Vasco x Operário-PR: noite para mais uma vingança vascaína

'Operários' X Operário: elenco vascaíno treina antes de encarar o time paranaense
Operários’ X Operário: elenco vascaíno treina antes de encarar o time paranaense (📷: Daniel Ramalho | Vasco)

Na terrível Série B de 2021, dois clubes paranaenses foram responsáveis por derrotas que abateram muito a torcida vascaína, principalmente por terem nos vencido tanto em suas casas como em São Januário. Quis o destino – ou melhor, a dona CBF – que este ano o Vasco encarasse os dois em sequência. O primeiro foi o Londrina, que começamos as nos vingar na rodada passada; hoje temos pela frente o segundo, o Operário, que no último Brasileiro nos bateu por 2 a 0 logo na nossa estreia na competição e que repetiu o placar na primeira partida do returno.

Em 2022, a expectativa é obviamente outra. Ainda invicto e com uma campanha bem mais regular que seu adversário, é inegável o favoritismo do Vasco no confronto de hoje. Ainda assim, os comandados de Maurício Sousa precisam manter a pegada “operária” contra o Operário. Ainda que o time paranaense esteja no meio da tabela e tenha vencido apenas uma partida nas últimas cinco rodadas, convém lembrar que esta solitária vitória foi jogando fora de casa e com um contundente 3 a 0 sobre o Guarani, contra quem não passamos de um empate (e, vale lembrar, os paranaenses têm um ataque mais positivo que o nosso: já marcaram 14 gols contra 13 nossos).

E para nos vingar do nosso segundo algoz do Paraná, o técnico vascaíno deve praticamente repetir a equipe que venceu na última rodada, com exceção do Gabriel Dias, contundido (Weverton assume a vaga). Isso, a se tratar do que vimos contra o Londrina, não chega a ser garantia de muita coisa, menos ainda de bom futebol. Maurício Souza teve alguns dias a mais para trabalhar e, espera-se, deve ter corrigido alguns dos problemas que o time apresentou na última vitória, principalmente na saída de bola. Criar mais chances de gol – algo que, sendo justo, vem desde a época do Zé Ricardo – também é algo mais que necessário, principalmente contra um adversário que dificilmente irá nos ceder muitos espaços.

Resumindo, para vencer o Operário é indispensável manter o nível de transpiração, jogando com a entrega e o empenho de sempre. Mas ter um pouco mais de inspiração, para não contar apenas com os brilharecos do Nenê, é tão importante quanto.

CAMPEONATO BRASILEIRO 2022 – Série B
VASCO X OPERÁRIO-PR

Local: São Januário.
Horário: 19h00 (Brasília).
Árbitro: Vinicius Gonçalves Dias Araújo (SP).
Assistentes: Evandro de Melo Lima (SP) e Luiz Alberto Andrini Nogueira (SP).
VAR: Vinicius Furlan (SP).

VASCO: Thiago Rodrigues, Weverton, Quintero, Anderson Conceição, Edimar, Yuri Lara, Andrey, Nenê, Gabriel Pec, Figueiredo e Getúlio (Raniel).
Técnico: Maurício Souza.

OPERÁRIO: Simão; Thales, Reniê e William Machado; Arnaldo, Ricardinho, Tomas Bastos e Fabiano; Reina, Paulo Sérgio e Silvinho.
Técnico: Claudinei Oliveira.

Transmissão: O canal Premiere transmite para seus assinantes e pelo sistema pay-per-view para todo o Brasil.

2021: o ano que deixei de ser Vasco…

A gente até consegue sair da Colina. O impossível é São Januário sair da gente...
A gente até consegue sair da Colina. O impossível é São Januário sair da gente…

Se você está lendo esse post, ou é um dos poucos leitores que me restam depois desse mais de mês que passei sem atualizar o blog (acho que o maior período que passei sem falar sobre o Vasco na internet nos últmos quase 14 anos) ou entrou por curiosidade por causa do título apelativo, quase um clickbait.

Nos dois casos, sendo você um torcedor do Vasco e me conhecendo ou não, sabe que esse título é uma impossibildade. Quem é REALMENTE vascaíno não deixa de ser Vasco. Chame de sina, patologia ou tendência  masoquista, a realidade é essa: a gente pode sair de São Januário, mas São Januário não sai da gente.

Mas o título é apenas MEIO mentiroso. Porque, sim, eu deixei de ser Vasco. Não em definitivo, o que entraria no caso das impossibilidades como disse acima. Mas nas últimas semanas abandonei as notícias, não entrei no site oficial, não vi outros blogs sobre o time, ignorei os programas esportivos e restringi minha participação como torcedor ao pagamento do meu plano de sócio (e isso por que as cobranças são automáticas).

Por que isso? Porque 2021 foi terrível demais. Porque depois de escrever sobre o clube em portais esportivos e em blogs independentes desde 2007, conscientemente eu me dei férias do Vasco. Porque depois de quatro rebaixamentos em menos de 15 anos, ver o clube não conseguir retornar à elite (e assim atingir o que considero seu ponto mais baixo em mais de 12 décadas de história) foi demais até pra mim.

E, convenhamos: que vascaíno, depois de uma temporada horrorosa como a que tivemos, merecia acompanhar uma última rodada de Série B como essa?

Não vi a partida, nem os melhores momentos. E basta olhar o post aí de baixo pra saber que, antes da bola rolar, eu já achava que não valeria a pena mesmo.

A questão é que nada melhorou o bastante para o torcedor do Vasco ter muitas esperanças de um 2022 redentor, pelo menos, no nível que nossa tradição mereça. Como disse, não acompanhei as notícias do clube nesse período, mas sei que Zé Ricardo assumiu, um monte de tralhas foi embora, alguns outros jogadores chegaram e continuamos com aquele patrocínio lazarento. Abusolutamente nada que faça o vascaíno soltar fogos por aí.

Ainda assim, aproveito o primeiro dia deste ano para reafirmar que, depois deste intervalo necessário, seguirei comentando o que acontece e o que deixa de acontecer no Club de Regatas Vasco da Gama aqui e em outros lugares na internet. Assim como é impossível se livrar do time que temos no coração, vocês também não se verão livres de mim com facilidade.

***

Pra não dizerem que não comentei a respeito de nada sobre o clube neste primeiro post de 2022, uma breve observação sobre as idas e NÃO vindas do Diego Souza.

O cara foi muito bem na sua passagem pelo Vasco UMA DÉCADA ATRÁS (apesar do Cássio), mas ficar lamentando a permanência no Grêmio de um jogador com 36 anos e que fica de conversinha com três clubes antes de resolver seu destino é um pouco demais.

E, vale lembrar: mesmo que nossa realidade seja a busca pelo acesso à Série A, é muito melhor buscar reforços mais jovens, com mais disposição, menos probabilidade de contusões sérias e que ainda possam render algo ao clube caso se destaquem. Contratar veteranos disputados apenas por clubes da segundona (exatamente o caso do DS10) não me parece ser um tipo de contratação que o Vasco deva buscar.

Contra o Londrina, Vasco encerra 2021 com mais um jogo desprezível

Vasco treina
Depois do último jogo do ano, contra o Londrina, não se sabe quem permanecerá no Vasco (📷: Rafael Ribeiro/Vasco)

O Vasco termina sua deprimente participação na Série B de 2021 logo mais, contra o Londrina. Pro clube, pro elenco ou pra torcida, é uma partida completamente desprovida de interesse; pros donos da casa, pode significar a permanência na segundona.

Ou seja, mais uma partida na qual a probabilidade de derrota é imensa, tanto pela total falta de motivação de um grupo que não tem mais pelo que brigar (nem mesmo para mostrar serviço e ficar na Colina), como a situação  vivida pelo Londrina, em tudo oposta à do Vasco.

Para nossos anfitriões, é o jogo da vida; Para o Vasco, um compromisso infelizmente inevitável ou, no máximo, uma burocracia que adiou as férias do elenco por mais uns dias.

Como aconteceu no jogo contra o Remo, não poderei assistir à partida. E também como na última rodada, talvez a resenha sobre este jogo completamente desprezível demore um pouco pra sair. Provavelmente com algumas palavras sobre este 2021, um ano que conseguiu se destacar entre os vários anos terríveis que tivemos nas últimas décadas.

Londrina X  Vasco

César; Elacio Córdoba, Saimon, Augusto e Eltinho; João Paulo, Jhonny Lucas e Mossoró; Marcelinho, Zeca e Caprini (Roberto).

Lucão, Léo Matos, Ricardo Graça, Leandro Castán e Riquelme; Bruno Gomes, Caio Lopes, Marquinhos Gabriel e Nenê; Germán Cano e Gabriel Pec.

Técnico: Márcio Fernandes.

Técnico: Fábio Cortez.

Estádio: do Café. Data: 28/11/2021. Horário: 16h. Arbitragem: Paulo Henrique Schleich Vollkopf (MS). Assistentes: Antônio Dib Moraes de Sousa (PI). Assistentes: Nailton Júnior de Sousa Oliveira (CE) e Mauro César Evangelista de Sousa (PI). VAR: Márcio Henrique de Gois (SP)

O Canal Premiere transmite para todo o Brasil.

***
Os eventos esportivos na tarde de ontem me fizeram constatar duas coisas:

1) Nem de longe o Vasco conseguiu dar tantas alegrias à sua torcida esse ano quanto alguns rivais nos deram;
2) Mas até essa alegria o Vasco tirou dos seus torcedores. Porque – pelo menos pra mim – como podemos comemorar o fracasso alheio quando a palavra fracasso foi um sinônimo perfeito para a temporada do time pelo qual torcemos?

Sobre o empate do Vasco com o Remo, de quatro dias atrás

Galarza e Cano comemoram
Com seu gol, Galarza parece ter sido a única pessoa em São Januário com motivos para sorrir no empate com o Remo (📷: Rafael Ribeiro/Vasco)

Tinha falado no dia do empate do Vasco com o Remo em 2 a 2, em São Januário, que não poderia assistir ao jogo.  Realmente não vi a partida e depois de saber o resultado – e das vaias que, segundo relatos, o time merecidamente recebeu ao longo dos mais de 90 minutos de bola rolando – não me interessei em ver nem os “melhores momentos“, algo que provavelmente só pode ser chamado dessa forma por pessoas com um senso de ironia bastante apurado.

Mas vocês devem ter percebido o interesse deste que vos escreve sobre o tema pelo “pequeno” atraso de QUATRO DIAS para essa resenha ser publicada. Na realidade, o interesse por uma análise da penúltima rodada da Série B (e a quarta na qual o Vasco apenas cumpre tabela) foi inexistente: nem os poucos leitores que cobram as atualizaões pós-jogo aqui do blog perguntaram por essa resenha. Ela é, na realidade, tão desnecessária quanto esse fim de campeonato para qualquer vascaíno. Só estou escrevendo essas poucas palavras a respeito de uma partida que não vi porque o blog ficaria incompleto sem elas.

No fim das contas, o que quer que tenha acontecido no gramado da Colina na última sexta-feira, sabemos que os únicos que poderiam merecer aplausos são os 1010 pagantes da partida, uma daquelas que só encontram razões estatísticas para figurar na história do clube. Esses bravo pouco mais de milhar de torcedores são, indiscutivelmente, mais vascaínos do que eu consigo ser neste momento (não querendo cometer a pretensão de ser um parâmetro de “vascaínidade“, claro).

Na legenda da imagem que ilustra este post, comentei que o jovem paraguaio deve ter sido o único com motivos para sorrir na noite da última sexta.

Retifico a opinião: Galarza deve ter sido o único com razões para sorrir com a bola rolando. Porque depois do apito final, aposto que vários jogadores devem ter ficado alegres. Seja porque não precisarão mais encarar as vaias da torcida jogando em casa em 2021, seja porque não voltarão a chamar São Januário de “casa” nunca mais.

Em que grupo se encaixam quais jogadores fica a critério de cada leitor.

Vasco se despede da Colina de forma melancólica contra o Remo

São Januário vazio
O Remo, adversário de hoje do Vasco, não deve encontrar o ‘caldeirão’ muito diferente disso (📷 Globoesporte)

Para o Vasco, o ano já acabou faz é tempo. Mas na prática, ainda há compromissos e – graças a incompetência generalizada no Clube neste ano de 2021 – “cumprir tabela” na Série B é um deles.

O que falar sobre o jogo contra o Remo? A torcida já deu o seu recado, contundente: com menos de 800 ingressos vendidos até às 19 horas de ontem, a resposta é uma só: quase ninguém está dando importância para essa partida.

E por que daria? Para um clube com o tamanho do Vasco, estar na Série B – ainda que as desastrosas gestões que temos tido tenham transformado isso num hábito – já é absurdo. Estar na Série B, sem chances de subir faltando cinco, seis rodadas e ainda correndo o risco de terminar a competição na parte debaixo da tabela é motivo de sobra para o vascaíno abstrair da mente a existência deste campeonato.

Especialmente hoje, última partida do ano em São Januário e, sendo sincero, em um confronto no qual não dá pra levar muita fé em um resultado positivo. Não que o Remo, seja um adversário complicadíssimo. Na real, é pelo motivo oposto: os caras estão brigando pra não cair.

Mas é exatamente esse o problema. O Remo briga por algo. Já o Vasco…não briga por nada há rodadas (ou troque por “meses”, “anos” ou “décadas”. O que preferir).

Se quando ainda tínhamos chances de chegar ao G4 não tínhamos a competitividade necessária para vencer adversários do mesmo nível do Remo, poque agora, apenas cumprindo tabela e com metade do time sem nem sabe se estará no clube ano que vem, veríamos o Vasco mostrar empenho por uma vitória?

Acho que não poderei ver a partida – felizmente tenho um compromisso profissional hoje – então, só posso desejar uma coisa aos corajosos vascaínos que acompanharem o jogo: boa sorte e que o Vasco seja capaz de não tornar ainda pior a já naturalmente melancólica despedida do time na Colina.

Vasco X  Remo

Lucão, Léo Matos, Ricardo Graça, Leandro Castan e Riquelme; Romulo, Galarza, MT e Nenê; Morato e Cano.

Vinícius; Thiago Ennes, Romércio, Kevem e Igor Fernandes; Anderson Uchôa, Lucas Siqueira e Matheus Oliveira; Erick Flores, Victor Andrade e Neto Pessoa (Lucas Tocantins).

Técnico: Fábio Cortez.

Técnico: Eduardo Baptista.

Estádio: São Januário. Data: 19/11/2021. Horário: 19h. Arbitragem:Rodrigo Batista Raposo (DF). Assistentes: Lucas Costa Modesto (DF) e Lehi Sousa Silva (DF). VAR: Emerson de Almeida Ferreira (DF)

O Canal Premiere transmite a partida para todo o Brasil.

Vasco fica no empate com o Vila Nova

Daniel Amorim comemora seu gol
O Vasco começou perdendo, virou com belo gol de Daniel Amorim, mas permitiu o empate do Vila Nova (📷 Rafael Ribeiro/Vasco)

Pra um campeonato no qual só teremos que cumprir tabela até o seu final e diante da fase canhestra na qual nos encontramos, o Vasco conseguir encerrar uma sequência de derrotas com um empate em 2 a 2 com o Vila Nova, fora de casa, até seria algo a se comemorar.

Mas é claro que não seria justo o Vasco, maior fonte de estresse e irritação dos vascaínos, que faria seu torcedor ter um dia de paz, né? Aliás, um dia é muito. Nossa torcida não pode ter UM MINUTO de paz.

Depois de um primeiro tempo previsível e sonolento – previsível porque, é lógico, cumpriríamos a nossa sina de levar um gol do jogador adversário com o nome mais folclórico (vejam abaixo a hora do tweet com a minha “previsão”), voltamos pro segundo tempo com um cadinho a mais de atitude.

Essa atitude foi o bastante para empatarmos e virarmos o placar em apenas sete minutos. Mas lembrem-se: o vascaíno não tem um minuto sequer de paz. E sendo assim, nosso time permitiu que o Vila Nova empatasse o jogo QUARENTA E OITO SEGUNDOS depois de termos conseguido a virada.

Depois disso, o que vimos foi um jogo com muita disputa e baixa qualidade. As alterações feitas pelo interino Fábio Cortez – motivadas mais por necessidade que por uma esperança real de encontrar uma solução para o time em tão pouco tempo – justificam o maior empenho. Renegados como Galarza, Caio Lopes, João Pedro e Figueiredo, que há tempos não apareciam, tinham mesmo é que suar sangue e tentar mostrar algum serviço. Até porque, ser um renegado NESTE ELENCO é algo que não favorece ninguém que se pretenda ser “jogador profissional de futebol”.

Não sofremos a 5ª derrota em sequência e marcamos dois gols, o que não acontece desde o jogo contra o Náutico. Mas assim como nos Aflitos, mais uma vez mostramos que não conseguimos manter uma vantagem no placar, seja qual for o nível do adversário.

Sexta-feira o Vasco tem mais um compromisso cumprindo tabela, contra o Remo, na Colina. Sendo sincero? Não dá pra ter otimismo em uma partida na qual nosso adversário ainda tem muitos motivos pra buscar a vitória (o Remo ainda luta desesperadamente contra o rebaixamento). Mas aí vem a pergunta: faz diferença ainda ter qualquer otimismo nesta Série B?

Pra dizer que não falei nada das atuações, vale mencionar o Nenê (com mais uma assistência) e, claro, o belo gol do Daniel “Pirulito” Amorim. No meio de tantas contratações equivocadas, o atacante é um dos poucos – senão o único – que vale a pena um esforço pela renovação. Ainda que não seja um jogador dos sonhos, nas pouquíssimas oportunidades que teve, quase sempre correspondeu.

Mas é aquilo: o Pirulito pertence à Tombense, que ano que vem estará, junto com a gente, na Série B. Vocês apostariam uma grana na capacidade da diretoria em renovar com o jogador? Ou acham que o mais plausível é passarmos por mais um vexame, dessa vez, de não conseguir tirar o atacante do modesto clube mineiro?

Vasco e Vila Nova em uma partida que não interessa (a quase) ninguém

Fábio Cortez em uma coletiva
Confirmado como técnico interino até o fim da Série B, Fábio Cortez deve ser o único realmente interessado na partida contra o Vila Nova (📸: Reprodução / Vasco TV)

Quem no Club de Regatas Vasco da Gama ainda se preocupa com a Série B de 2021?

Aparentemente, apenas alguns vascaínos mais fiéis, ou porque não dizer, obcecados. Só com um torcedor com esse perfil pode se interessar por mais quatro jogos que têm tudo para ser uma fonte de estresse, como a partida de hoje contra o Vila Nova.

Por exemplo, cá estou eu, escrevendo pra nem sei que punhado de vascaínos ainda acompanha este campeonato. Ainda que publicando este post faltando poucas horas pro jogo, é melhor que esquecer da partida, como fiz na rodada passada. E, sem querer valorizar minha “vasacaínidade” , só sendo muito vascaíno pra se dar a esse trabalho.

Aliás, a partida em Goiânia não deve interessar muito a ninguém. Mesmos nossos anfitriões, que ao menos devem buscar a vitória pra agradar à torcida presente ao seu estádio, têm pouco aliém disso para se motivar: assim como o Vasco, o Vila Nova não tem qualquer chance de subir para a Série A e, se ainda corre algum risco de rebaixamento, o 1% de chance que tem disso acontecer não deve assustar nenhum vilanovense.

Diante disso, o interino Fábio Cortez – membro da comissão técnica fixa e responsável por ficar a beira do campo até a diretoria encontrar um substituto para o Fernando Diniz – deve ser o maior interessado no duelo de hoje. Se não por pretensões de uma efetivação no cargo, pelo menos pra mostrar seviço. Seja para diretoria, seja para qualquer outro clube que, sabe-se lá, possa se interessar por suas qualidades. O que, na minha opinião, parece ser mais interesse que qualquer jogador do nosso elenco possa demontrar até o fim do campeonato.

Vila Nova X  Vasco

Georgemy; Moacir, Rafael Donato, Renato e Willian Formiga; Pedro Bambu, Dudu e Arthur Rezende; Diego Tavares, Clayton e Alesson.

Lucão, Zeca (Léo Matos), Castan, Ricardo, Riquelme; Andrey, Marquinhos Gabriel, Nenê, Morato (Léo Jabá), Gabriel Pec (Bruno Gomes) e Cano.

Técnico: Higo Magalhães.

Técnico: Fábio Cortez.

Estádio: Onésio Brasileiro Alvarenga. Data: 15/11/2021. Horário: 18h. Arbitragem: Paulo Henrique Schleich Vollkopf (MS). Assistentes: Leandro dos Santos Ruberdo (MS) e Cicero Alessandro de Souza (MS). VAR: Marcio Henrique de Gois (SP).

O Canal Premiere transmite para todo o Brasil.

Vasco tem mais uma noite digna apenas do esquecimento

Time unido antes da partida
Antes da partida, time mostrou união por…qual objetivo mesmo? (📷 Rafael Ribeiro/Vasco)

Escrevo sobre o Vasco na internet desde 2007 e não me recordo de não haver feito um post pré-jogo antes de alguma partida oficial do time em todo esse tempo (não fazer uma resenha após resultados especialmente deprimentes sim, isso já fiz e tenho feito com muito mais frequência do que gostaria). Mas ontem eu não falei nada sobre este Vasco X Vitória e por um motivo bem simples: minha mente sublimou, olvidou, obliterou – ou qualquer outro sinônimo possível para esquecimento – completamente do evento que ocorreu ontem em São Januário.

Talvez meu cérebro tenha feito isso propositalmente, me poupando de um sofrimento certo. No fim das contas, seu esforço foi em vão, já que as redes sociais não param e acabei vendo a Vastwitter reclamando da vida, o que me fez lembrar. “Hoje tem jogo!” e, instintivamente, liguei a TV.

O duelo estava por volta do 30º minuto quando comecei acompanhar. E o Vasco já perdia por 1 a 0.

Daí em diante, as coisas não melhoraram. Veio o intervalo, vieram as alterações, veio o segundo tempo e vieram mais gols do adversário. Do adversário, vale falar: o rubro-negro baiano luta desesperadamente para não ser rebaixado para a Série C e tinha feito apenas 24 gols em 34 rodadas. Isso, antes de jogar contra o Vasco, o “Personal Dead Raiser Tabajara” da competição.

Se nós conseguimos sofrer três gols daquele que era o segundo pior ataque da Série B, quais seriam as chances de marcarmos um golzinho sequer contra o Vitória, que misteriosamente tem a segunda melhor defesa?

A resposta é: ZERO chances (assim como as chances que temos de voltar à elite). O Vitória veio à São Januário pra ganhar uma sobrevida na competição e alcançou seu objetivo com uma quase goleada por 3 a 0. Já o Vasco do Diniz, em apagão desde o segundo tempo contra o Náutico e em franca queda livre, aparentemente não tem mais qualquer objetivo este ano. Nem evitar vexames.

Comecei este post falando que nos últimos 14 anos não me recordava de ter esquecido de um jogo  do Vasco. Diante do “espetáculo” de ontem, melhor seria se eu conseguisse esquecer mais um resultado deprimente do time.

Vocês esperavam que eu falasse das atuações individuais depois do que vimos ontem?

Sério mesmo?!?

Vasco 0 x 4 Bota: o clímax de um espetáculo tenebroso

ZERO chances
Depois de muito esforço, Vasco chega aos ZERO porcento de chances de acesso (Fonte: infobola.com.br)

Amigos vascaínos, não se esqueçam de uma coisa: não foi a goleada por 4 a 0 que o Botafogo nos impingiu que decretou nossa permanência na Série B em 2022. Isso foi apenas a cereja do bolo – de estrume – que nossa torcida recebeu esse ano.

Ser uma vítima fácil e transformar a Colina História em um palco para – VEJAM VOCÊS! – o alvinegro fazer a festa de chegada à liderança da competição foi apenas mais um episódio de uma novela que, sim, teve alguns capítulos empolgantes. Mas que na maioria do tempo foi um drama da pior espécie para a torcida do Vasco.

Mas como contar com um final feliz? Com autores incompetentes, constantes troca de diretores e um elenco formado em sua maioria por canastrões, o resultado não poderia ser outro: um filme classe B, que pouco ou nenhum motivo tem para receber aplausos.

E a ironia da coisa é que, exatamente pela incompetência de todos os envolvidos, o time conseguiu a renovação. Teremos que encarar mais uma temporada na prateleiras dos clubes B.

Apesar de tudo, o “espetáculo” ainda não acabou e teremos mais quatro episódios até que as cortinas se fechem para o Brasileiro de 2021. A audiência, não tenho dúvidas, será mínima. O que talvez até seja bom para o público, que se preferir evitar ser testemunha de mais atuações dignas de vaias, estará coberta de razão.

Agora que o retorno aos palcos da elite do futebol nacional é uma impossibilidade, resta esperar o que os “roteiristas” do filme de terror que foi essa temporada do Vasco farão na próxima. Já que a permanência deles é inevitável, que ano que vem eles pelo menos mudem o script (e o diretor…e o elenco…etc).

Sei que meus poucos leitores sempre esperam uma avaliação dos jogadores, mas, mais uma vez, não me darei ao trabalho. Vocês – os poucos leitores – merecem sempre serem atendidos…mas os jogadores, não.

Vasco esvazia clássico com Bota na Colina

Elenco treina
Fase do Vasco é promessa de clássico com pouco público (📷: Rafael Ribeiro/Vasco)

A vida do vascaíno tem sido um calvário tão grande que até um clássico, um dos momentos mais legais na rotina de um torcedor, perdeu completamente sua graça. E isso em um ano no qual tivemos menos clássicos que o normal.

Prova disso é ver a procura dos ingressos para esse Clássico da Amizade em São Januário. Se o Vasco fosse o Vasco que os mais coroas (infelizmente, quem tem menos de 20 anos não tem mais como fazer IDEIA da força que o clube tinha) viram, as pessoas estaria se estapeando por um ingresso para uma partida contra o Botafogo. Mas com os últimos resultados do time, a história é bem outra.

Até depois das 10 da noite de ontem, com 19 mil ingressos disponíveis, pouco mais de seis mil vascaínos mostraram interesse no clássico. Mas é claro que “interesse” é algo relativo: os botafoguenses já esgotaram a cota de ingressos para visitantes.

Isso porque o alvinegro tem feito sua parte e tem muita chance de ainda possibilitar que sua torcida faça festa na nossa casa. Enquanto isso, tudo o que o Vasco proporciona ao seu torcedor no momento é 1% de chance de terminar o Brasileiro no G4.

Evitar que o Botafogo faça de São Januário o palco para a chegada à liderança da Série B é o bastante para motivar o elenco vascaíno? Não creio, já que objetivos muito mais nobres não o fizeram. Diniz pode fazer uma ou outra alteração, jogar com mais um volante ou não, tentar o MT no lugar do suspenso Riquelme…mas, e daí? Nada disso também é o bastante para motivar a torcida. O que ficará provado pelo baixo público nas arquibancadas da Colina logo mais.

Vasco X  Botafogo

Lucão, Léo Matos, Castan, Ricardo, Zeca (MT); Andrey, Bruno Gomes (Gabriel Pec), Marquinhos Gabriel, Nenê, Morato e Cano.

Diego Loureiro; Daniel Borges, Carli, Kanu e Hugo (Carlinhos); Luís Oyama, Pedro Castro e Marco Antônio; Warley, Diego Gonçalves e Rafael Navarro.

Técnico: Fernando Diniz.

Técnico: Enderson Moreira.

Estádio: São Januário. Data: 07/11/2021. Horário: 16hx’. Arbitragem:Luiz Flávio de Oliveira (SP-Fifa). Assistentes: Marcelo Carvalho Van Gasse (SP-Fifa) e Miguel Caetano Ribeiro da Costa (SP). VAR: Vinícius Furlan (SP).

A Rede Globo transmite para RJ, SC, ES, BA, SE, PB, RN, PI, MA, AM, RO, RR, AP, AC, DF, e Juiz de Fora (MG).  O SporTV (exceto RJ) e o Premiere transmitem a partida para seus assinantes de todo o Brasil.