não pode apanhar na mesma esquina duas vezes. Se ele passou por ali, não deu certo e apanhou, ele tem que ir por outro caminho. No Estadual, já tivemos situações parecidas com essa, de entrar sem intensidade em campo”. Que o Vasco finalmente entenda o conselho do lateral e comece a disputar a Série B com a intensidade que a competição exige já no domingo que vem, quando terá sua “estreia” contra a Ponte Preta.

As atuações

Vanderlei – sem culpa nos gols, fez boas defesas evitando que o Vasco começasse a Série B com um vexame (ainda maior) dentro de casa.

Léo Matos – sua melhor participação foi a entrevista que deu ao final da partida. No primeiro tempo não conseguiu nem fazer uma boa guarda à sua lateral, nem ajudar no apoio. Na etapa final foi mais incisivo nas subidas ao ataque, mas não acertou as jogadas e seguiu dando espaços.

Ernando – em um lance bisonho, quase entregou o que poderia ter sido o segundo gol do Operário. No primeiro, não teve velocidade para bloquear o chute que originou o gol.

Ricardo Graça – além de dar o passe na fogueira para o Zeca na jogada do primeiro gol, ficou sem reação enquanto os adversários tocavam a bola. Tentou, mas não conseguiu cortar a finalização no segundo.

Zeca – foi a famosa “partida para se esquecer” do lateral: depois que perdeu facilmente a bola que originou o primeiro gol do Operário, não acertou mais nada. E isso foi aos 7 minutos do primeiro tempo. Riquelme entrou em seu lugar e trouxe mais força ao apoio, mas não foi o bastante para mudar o panorama da partida.

Andrey – a escala da média de erros cometidos pelo volante não é pequena. Ainda assim, ele a superou com folgas ontem. Além de ter iniciado a jogada do segundo gol adversário com um dos vários passes errados que cometeu na partida, foi muito mal também na marcação, ocupação de espaços e saída de bola. Como prêmio, pôde ficar cometendo erros até o fim do jogo.

Galarza – não esteve no nível terrível do Andrey, mas também foi alvo fácil da marcação do Operário, perdendo bolas bobas. Sua única contribuição foi quase ter marcado um gol ao errar bisonhamente um cruzamento. Saiu no intervalo, dando lugar ao estreante Sarrafiore, que pelo menos ajudou o time a chegar com mais constância ao ataque. Mas não chegou a fazer a diferença.

Morato – em campo, não fez nada. Fora dele, deu uma entrevista constrangedora. Foi outro a nem voltar para o segundo tempo, sendo substituído pelo Léo Jabá, que começou dando maior movimentação ofensiva ao time. Mas acabou sumindo na parte final do jogo.

Gabriel Pec – um lance de perigo, em bonita jogada individual no segundo tempo e mais nada. Foi presa fácil da marcação adversária. Por algum mistério inexplicável, Marcelo Cabo achou que Vinícius teria algo a mais a oferecer e fez a substituição. O garoto só apareceu não dominando uma bola ridícula e cedendo um lateral ao Operário.

Figueiredo – autor da única boa chance do Vasco no primeiro tempo, quase marcou em chute de fora da área. Mas também foi sua única contribuição. Deu lugar ao Daniel Amorim no Intervalo e o estreante só conseguiu mostrar disposição, já que pouco tocou na bola.

Cano – mais uma partida em que viveu de tentar aproveitar as poucas oportunidades que lhe aparecem. Perdeu uma boa chance no segundo tempo.

Rumo à elite (lá vamos nós de novo)!

Galarza, Sarrafiore e Cano
Legião estrangeira: Galarza e Cano serão titulares. Sarrafiore começa no banco (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)

O início do Campeonato Brasileiro e a volta de uma rotina de jogos pode ser empolgante para a torcida, mas não apaga o fato de que hoje, 29 de maio de 2021, é um dos dias mais tristes na história do Vasco. Nos quase 123 anos de trajetória, esta data só rivaliza com sete outras: os rebaixamentos em 2008, 2013, 2015 e 2020 e as estreias nas Séries B de 2009, 2014 e 2016.

A partida contra o Operário-PR marca o começo de mais um longo e árduo caminho de volta à elite. Marcelo Cabo e seus comandados têm a missão de deixar o Vasco entre os quatro primeiros colocados do Brasileiro e assim evitar uma data lamentável e inédita na nossa história: a permanência na Série B por mais de um ano.

A despeito de um ligeiro ar de otimismo vindo da torcida, não há muitos motivos para isso. A Série B de 2021 tem tudo pra ser uma das mais difíceis da história, com cinco campeões brasileiros na competição. E, além de Cruzeiro, Botafogo, Coritiba e Guarani, há outros clubes tradicionais na disputa, como Goiás, Vitória, Ponte Preta, Náutico e Avaí.

Antes que os leitores pensem “Ah, mas se vamos ter que nos preocupar com o Náutico e o Avaí…”, lembrem-se: o Vasco não conseguiu ficar sequer entre os quatro melhores do Pré-Temporadão 2021. E teve muitos problemas pra confirmar a quinta colocação no recém-encerrado Carioca, com uma derrota em São Januário para o Botafogo. Com esse retrospecto, que me perdoem Cabo e seus jogadores, não dá pra ficar considerando que nossa volta à Série A será um passeio.

Dito isso, nossa história recente mostra que a modéstia é uma atitude que Cabo e seus comandados não podem deixar de ter nesta Série B. E isso não significa se apequenar, pelo contrário. É entrar em campo sabendo que é preciso o máximo de empenho, dedicação e atenção, não apenas para vencer seus adversários, mas também para representar o Vasco da Gama na competição.

E o Operário é um clube modesto, mas que – ironicamente, podemos dizer – ostenta a honra que nunca ter sido rebaixado em uma competição nacional. Desde 2019 na Série B, o clube paranaense é daqueles que sabem o que fazer para se manter na segunda divisão e que certamente darão trabalho.

Para superar isso, Marcelo Cabo terá à disposição quase todos seus titulares, com exceção do Castan e Marquinhos Gabriel, ainda no estaleiro. Com isso, Graça entra na zaga e para a vaga no meio de campo, Cabo trocará Morato de posição com Pec, que dessa vez, jogará por dentro. A conferir se o garoto terá o sucesso que Morato não teve na armação do time.

Um início sólido na Série B é muito importante e vencer em casa é praticamente uma obrigação para o Vasco, um dos grandes a serem batidos esse ano. Torcemos para que nosso treinador tenha conseguido sanar alguns dos problemas que mostramos ao longo do Estadual para conseguir os três primeiros pontos já na estreia.

Vasco X Operário-PR

Vanderlei, Léo Matos, Ernando, Ricardo Graça e Zeca; Andrey, Galarza e Gabriel Pec; Figueiredo (Léo Jabá), Morato e Cano.

 Simão, Alex Silva, Reniê, Rodolfo Filemon e Djalma Silva; Rafael Chorão (Marcelo Santos), Tomas Bastos e Leandrinho; Jean Carlo, Ricardo Bueno e Felipe Garcia.

Técnico: Marcelo Cabo.

Técnico: Matheus Costa.

Estádio: São Januário. Data: 28/05/2021. Horário: 11h. Arbitragem: Thiago Luis Scarascati (SP). Assistentes: Daniel Paulo Ziolli (SP) e Luiz Alberto Andrini Nogueira (SP).

O Canal Premiere transmite a partida para seus assinantes de todo o Brasil e também no sistema pay-per-view.

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Roberto Monteiro e Edmilson Valentim, presidentes do Conselho Deliberativo e do Conselho Fiscal na última gestão vascaína, foram expulsos do quadro social do Vasco. Ambos foram denunciados por sua atuação na Junta Eleitoral do confuso pleito realizado ano passado (mais detalhes aqui).

Seja como for, esta é outra novidade da atual administração: a coragem de punir quem atuou de forma danosa ao clube no passado. Se gestões anteriores tivessem feito isso, talvez não estivéssemos iniciando uma quarta temporada fora da elite hoje.

Na sua pior partida com os titulares, Vasco leva a Taça Rio

Vanderlei comemora
Vanderlei comemora: pegando três penais, o goleiro foi praticamente o único destaque do Vasco ontem (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)

 “Levou, mas não ganhou”: subverter uma frase bem comum no meio futebolístico é a melhor forma para descrever a triste – e porque não dizer, preocupante – derrota do Vasco por 0 a 1 para o Botafogo.

E falo da derrota, SIM, porque disputa de pênaltis muito pouco tem a ver com o time e, especialmente ontem, quase podemos considerar uma vitória individual do goleiro Vanderlei (além do Andrey, Zeca e Pec, que cumpriram a obrigação de converter suas cobranças).

Já com a bola rolando, o que vimos foi uma equipe que, diferente do que falei ontem, não parecia muito preocupada em ganhar a partida. Talvez seja leviano e/ou exagerado falar em falta de compromisso. Mas poucos deixarão de concordar que, em campo, o alvinegro goleou o cruzmaltino no quesito disposição e vontade de vencer.

O que é preocupante, claro. Com a Série B batendo à nossa porta, ver um dos nossos concorrentes esbanjar disposição pra cima do Vasco, na que deve ter sido a atuação mais fraca dos titulares este ano, não é nada animador. Os problemas que Marcelo Cabo ainda não conseguiu resolver – como vimos ontem, a pouca articulação de jogadas e os constantes cochilos da defesa – eventualmente podem ser acertados, seja com mais treinos, seja com reforços. Já para termos uma atitude vencedora em qualquer jogo que tenhamos, é preciso uma mudança de postura. E essa postura, não vista ontem em boa parte do jogo, precisa se tornar a atitude normal do time. 

E como o Vasco estreia no Brasileiro contra o Operário-PR em seis dias, é esse o tempo que Cabo tem para fazer com que seu time tenha essa atitude. 

As atuações

Vanderlei – obviamente o grande nome do jogo, sofreu falta não marcada no lance do gol botafoguense e garantiu o prêmio não-garantido da FFERJ defendendo três cobranças na disputa de pênaltis. 

Léo Matos – uma atuação discreta demais no apoio, onde até apareceu, mas não chegou a fazer muita diferença. Defensivamente, estava no meio do apagão no qual saiu o gol alvinegro.

Ernando – teve uma partida consistente na maior parte do tempo, mas pareceu desligado no lance do gol do Botafogo, não conseguindo evitar o chute que originou a cabeçada fatal.

Ricardo Graça – no nível do companheiro de zaga, teve bons momentos ao longo da partida, mas ficou apenas observando os atacantes botafoguenses no lance do gol.

Zeca – melhor jogador da zaga na partida, ainda que suas subidas ao ataque tenham deixados alguns espaços na esquerda. Quase marcou um gol em belo chute de fora de área e converteu sua penalidade.

Andrey – uma apresentação digna do Andrey “pré-Cabo”, com momentos de desatenção na marcação e mais erros de passe que o aceitável. Também converteu sua cobrança de pênalti.

Galarza – Andrey não facilitou sua vida, o sobrecarregando na marcação, mas o próprio garoto não se ajudou, perdendo algumas bolas bobas e não conseguindo ajudar em nada na criação. Romulo o substituiu e se ateve à marcação no seu tempo em campo.

Morato – sem Marquinhos Gabriel, a criação no meio ficou ao seu cargo. O time não ajudou muito, mas Morato também errou muitos lances e não conseguiu ser o cérebro que o time precisava. Figueiredo entrou em seu lugar e ainda tentou fazer alguma coisa, apelando para a individualidade.

Gabriel Pec – um chute bem perigoso no segundo tempo e uma das penalidades convertidas. Fora isso, quase não apareceu.

Léo Jabá – outro que praticamente não apareceu. Juninho entrou em seu lugar quase no fim e não teve tempo para fazer muita coisa.

Cano – praticamente não encostou na bola. E com a grande participação do Vanderlei na disputa de pênaltis, nem precisou fazer sua cobrança.

***

E não, a Taça Rio não é título. Comemora quem quer, óbvio. Mas a “decisão” de ontem só serviu para confirmar que o quinto lugar da Taça Guanabra foi o quinto lugar do Campeonato Estadual. Não levantar a taça e não participar de uma cerimônia de medalhas era o mínimo a se fazer. 

Mesmo sem título, mesmo sem grana, Vasco deve vencer o Botafogo

Morato tenta passar por Ricardo Graça
Morato no treino antes da final: o atacante jogará como armador contra o Botafogo (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)

Com o jogo de volta valido pela final da Taça Rio, contra o Botafogo, finalmente teremos a derradeira partida do Campeonato Estadual 2021. Ou, como prefiro chamar, “Pré-temporadão 2021”. Segundo a avaliação do próprio clube, a participação do Vasco na competição teve um “balanço positivo”:

“Em 14 jogos, o Almirante obteve seis vitórias, cinco empates e três derrotas, sendo duas delas com o sub-20. O Cruzmaltino não perdeu clássicos e ainda revelou nomes interessantes”

Para alguns, isso é relativizar um quinto lugar na Taça Guanabara (colocação que nos tirou da disputa do título). Para outros, é uma visão realista, dada a situação na qual o clube se encontra. Seja como for, se não vencermos o alvinegro hoje, o Vasco terminará o Cariocão de forma ainda mais preocupante do que a torcida esperava.

Digo isso por causa da expectativa do desempenho no clássico de hoje. Quando falei “não vencer o Botafogo é mais preocupante”, não quis dizer apenas não ficar com a Taça Rio, o que acontecerá mesmo que o jogo termine empatado. O ponto é que, depois de termos vencido o jogo de ida, fora de São Januário, a responsabilidade por um resultado ainda melhor na nossa casa aumenta. Não vencer o cambaleante time do Marcelo Chamusca, jogando na Colina, passará um sinal nada positivo para os vascaínos. E isso às vésperas do início do Brasileiro.

(Parêntese: O outro motivo importante para uma vitória hoje seria a premiação em dinheiro pela conquista da Taça Rio. Mas como o Pré-Temporadão é “organizado” pela FFERJ, parece que o tal milhão ao qual o campeão levaria subiu no telhado. O que deve surpreender um total de ZERO torcedores cariocas. Fecha parêntese)

Marcelo Cabo terá seus problemas para escalar seu time. Além de não poder contar com Castan e Bruno Gomes, o técnico não terá à disposição o Marquinhos Gabriel. Sem ele e com Morato na função de criar jogadas, o Vasco teve muitos problemas na partida do Engenhão. A falta de um especialista para o setor, aliás, justifica a chegada do meia Sarrafiore, contratado do Inter que estava no Coxa e vem por empréstimo. Pra compensar as ausências, Cabo terá a volta do Ernando, que pode ser titular, e do Romulo, que fica como opção para o treinador.

Mesmo que o Vasco tenha seus desfalques, é complicado negar o favoritismo que temos nesta final. Mas favoritismo, por si só, não é garantia de nada e muitas vezes tem o negativo efeito de tirar o foco da equipe que o tem. Cabo e seus comandados certamente sabem disso.  E por isso devem entrar na Colina hoje sabendo a importância de uma vitória hoje. Ainda que o que esteja em disputa seja uma taça irrelevante e um prêmio em dinheiro que não existe.

Vasco X Botafogo

Vanderlei, Léo Matos, Ernando (Miranda), Ricardo Graça e Zeca; Andrey, Matías Galarza e Morato; Gabriel Pec, Jabá e Cano.

Douglas Borges, Jonathan, Sousa, Kanu e PV; Romildo, Matheus Frizzo, Pedro Castro e Marco Antônio; Ronald e Rafael Navarro.

Técnico: Marcelo Cabo.

Técnico: Marcelo Chamusca.

Estádio: São Januário. Data: 22/05/2021. Horário: 15h. Arbitragem: Maurício Machado Júnior. Assistentes: Carlos Henrique Filho e Lilian da Silva Bruno

A Rede Record transmite para RJ e parte da rede. Claro/Net, Sky e Vivo transmitem via Pay-per-view para a TV. Vasco TV, Carioca Play e DirecTV Go transmitem para os assinantes do Pay-per-view do Estadual pela internet.

Na vitória vascaína, o principal foi o ‘zero’

7 vezes o L: Cano marca seu sétimo gol no Estadual e garante mais uma vitória para o Vasco
7 vezes o L: Cano marca seu sétimo gol no Estadual e garante mais uma vitória para o Vasco (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)

E como era de se esperar em uma partida entre o quinto e o sétimo colocado de qualquer Estadual realizado no Brasil, seja clássico ou não, o jogo de ida da final da Taça Rio teve um nível bastante fraco. A vitória do Vasco sobre o Botafogo pelo placar mínimo deixa a decisão em aberto para o próximo sábado.

Até porque a partida poderia ter outro resultado. Mesmo que o Vasco tenha sido um pouco melhor na maioria do tempo, um placar igual ao fim da partida não seria tão injusto. Não porque o limitado Botafogo tenha feito algo demais, mas porque a terrível arbitragem da partida ignorou um pênalti claríssimo cometido pelo Galarza.

No fim das contas, foi um jogo sonolento, realizado sem torcida, em um gramado horroroso e com uma arbitragem idem, numa disputa que só tem valor mesmo pelo modesto retorno financeiro que terá. E como a partida no Engenhão nem serva para definir um campeão para a Taça Rio, a impressão que temos é que o melhor que esse 1 a 0 trouxe para a torcida do Vasco é temos passado 90 minutos sem sofrer um gol pela primeira vez em 2021.

As atuações

Vanderlei – quase sem trabalho na partida.

Léo Matos – boa participação ofensiva, sem comprometer na defesa e, mais importante, mais uma partida sem levar amarelo.
Miranda – uma boa atuação do jovem zagueiro, indo bem no combate direto e nas antecipações. Fez um corte providencial em chute adversário que levaria perigo ao gol do Vanderlei.

Leandro Castan – enquanto esteve em campo, jogou com firmeza. Mas levou duas pancadas fortes – sob o beneplácito do Sr. Alexandre Vargas de Jesus – e deu lugar ao Ricardo Graça no Intervalo, que segurou bem a onda.
Zeca – com um amarelo logo no começo do jogo, precisou de mais ajuda para frear as subidas botafoguenses pela sua lateral. No apoio foi um pouco abaixo do que estamos acostumados.

Andrey – razoável na proteção à zaga, em alguns momentos se enrolou na saída de bola. Teve poucas oportunidades para subir ao ataque, mas conseguiu uma finalização com relativo perigo.

Galarza – foi a maquininha de sempre, mostrando disposição tanto na marcação quanto na criação. Mas colocou a vitória em risco em um lance de imprudência inaceitável, quando cometeu uma penalidade ignorada pelo juiz.

Gabriel Pec – uma das partidas mais apagadas do garoto em todo campeonato. Figueiredo o substituiu e manteve o nível, aparecendo muito pouco no jogo.

Morato – criou caso com um jogador do Botafogo, quase saindo na mão. Já boas jogadas, não criou nenhuma. João Pedro o substituiu e não teve tempo para contribuir de forma efetiva.

Léo Jabá – algumas jogadas nos primeiros cinco minutos de jogo e desapareceu até o fim da etapa inicial. No segundo tempo, mostrou serviço aos 3 minutos acertando o cruzamento para o Cano marcar o gol da partida. E desapareceu até que Bruno Gomes entrasse em seu lugar para ajudar o Vasco a recuperar o controle do meio de campo.

Cano – uma chance, um gol, mais uma vitória para o Vasco. Juninho o substituiu e nos pouco menos de 10 minutos que esteve em campo teve a chance de arriscar uma arrancada para o ataque, mas sem conseguir concluir bem o lance.

O Vasco tem 1.000.001 de motivos para vencer a Taça Rio

Uma Taça que vale pela grana
Não há como negar: a “conquista” mais importante nesta Taça Rio é o prêmio em dinheiro.

Eu sei, vocês sabem e as torcidas do Vasco e Botafogo igualmente sabem: a única razão para que cruzmaltinos e alvinegros entrem com alguma motivação para a decisão da Taça Rio é o prêmio de R$ 1 milhão ao qual o campeão da competição terá direito.

O Clássico da Paz desta manhã de domingo não existiria se não fosse a irrefreável mania da FFERJ em mudar todo ano o regulamento do Estadual. Este ano, a invenção foi uma Taça Rio que só serviria para manter os quatro melhores pequenos terem o que fazer até as competições nacionais começarem.

O que a Federação parece não ter contado era com os tropeços de dois dos grandes, que deveriam estar na semifinal do Estadual, mas não tiveram capacidade para tal. O que também evidencia a falta de capacidade da Federação em prever situações não tão implausíveis assim.

Seja como for, ainda que aparentemente estejamos em um tantinho melhores que nosso adversário da estrela solitária, Cabo e seus comandados precisam mostrar, em campo, que essa superioridade efetivamente existe. Até porque, no confronto que tivemos esse ano, não passamos de um empate e a diferença entre os dois times no “Pré-temporadão” foi de míseros dois pontos.

Uma boa vitória hoje, além de encaminhar bem a Taça Rio – e seu prêmio milionário – para a Colina, também serve para mostrar tranquilizar a torcida de que o Vasco está melhor preparado que, pelo menos, um dos nossos adversários na Série B. O que não deixa de ser mais um motivo para vencermos.

Botafogo X Vasco 

Douglas Borges; Warley, Kanu, Sousa e PV; Matheus Frizzo, Romildo e Pedro Castro; Marco Antônio, Ronald e Rafael Navarro.

Vanderlei, Léo Matos, Miranda, Leandro Castán e Zeca; Andrey, Matías Galarza e Marquinhos Gabriel; Morato, Gabriel Pec e Cano.

Técnico: Marcelo Chamusca.

Técnico: Marcelo Cabo.

Estádio: Nilton Santos. Data: 16/05/2021. Horário: 11h05. Árbitro: Rafael Martins de Sá
Assistentes: Wallace Muller Barros Santos e Andréa Izaura Maffra Marcelino de Sá

Claro/Net, Sky, Vivo, VascoTV e Carioca Play transmitem a partida.

Vasco vence o Madureira e se classifica com o mínimo de novo

Time comemora o gol
Comemoração pelo gol da classificação: Marquinhos Gabriel e Cano garantiram a vitória sobre o Madureira (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)

No post de ontem eu tinha dito que seria bom o Vasco teria alguns motivos para encarar o jogo da volta na semifinal da Taça Rio com mais seriedade do que uma competição de consolação mereceria. Marcelo Cabo e seus comandados provaram que tinham isso em mente, mostraram muito comprometimento por toda a partida e venceram o Madureira por 2 a 1 com uma atuação até convincente.

Mas o bom futebol apresentado não parece ser o bastante para já nos deixar mais tranquilos com relação aos desafios que o Vasco terá pela frente. Ainda que tenhamos jogado bem, é preciso pensar que tipos de adversários teremos no resto do ano.

Pela Série B, teremos pela frente muitos oponentes como o Madureira, com um jogo reativo e marcação forte. O ponto aqui é que, de um modo geral, os times do Brasileiro devem ter mais qualidade que nosso adversário de ontem, o que pode significar que teremos ainda mais dificuldades para marcar gols e correremos mais riscos nos contra-ataques.

Já pela Copa do Brasil, na qual o objetivo é avançar o máximo possível, ainda encararemos alguns adversários mais modestos (como o Boavista, na próxima rodada), mas conforme avançamos, passaremos a enfrentar times da Série A e até participantes da Libertadores. E contra essas equipes, não podemos continuar sofrendo gols como os que sofremos ontem. Enquanto Cabo não resolver a problema com as bolas alçadas à nossa área, nos arriscamos a ser presa fácil para equipes mais qualificadas.

Com os jogos contra a Caldense e o Tombense pela Copa do Brasil, a semifinal de ontem foi o terceiro confronto eliminatório que passamos fazendo o mínimo para passar. Todos sabemos como uma Série B pode ser complicada e apesar de termo tido uma atuação vistosa ontem, ainda há o que melhorar.

Pessimismo? Acho que apenas escaldado.

As atuações

Vanderlei – não teve muitas chances para aparecer e no gol do Madureira, até tentou, mas não tinha chances de pegar a cabeçada certeira.

Léo Matos – já mereceria uma salva de palmas por terminar uma partida sem levar amarelo. Mas além disso, aproveitou uma partida contra um adversário que pouco ameaçou e teve destacada atuação no apoio, fazendo a assistência para os dois gols do Vasco. Mas vale citar: foi pelo seu lado do campo e o lateral não conseguiu evitar o cruzamento que originou o gol do Madureira.

Miranda – foi bem nas antecipações e desarmes, mas não estava marcando o vento no lance do gol adversário. Foi sacado quando o time precisava buscar o resultado e deu lugar ao Figueiredo, que deu mais movimentação ao nosso lado esquerdo e ajudou o time a pressionar ainda mais o Madureira em busca do desempate.

Leandro Castan – um pouco melhor que seu companheiro de zaga, mas também vacilou no gol do Madureira, se embolando com o Galarza e não evitando a cabeçada.

Zeca – um dos destaques do time, sempre sendo uma boa opção quando subia ao ataque. Mas ficou olhando a bola no lance e facilitou a vida do atacante tricolor na hora de cabecear e marcar o gol adversário.

Andrey – manteve o nível das últimas atuações, sendo útil na marcação, saída de bola e também levando perigo ao se aproximar da área. Quase marcou um golaço em chute de média distância.

Galarza – motorzinho em campo, mostrou disposição tanto na marcação como ajudando a criar jogadas. Se atrapalhou no lance do gol do Madureira, mas não chegou a comprometer sua atuação. Caio Lopes entrou em seu lugar no minuto final do jogo e não chegou a aparecer.

Morato – não teve gol, mas mostrou sua importância para a formação do Cabo: com qualidade técnica e inteligência, soube quando acelerar o jogo com tabelas e passes de primeira e quando cadenciar as subidas ao ataque. Juninho o substituiu no finalzinho e, confesso, só fiquei sabendo da troca no dia seguinte, ao ler as matérias sobre a partida.

Marquinhos Gabriel – um gol, uma bola no travessão e outra finalização perigosa. Mas tirando isso, teve uma atuação até discreta. Não teve muita liberdade para criar diante da forte marcação adversária.

Gabriel Pec – não deixou o dele, mas foi sempre uma boa opção para o ataque, tanto como finalizador como criando para os companheiros. Saiu para dar lugar ao Ricardo Graça, que entrou para recompor a zaga quando marcamos o segundo gol.

Cano – mais uma vez decidiu, marcando um gol típico de centroavante. O gol, seu trigésimo pelo Vasco, além de nos classificar pra final da Taça Rio, foi mais uma amostra do seu oportunismo e técnica.

Três razões para o Vasco ganhar (bem) o Madureira

Marquinhos Gabriel em treino
Marquinhos Gabriel volta ao time no segundo jogo contra o Madureira (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)

Todo vascaíno compreende que o Campeonato Estadual para o Vasco teria como principal função ser uma etapa preparatória para um ano complicado e de profundas reformulações. Tanto foi assim que a eliminação do time, ainda na Taça Guanabara, foi encarada mais com resignação do que com revolta.

Sem nos classificar para as semifinais do “pré-temporadão”, caímos na Taça Rio de consolação, competição tapa-buraco que, também compreendemos, serve mais para manter o time em atividade e para que Marcelo Cabo faça mais observações antes do início do Brasileiro.

Até aqui estamos entendidos? Ok.

Porém, mesmo que em 2021 encaremos todas as competições organizadas pela FERJ como um monte de jogos-treino, também temos algumas razões pra encarar a partida de hoje, contra o Madureira, com um tantinho a mais de seriedade.

Primeiro, porque já jogamos outras duas vezes contra o tricolor do subúrbio e não vencemos nenhuma. No primeiro jogo – no qual fomos melhores, mas cedemos o empate após abrirmos dois gols de vantagem – podemos justificar o resultado pelo pouco tempo do Cabo, que ainda fazia suas experiências com o elenco; na segunda partida, uma derrota, a primeira do Cabo, com um time 100% reserva. E, vá lá, nas duas primeiras oportunidades jogamos fora da Colina. Nada disso se repetirá hoje, já que o técnico deve escalar seus titulares e a partida será em São Januário.

A segunda razão é simples: ainda que o Carioca não mereça tirar a preocupação de qualquer torcedor, uma coisa é não conseguir ficar entre os quatro mais bem colocados da competição; outra, bem pior, é numa disputa entre os times que ficaram entre o quarto e oitavo na tabela, não conseguir sequer chegar à final.

Mas, no fim das contas, as duas razões acima têm a ver com o orgulho de torcedor. O que torna uma vitória contra o Madura realmente importante tem relação com uma questão bem mais prática: se o Vasco, jogando em casa e com seus titulares, não conseguir vencer o Madureira, participante da Série D, o que poderemos pensar da preparação do time para o Brasileiro (que começa em 20 dias)?

É por isso que, independente da desimportância que a Taça Rio tenha, é bom que Cabo e seus comandados consigam uma boa vitória hoje. De preferência, goleando.

Vasco X Madureira

Vanderlei, Léo Matos, Leandro Castán, Ricardo Graça e Zeca; Andrey, Matías Galarza e Marquinhos Gabriel; Morato, Gabriel Pec e Germán Cano.

Felipe Lacerda, Bruno Oliveira, Edimário, Maurício Barbosa e Juninho; Victor Feitosa, Rodrigo Yuri e Humberto; Sampaio, Silas e Elias.

Técnico: Marcelo Cabo.

Técnico: Alfredo Sampaio

Estádio: São Januário. Data: 08/05/2021. Horário: 16h. Arbitragem: Grazianni Maciel Rocha. Assistentes: Thiago Rosa Esposito e Lilian da Silva Bruno.

A Rede Record transmite para RJ e parte da rede. Claro/Net, Sky e Vivo transmitem via Pay-per-view para a TV. Vasco TV, Carioca Play e DirecTV Go transmitem para os assinantes do Pay-per-view do Estadual pela internet.

Cabo faz testes e perde sua invencibilidade

Léo Jabá
Léo Jabá acertou um chute no travessão: não foi o bastante para evitar a primeira derrota do Cabo no comando do Vasco (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)

Não sei quantos de vocês estão acostumados com a expressão “teste de estresse”. Para quem trabalha com TI, teste de estresse (ou teste de carga) é quando se coloca a prova a capacidade de um site em suportar os mais elevados níveis de tráfego simultâneo. Em linhas bastante gerais, um site está pronto para ir ao ar quando aguenta um monte de usuários ao mesmo tempo sem cair e ficar fora do ar.

Na derrota de ontem para o Madureira, sua primeira no comando do Vasco, Marcelo Cabo parece ter feito um teste de estresse com sua equipe. A impressão é que o técnico tentou ver como sua equipe reagiria em um cenário completamente desfavorável. E, como vimos pelo resultado, o time não passou no teste.

Pra começar, diferente do esperado, Cabo não usou sua força máxima. Pelo contrário, escalou 11 jogadores que, pelo menos por agora, são reservas. Foram oito jogadores vindo da base mais o Rômulo (o “nono” da base, ainda sem ritmo), Vanderlei e Léo Jabá. E os titulares não ficaram nem como opção para o decorrer do jogo.

Os três mais experientes não resolveram a situação. E como nas duas primeiras partidas do Estadual, quando jogamos apenas com os garotos da base, perdemos por 1 a 0. As duas equipes mostraram mais disposição que técnica, o Madura foi melhor por uma parte maior do tempo (lembrando que, com a expulsão do Laranjeira,  também teve um jogador a mais desde os 28 minutos da etapa inicial) e poderiam ter marcado outros gols. Ainda assim, o Vasco poderia ter melhor sorte, até porque o gol dos donos da casa talvez nem sobrevivesse a um exame pelo VAR.

Aquela história do “perdeu quando podia” é chavão e a invencibilidade no comando do time nem devia ter toda essa importância para o Cabo. Calculando os riscos da partida, o técnico deve ter achado melhor observar e dar mais rodagem aos jogadores menos utilizados. Deve ter entrado na conta o fato de que ainda poderíamos reverter uma possível derrota no jogo em São Januário.

Não podemos esquecer que a partida de ontem foi a segunda que tivemos contra o Madureria e na primeira, mesmo jogando com os titulares, não passamos de um empate. Sendo assim, talvez seja prudente que Cabo reveja sua estratégia de usar um time completamente reserva.  Caso contrário, as chances de perdemos o prêmio que a Taça Rio oferece aumentarão.

As atuações

Vanderlei – foi bem pouco acionado e não podia ter feito nada no lance do gol.

Cayo Tenório – vinha bem no jogo, tanto na parte defensiva como no apoio. Mas vacilou no lance do gol do Madureira (ainda que o atacante do Madureira, aparentemente, estivesse em posição irregular).

Ulisses – terceira ou quarta opção para a posição no elenco, o garoto teve uma atuação irregular na partida. Menezes entrou em seu lugar e não comprometeu.

Ricardo Graça – foi um dos jogadores que ficaram na roda na troca de passes que originou o gol do Madureira, mas teve uma atuação aceitável no restante da partida.

Riquelme – não foi muito bem na sua estreia como titular entre os profissionais. Sua lateral foi a principal via de acesso para os ataques do Madureira e falhou na marcação no lance do gol.

Bruno Gomes – não chegou a comprometer, mas sendo um dos jogadores com maior rodagem em campo, poderia ter chamado mais a responsabilidade.

Romulo – mesmo visivelmente fora de ritmo, vinha bem, principalmente no combate e antecipações. Mas foi cansando e ainda se machucou antes dos 40 minutos da etapa inicial, dando lugar para o Caio Lopes. O garoto deu maior movimentação ao meio de campo, mas poderia ter sido mais útil começando as jogadas ofensivas.

Laranjeira – comprometeu todo o time levando dois cartões amarelos em menos de três minutos e antes de meia hora de bola rolando.

Figueiredo – não faltou vontade, mas efetividade. Deu algum trabalho aos seus marcadores, mas ainda precisa evoluir na tomada de decisões. Artur Sales entrou em seu lugar faltando menos de três minutos para o fim.

Léo Jabá – outro que, tendo mais experiência, poderia ter aparecido mais. Ainda assim, foi o autor da melhor chance do time, acertando um belo chute no travessão. João Pedro o substituiu e não chegou a ter uma participação mais efetiva. Ainda assim, a segunda chance mais clara de gol que tivemos foi dele, que só não marcou de carrinho pela chegada de um zagueiro tricolor, que cortou a bola.

Tiago Reis – com sua presença, o Vasco já começou com um a menos. Juninho entrou em seu lugar e demorou um pouco para dar uma maior contribuição ao time. Quando o fez, ganhamos maior volume no meio de campo e equilibramos a partida, mesmo com um jogador a menos. Mas, como de costume, pecou no individualismo em alguns momentos.

Vasco inicia os trabalhos na Taça Rio contra o Madureira

Rômulo treina
Rômulo pode estrear contra o Madura, contra quem Cabo deve escalar sua força máxima (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)

Pra profissionais de futebol, raro é o Dia do Trabalho no qual é possível curtir o feriado descansando. Marcelo Cabo e seus comandados, por exemplo, passarão este 1º de maio trabalhando, já que farão sua estreia pela Taça Rio, contra o Madureira.

O nível do “trabalho” é que são elas…em uma competição obviamente criada pra manter os times de menor investimento ativos por mais algum tempo, a Taça Rio só contará com Vasco e Botafogo porque não fizeram seu trabalho como deveriam na Taça Guanabara. Diante disso, o que está em disputa para nós não é muito mais que uma taça redundante na sala de troféus.

Essa é uma maneira de encarar a Taça Rio. Outra, e o técnico vascaíno parece ver dessa forma, é ver a competição como mais uma etapa do – olha ele aí de novo! – trabalho de preparação para a Série B, que começa em breve.  Tanto é assim que Cabo deve escalar sua força máxima contra o tricolor suburbano, mostrando que os quatro jogos que restam neste Carioca serão mais que uma briga por um troféu de consolação.

Mas, como não poderia deixar de ser, há sempre um outro lado: ao jogar com seus titulares, a pressão por uma boa atuação vascaína aumenta. O Brasileiro será uma competição complicada e o sinal que o Vasco passará ao torcedor não será dos melhores caso tenha muito trabalho para superar o Madura, Nova Iguaçu ou Botafogo.

Resumindo, como conquista, a Taça Rio não tem muita importância, mas entramos na competição precisando leva-la a sério. Tanto por ser uma etapa de preparação para o resto do ano, como também por carregarmos um inevitável favoritismo (o que aumenta a pressão sobre o time).

Que o Vasco não dê muito trabalho ao torcedor nessas quatro partidas que restam.

Madureira X Vasco 

Felipe Lacerda, Rhuan Rodrigues, Edmário, Maurício Barbosa e Juninho Monteiro; Feitosa, Rodrigo Yuri e Nivaldo; Natan, Sillas Gomes e Luiz Paulo.

Vanderlei, Cayo Tenório, Ernando, Leandro Castan e Zeca; Andrey, Galarza e Marquinhos Gabriel; Gabriel Pec, Morato e Germán Cano.

Técnico: Alfredo Sampaio.

Técnico: Marcelo Cabo.

Estádio: Conselheiro Galvão. Data: 01/05/2021. Horário: 15h15. Árbitro: João Batista de Arruda (RJ). Assistentes: Diego Couto Barcelos (RJ) e André Smith Silveira (RJ).

Claro/Net, Sky, Vivo, VascoTV e Carioca Play transmitem a partida.