Ainda com altos e baixos, Vasco vence Brusque em noite inspirada de Nenê

Fala dele, fala: Nenê responde aos contestadores, marca duas vezes e garante a vitória sobre o Brusque na Colina
Fala dele, fala: Nenê responde aos contestadores, marca duas vezes e garante a vitória sobre o Brusque na Colina (📷: Daniel Ramalho | Vasco)

Ontem tinha comentado que o Zé Ricardo iria para o jogo contra o Brusque sem fazer qualquer alteração no que considera seu time titular e que, com isso, só poderíamos esperar que o Nenê colocasse o Raniel em condições de marcar.

Só que o Vovô achou melhor cortar os intermediários – até porque, pelo visto, nosso centroavante titular está de mal com o gol – e ele foi lá e resolveu a partida sozinho, marcando duas vezes e garantindo a vitória sobre o Brusque.

E, sem querer pagar de adivinho, as coisas se desenrolaram muito como falei ontem: depois de um primeiro tempo pavoroso, as alterações no segundo tempo acabaram fazendo o time melhorar e vencer, mesmo que aos trancos e barrancos. É impressionante como o Vasco, mesmo invicto e mesmo vencendo, não consegue se impor sobre nenhum adversário nesta Série B. Nem mesmo contra o Brusque, que pelo apresentado ontem, terá uma dificuldade tremenda pra se manter na Série B.

E o mais assustador de tudo é que, pelo segundo tempo que fizemos – principalmente após as entradas da dupla presidencial, Getúlio e Figueiredo – a vitória de ontem foi a melhor atuação do Vasco na competição. Mesmo com o primeiro tempo ruim e com o time precisando de contra-ataques para ameaçar um adversário muito limitado.

A “goleada” de ontem nos fez dormir na vice-liderança e nos dá mais tranquilidade de moral para o difícil clássico contra o Grêmio na quinta que vem. Seria ótimo se o segundo tempo de ontem servisse para o Zé Ricardo perceber que, no meio do nosso elenco chumbrega, há opções que tornam o time, se não melhor, pelo menos mais competitivo. E com isso, talvez não dependêssemos apenas do talento do Nenê para vencer.

Mas acho que isso é esperar demais do nosso treinador, infelizmente.

As atuações

Thiago Rodrigues – fez uma grande defesa, quando o jogo ainda estava empatado e passou a segurança necessária para o time construir a vitória.

Weverton – ainda não vi porque é a primeira opção para a lateral direita. Limitado toda vida, volta e meia deixa espaços pelo seu lado do campo e acerta muito pouco quando apoia. Pra dizer que não fez nada, fez um cruzamento na medida pro Raniel, que desperdiçou.

Quintero -não chegou a comprometer mesmo nos momentos em que o Brusque tentou exercer uma pressão.

Anderson Conceição – segue dando segurança pro nosso maior trauma recente, as bolas aéreas. Mas insiste em sair a bola com “lançamentos” que, na maioria absoluta das vezes, vão diretamente para o adversário.

Edimar – bem no combate direto, segurou bem a onda quando o Brusque atacou pela sua lateral. Depois de um primeiro tempo nulo no apoio, melhorou no segundo, ainda que não chegando à linha de fundo, mas com bons passes, como no lance do segundo gol, quando acionou o Getúlio com um bola em profundidade.

Yuri Lara – um dos poucos que se salvaram no primeiro tempo, quando o Vasco pouco fez. Se destacou no combate e nas roubadas de bola. Saiu nos minutos finais, dando lugar ao Zé Gabriel,

Andrey – mais uma partida na qual o garoto mostrou personalidade de veterano: ocupa bem os espaços, protege bem a bola e tem qualidade para fazer a ligação entre a defesa e o ataque. Chegou até a finalizar em duas oportunidades, mas nisso, ele precisa treinar bastante. Também saiu no fim, dando lugar ao Matheus Barbosa, que só de não levar amarelo nos minutos que ficou em campo, já foi um alívio.

Nenê – o pessoal nas sociais já reclamava do coroa, e até com razão, pela sua atuação discreta no primeiro tempo. Ainda não entenderam como são as coisas: o Vovô pode ficar sentado em campo por 89 minutos. Se no minuto restante ele resolver mostrar o talento que tem, não há no nosso elenco com maior poder de decisão (infelizmente). Ou alguém do time teria capacidade  técnica para dar o toque entre o goleiro e a trave do primeiro gol? Além de abrir o placar e facilitar a vitória no segundo tempo, também marcou o segundo e poderia ter marcado pelo menos mais um, mas chutou pra fora.

Palacios – estreou como titular, mas numa posição na qual não parecer ser a sua. Jogando mais avançado e pelos lados do campo, acabou se desgastando rápido e não podendo explorar sua força e habilidade. Saiu no começo da etapa final, dando lugar ao Figueiredo, que mostrou a garra de sempre – inclusive ajudando na defesa – mas não conseguiu levar muito perigo ao gol adversário.

Raniel – teve uma chance clara, mas desperdiçou cabeceando pra fora. Depois até tentou ajudar na criação, mas essa, definitivamente, não é a dele. Pelo menos fez a assistência, acidental, para Nenê abrir o placar. Getúlio, que entrou em seu lugar no começo do segundo tempo, precisou de pouco mais de 20 minutos em campo para mostrar que pode oferecer mais que apenas ficar parado esperando uma bola para finalizar: fez uma bela assistência para o segundo gol do Nenê.  Aos 35 acabou se machucando e deu lugar ao sumido Sánchez, que acabou apenas justificando o seu sumiço.

Gabriel Pec – vinha fazendo um primeiro tempo bem discutível até participar bem da jogada do primeiro gol. No segundo tempo melhorou e foi uma boa opção de ataque pela esquerda.

Contra o Brusque, Vasco espera mudar fazendo o mesmo

Fim do jejum?: a volta do Nenê pode favorecer Raniel. Centroavante já está a quatro jogos sem marcar
Fim do jejum? A volta do Nenê pode favorecer Raniel. Centroavante já está a quatro jogos sem marcar (📷: Daniel Ramalho | Vasco)

O Vasco só depende de si para se manter no G4 até o fim desta rodada. O Sport perdeu em casa e uma vitória sobre o Brusque hoje nos garantirá,  no mínimo, o terceiro lugar na tabela até a próxima quinta-feira.

E, como todos sabemos, depender de si é um problema para o Vasco do Zé Ricardo.

Do Brusque, o que podemos esperar é um time que deve se defender com vontade e, quando tiver a chance, atacar com a empolgação de quem venceu na última rodada e escapou do Z4 (e quer se manter o mais longe possível dele). Mas olhando a campanha do time catarinense, teremos um adversário com uma trajetória bastante irregular, que não conseguiu nem um empate como visitante e que tem uma média de um gol sofrido por partida.

Isso deveria nos deixar confiantes na vitória. Mas como? O Zé não consegue fazer seu time render e temos mostrado uma complicação terrível contra qualquer adversário. Mesmo em São Januário, mesmo com a torcida lotando o estádio, o que acontecerá mais uma vez amanhã.

Já passou do tempo do Vasco virar o disco e mostrar um desempenho um pouco melhor. Mas a depender do Zé, parece que as mudanças necessárias para isso estão longe de acontecer. Se o técnico manteve seu 4-3-3 contra o Guarani, porque não seguiria com seu esquema com a volta do veterano ao time? Se nem pensou em alternativas ao Raniel mesmo seu o principal articulador em campo, porque escalaria outro centroavante com o retorno do Vovô? Pois é: o que veremos é mais um jogo no qual a torcida ficará esperando o Nenê acertar um passe para o camisa 9.

Pec não tem rendido o necessário, Palacios segue no banco e a possibilidade de trocar um terceiro atacante por alguém que ajude o Nenê a criar pelo meio (e que reforçasse um pouco o combate no setor) não parece ser interessante para o Zé. E porque seria? Com a volta do Yuri Lara, um meio de campo reforçado nem deve fazer falta, não é mesmo?

É o que temos pra hoje: esperar que o Nenê salve a pele do time – e do treinador – mais uma partida ou que o Brusque não nos traga muitos problemas até o segundo tempo, quando alguma alteração pode dar certo, mais pela sorte que pela estratégia.

CAMPEONATO BRASILEIRO 2022 – Série B
VASCO X BRUSQUE-SC

Local: São Januário.
Horário: 19h00 (Brasília).
Árbitro: Caio Max Augusto Vieira (RN).
Assistentes: Jean Márcio dos Santos (RN) e Lorival Candido das Flores (RN).
VAR: Daniel Nobre Bins (RS).

VASCO: Thiago Rodrigues, Weverton, Quintero, Anderson Conceição, Edimar, Yuri Lara, Andrey, Nenê, Gabriel Pec, Figueiredo (Palacios) e Raniel.
Técnico: Zé Ricardo.

BRUSQUE: Jordan; Pará, Bruno Aguiar, Jeferson Bahia e Airton; Rodolfo Potiguar, Zé Mateus e Diego Jardel; Júnior Todinho, Alex Ruan e Alex Sandro.
Técnico: Luan Carlos.

Transmissão: O canal Premiere transmite para seus assinantes e pelo sistema pay-per-view para todo o Brasil.

Empate em Manaus foi um choque de realidade para o Vasco

Tudo o que o Bruno Nazário fez em campo foi confirmar o quanto o Vasco precisa do Nenê
Tudo o que o Bruno Nazário fez em campo foi confirmar o quanto o Vasco precisa do Nenê  (📷: Daniel Ramalho | Vasco)

Passa ano ruim, entra ano pior e a torcida do Vasco segue – apesar de naturalmente ficar mais reclamona – sendo um exemplo de esperança. A atitude de boa parte dela antes da partida de ontem contra o Guarani é uma prova disso: bastou termos as vitórias em sequência contra o CSA e o Bahia, pra um monte de vascaínos ficar confiante na vitória na Arena da Amazônia.

Tínhamos motivos para isso? Vencemos com atuações entre o pífio e o ruim, pelo placar mínimo e jogando em casa, com a torcida empurrando o time por 90 minutos. Ou seja, mesmo que a REALIDADE se mostrasse em cores vidas diante dos nossos olhos, a torcida acreditava realmente que voltaríamos de Manaus com três pontos.

O empate sem gols com o Bugre serviu para que essa realidade, mais uma vez nos esbofeteasse a cara.

E qual é essa tal realidade? É que, pelo futebol que o Vasco do Zé apresenta, temos é que ficar felizes, sem falar surpreendidos, com nossa invencibilidade até aqui e com a posição na qual nos encontramos na tabela. E isso é muito mais um sinal do nível tenebroso desta Série B do que mérito do nosso esquadrão.

Foi um verdadeiro choque de realidade para os primeiros defensores do Zé Ricardo, que já conseguiam enxergar alguma qualidade no seu trabalho. Sim, não temos sofrido gols,  mas a qualidade da nossa reposição defensiva ontem  – coisa que o próprio Zé reclamou bastante ontem à beira do campo – mostra que nem isso tem sido tão digno de elogios. A verdade é, mais uma vez: a qualidade dos ataques adversários é que tem nos ajudado (e não só a nós, basta ver que nossos principais concorrentes  no G4 também não têm sofrido gols). E, não podemos deixar de citar, Thiago Rodrigues tem feito um bom trabalho nos salvando.

Já na parte ofensiva, para a tristeza de muita gente, o pescotapa da realidade foi ainda mais evidente: falem o que quiserem, mas o Nenê é sim imprescindível a esse time. Pelo menos enquanto o Palacios não estiver 100% em forma, é típico caso de “ruim com ele, pior sem ele“. Difícil encontrar alguém que discorde disso depois da atuação do Bruno Nazário em mais da metade do jogo.

É tudo culpa do Zé? Claro que não. O elenco é bastante limitado e, em vários momentos, fica nítido que uns e outros simplesmente não conseguem fazer o que lhes é pedido. Mas nem nisso dá pra tirar a responsa do técnico, já que quem escala o time é ele. O Zé nem tem muitas opções que possam mudar a cara do jogo, mas isso não é desculpa para ele ver seu time sendo uma nulidade ofensiva e ficar agarrado com suas convicções. Seu 4-3-3 parece gravado em pedra e, mesmo durante o jogo, ele não apresenta qualquer alternativa, ainda que seu time produza muito pouco. Na realidade – olha ela aí de novo – é o próprio Zé quem cria a dependência do Nenê, já que o treinador não consegue imaginar o que fazer para não depender do veterano.

O time é fraco tecnicamente, mas não é pior que os adversários que tivemos até agora.  E, sejamos sinceros: em qual dessas oito partidas fomos mais organizados e criamos mais alternativas que nossos oponentes? Temos sobrevivido mais pelo empenho dos jogadores (qualidade inegável desse elenco) do que qualquer outra coisa.

Diante disso tudo, o que nos resta é esperar até a 777 assumir de vez e mudar esse cenário. Até lá, é apoiar o time e torcer pelos lampejos do Nenê, que mal ou bem, tem nos garantido algumas vitórias na bacia das almas.

As atuações

Thiago Rodrigues – mais um ponto garantido pelo jogador mais regular do elenco, que fez pelo menos duas grandes defesas.

Gabriel Dias – mostrou bastante empenho defensivamente e foi mais participativo no apoio. Mas seria bom treinar os cruzamentos…

Quintero – corre muitos riscos nos confrontos diretos por “não perder a viagem” e eventualmente comete faltas perigosas. Mas não comprometeu.

Anderson Conceição – foi muito bem nas bolas aéreas e até superou sua lentidão habitual em alguns lances. Fez um corte providencial em um lance ainda no primeiro tempo.

Edimar – vinha fazendo provavelmente sua melhor partida pelo Vasco, mostrando segurança na defesa e até sendo uma eventual opção no apoio. Mas na parte final do jogo armou um contra-ataque perigoso ao se enrolar sozinho com a bola

Andrey – vinha fazendo uma partida mais discreta que o normal – uma oscilação normal para sua idade – e ainda assim foi o melhor do meio, ajudando na saída de bola e distribuindo o jogo com relativa eficiência. Isaque entrou em seu lugar e o único motivo plausível para a alteração é o cansaço do titular, já que não tem qualquer possibilidade de ser tão útil quanto o Andrey.

Juninho – mais uma chance como titular, mas uma oportunidade desperdiçada. Não lhe falta disposição, mas segue com a firme convicção de que é craque: perde muitas bolas por carregá-la demais e arrisca jogadas que alguém na sua posição não deveria arriscar. Matheus Barbosa, que ninguém lembrava da existência, reapareceu entrando no intervalo. Menos empolgado nas subidas ao ataque, não demorou a nos lembrar da sua principal característica: fazer muitas faltas.

Bruno Nazário – não rendendo como atacante de lado do campo, preferiu ficar como opção ao Nenê. Na sua primeira chance na posição que eles mesmo pediu, mostrou que é melhor pedir para ser reserva em outra função, já que seu rendimento como articulador foi tão ruim quanto. Palacios o substituiu no início do segundo tempo e ainda que não tenha mudado a cara do jogo, deu mais movimentação ao setor, com uma aproximação mais inteligente ao ataque.

Gabriel Pec – não conseguiu se destacar nem nas  jogadas de velocidade. Cumpriu a tradição de perder uma chance clara de gol, em cabeçada após um dos poucos cruzamentos na medida do Gabriel Dias.

Raniel – sem seu “recebedor de Pix” favorito em campo, participa muito pouco do jogo. Teve uma boa chance, mas cabeceou para fora. Getúlio entrou em seu lugar pelo menos tenta ser mais útil ao time. Puxou um bom contra-ataque que resultou no gol perdido pelo Pec.

Figueiredo – correu o tempo todo, ajudou na marcação no corredor e quase marcou um belo gol, em chute defendido pelo goleiro adversário. Pelo nível de entrega, nem sua pouca idade evitou seu esgotamento. Deu lugar ao Erick, que segue firme na sua aparente intenção de não ser notado em campo.

Contra o Bugre, Vasco não pode esquecer o exemplo de São Januário

Festa na chegada: ainda de madrugada, torcida amazonense mostrou seu apoio ao Vasco
Festa na chegada: ainda de madrugada, torcida amazonense mostrou seu apoio ao Vasco (📷: Daniel Ramalho | Vasco)

Dentre os destaques da vitória do Vasco sobre o Bahia na última rodada, o fato que teve maior repercussão foi a festa feita pela torcida em São Januário. Toda a imprensa – incluindo aí jornalistas torcedores dos rivais, que aproveitaram o momento para lembrar com detalhes como o clube está na merda – repercutiu a empolgação e o apoio que os vascaínos estão dando ao time neste começo de Série B.

E hoje, contra o Guarani, ainda que a partida aconteça a mais de 4 mil quilômetros da Colina, não há como dizer que o Vasco jogará fora de casa. Nossa torcida em Manaus – que foi ao aeroporto recepcionar o time no meio da madrugada – já mostrou que protagonizará outro espetáculo nas arquibancadas.

Jogar “em casa“, mesmo fora do Rio de Janeiro é uma vantagem, claro. Mas também aumenta a responsabilidade do Zé e de seus comandados. Principalmente tendo como adversário um Guarani em crise, sem treinador e na antepenúltima colocação da tabela. Todos sabemos que, independente do respeito que o Bugre mereça, essa é uma chance de ouro de conquistarmos mais três pontos e iniciar, quem sabe, uma consolidação no G4.

Mas para vencer a partida, o técnico vascaíno precisa antes resolver alguns problemas imediatos da sua equipe, como os desfalques do Nenê e do Yuri Lara. Na teoria, os dois têm substitutos naturais: Bruno Nazário, que inclusive pediu para ser o reserva do vovô (o que até tem algum lógica, se pensarmos que Nazário não rendeu como atacante. E, claro, contando que a idade do Nenê lhe dará muitas oportunidades de jogo) e Juninho, que já vem sendo a primeira opção como volante há alguns jogos.

O problema é que nenhum dos dois suprirá as ausências a contento. Juninho, além de não ter o mesmo poder de marcação do Yuri, é o tipo de jogador que avança muito e pode acabar sobrecarregando o Andrey no combate. E o Nazário…bom, o Nazário certamente trará mais mobilidade e intensidade ao meio de campo, mas não há como comparar sua efetividade na criação com a do velhote (ou, indo no popular, a unha do mindinho do pé esquerdo do Nenê tem mais talento que o rapaz).

Ainda assim, temos boas chances de vencer a partida, senão por nossos méritos, pelos problemas do adversário. Se o Vasco do Zé tomar como exemplo a nossa torcida – que sofre há décadas com gestões e elencos horrendos, rebaixamentos e humilhações diversas, mas está sempre fazendo sua parte (seja lotando os jogos onde quer que sejam, se associando em massa, comprando camisas, fazendo doações, etc) – já será meio caminho andado para a vitória.

E se pintar uma dúvida do que fazer, seja do time no campo ou mesmo do Zé fora dele,  basta olharem para as arquibancadas. Não há torcida melhor que a do Vasco para servir como inspiração para superar dificuldades.

CAMPEONATO BRASILEIRO 2022 – Série B
GUARANI X VASCO

Local: Arena da Amazônia.
Horário: 21h30 (Brasília).
Árbitro: Paulo Roberto Alves Júnior (PR).
Assistentes: Ivan Carlos Bohn (PR) e Victor Hugo Imazu dos Santos (PR).
VAR: Leone Carvalho Rocha (GO).

GUARANI: Maurício Kozlinski, Diogo Mateus, Ronaldo Alves Derlan e Matheus Pereira; Leandro Vilela, Madison e Giovanni Augusto; Bruno José, Nicolas Careca e Júlio César.
Técnico: Caio Autuori (Auxiliar).

VASCO: Thiago Rodrgiues, Gabriel Dias, Quintero, Conceição, Edimar, Andrey, Juninho, Bruno Nazário, Figueiredo, Gabriel Pec e Raniel.
Técnico: Zé Ricardo.

Transmissão: O canal Premiere transmite para seus assinantes e pelo sistema pay-per-view para todo o Brasil.

Vasco vence, mas força, só no gol do Figueiredo

Festa dupla: Figueiredo marca seu primeiro gol como profissional e garante a vitória do Vasco sobre o Bahia
Festa dupla: Figueiredo marca seu primeiro gol como profissional e garante a vitória do Vasco sobre o Bahia (📷: Daniel Ramalho | Vasco)

É bastante natural para o torcedor do Vasco se empolgar com a vitória por 1 a 0 sobre o Bahia, ontem, em São Januário. Estádio lotado, festa nas arquibancadas, invencibilidade mantida, terceira vitória seguida em casa, subida na tabela, chegada – pelo menos por enquanto – no G4 e, claro, ver uma cria da Colina marcar pela primeira vez como profissional com um golaço, digno daquelas pancadas de fora da área que vemos nos jogos europeus.

Mas como diz o meme do Chico, tudo tem um outro lado. Vencemos, mas continuamos mostrando aquele futebolzinho raquítico, uma prova de que o Vasco do Zé ter acordado hoje entre os quatro primeiros colocados tem mais a ver com o baixo nível da competição que com possíveis méritos da equipe.

Difícil alguém que tenha assistido a partida discordar disso. O Bahia, até então time com a melhor campanha da Série B, dominou boa parte do jogo, mas na prática, pouco ameaçou nosso gol. E isso, contra um Vasco que pouco teve a oferecer além de disposição. O repertório apresentado pela equipe do Zé foi o mesmo de sempre: quando tem a posse de bola, não sabe o que fazer com ela; quando está sendo atacado, passa sempre a impressão de desespero, como se a qualquer momento o gol adversário fosse uma realidade. Fora isso, são alguns contra-ataques isolados (que desperdiçamos por nervosismo/falta de qualidade técnica) ou lances de raro brilho, como o gol do Figueiredo. Que, como não poderia deixar de ser, surgiu em um lance de bola parada.

Falei ontem que a partida contra o tricolor baiano era o momento ideal para o Vasco mostrar força. Vencemos, mas é preciso muito boa vontade para dizer que a equipe deu qualquer sinal de que, jogando como jogou, estará na briga pelo G4 até dezembro. Para os mais otimistas, que sempre olham o lado positivo mesmo quando a realidade está esbofeteando suas faces, pode-se falar o seguinte: permanecer invicto e rondando o G4, com o trabalho que está sendo feito até agora, é sim uma baita demonstração de força.

Se pensarmos bem, não deixa de ser um argumento válido.

 

As atuações

Thiago Rodrigues – ainda que o Bahia tenha nos pressionado por boa parte do jogo, nosso goleiro não chegou a ser muito exigido. Mostrou segurança nas saídas do gol.

Gabriel Dias – como sempre, praticamente uma nulidade no apoio, mas vinha mostrando eficiência na parte defensiva. Sentiu no início do segundo tempo, dando lugar ao Weverton,

Quintero -pilhado demais em alguns momentos (levou um amarelo desnecessário), mas foi bem nos combates diretos.

Anderson Conceição – alguns bons cortes e desarmes, mas exagerou nos chutões desesperados.

Edimar – tão pouco efetivo no apoio quanto seu companheiro da lateral direita, mas cedendo mais espaços pelo seu lado do campo.

Yuri Lara – tirando uma bola perdida no meio de campo no primeiro tempo, não cometeu maiores vacilos. Mostrou a pegada na marcação de sempre.

Andrey – tentou ajudar na transição da defesa para o ataque e na ocupação dos espaços no seu setor. Não se destacou tanto, mas também não comprometeu. Juninho entrou em seu lugar para renovar o gás na meiuca e conseguiu. Fez bons desarmes e ajudou o time a ter maior presença ofensiva em um momento no qual estava mais pressionado.

Nene – uma rolada de bola para o lado e mais um gol do Vasco com sua participação. Fora isso, tentou criar jogadas enquanto teve pique, mas a partida muito física exigiu demais do veterano. Pouco apareceu no segundo tempo, até que Palacios entrou em seu lugar. O chileno deu uma nova dinâmica ao meio do campo, que na prática estava sem ninguém para criar.

Gabriel Pec – enquanto o garoto não melhorar a precisão das suas finalizações e ter mais inteligências quando for ele a dar o último passe, de nada adiantará ser uma válvula de escape para o time. Continuará sendo um dos jogadores mais criticados do elenco (ainda que o problema do time nem de perto seja sua presença em campo).

Figueiredo – o grande nome do jogo: além do golaço em chute de longa distância que garantiu os três pontos, mostrou boa movimentação caindo pelos dois lados do campo e disposição para marcar a saída de bola adversária e também ajudar no combate quando o time estava sem a bola. Deu lugar ao Erick, que nem ser notado em campo conseguiu.

Raniel –  sem bolas na medida para finalização, o que fica é um centroavante que vive isolado em campo e que sequer tem muita intimidade com a bola. Getúlio o substituiu no fim, não teve tempo para fazer muita coisa além de ser mais um a ajudar na marcação.

Vasco x Bahia: hora do time do Zé mostrar força

Susto: depois de pancada sofrida em treino, Palacios se recuperou e começa no banco contra o Bahia
Susto: depois de pancada sofrida em treino, Palacios se recuperou e começa no banco contra o Bahia (📸: Daniel Ramalho | Vasco)

Queria muito estar em São Januário logo mais, para assistir do estádio o jogo ente Vasco e Bahia. mas com a bagunça nas datas – seria hoje, passou pra segunda, voltou pra este domingo – e, vale pontuar, a comunicação ineficiente do Sócio Gigante (nem uma merda de um emailzinho eles mandam pra avisar!), só fiquei sabendo do dia definitivo da partida quando os ingressos estavam esgotados.

Ou seja, a torcida já fez sua principal parte para ajudar. Resta saber se o time do Zé Ricardo fará a sua: vencer o atual vice-líder da competição (neste momento, o Sport está no topo da tabela) e, dependendo do resultado de Grêmio x  Ituano, entrar no G4.

Mas, como tudo na vida do Vasco na última década, não será fácil. O Bahia tem a melhor campanha desta Série B e fará de tudo para terminar a rodada na sua justa posição na tabela, precisando para isso apenas de um empate na Colina. Para o time do Guto Ferreira já será um avanço, já que o tricolor baiano vem de derrota na última partida como visitante.

E a gente sabe o que pode acontecer em uma partida contra um adversário que pode considerar bom conquistar um ponto em São Januário. Basta que os caras se segurem um pouco para que a inoperância ofensiva do time do Zé Ricardo faça o resto. Com um pouco mais de sorte, é só esperar uma pixotada da nossa defesa e pronto…o desejado empate vira uma vitória.

O Zé não pode deixar que nada disso aconteça. E, como falamos desde a primeira rodada, o treinador precisa encontrar meios para fazer seu time ter uma performance melhor. A invencibilidade na competição e nem mesmo a vitória sobre o CSA na última rodada aconteceram sem que o Vasco tivesse sequer uma atuação digna que uma equipe que vá lutar pelo vaga na elite até o fim do Brasileiro.

E como sempre, o que o Zé consegue fazer é seguir no rodízio de jogadores. Dessa vez, Juninho e Figueiredo começam jogando. Eles podem render mais que Andrey e Getúlio? Claro. Mas o principal, que é termos um time mais organizado e com maior repertório criativo, nosso treinador ainda não conseguiu descobrir como fazer.

Nunca nesse Brasileiro o Vasco precisou tanto provar que pode superar suas dificuldades, tanto as criadas pelo Bahia como as que criamos para nós mesmos. Vencer a melhor equipe da competição e, com alguma sorte, terminar a rodada no G4, pode ser a virada que todo vascaíno espera desde a Série B do ano passado.  Já passou da hora disso acontecer.

CAMPEONATO BRASILEIRO 2022 – Série B
VASCO X BAHIA

Local: São Januário
Horário: 16h00 (Brasília)
Árbitro: Raphael Claus (SP-Fifa).
Assistentes: Neuza Ines Back (SP-Fifa) e Miguel Caetano Ribeiro da Costa (SP).
VAR: Emerson de Almeida Ferreira (MG).

VASCO: Thiago Rodrigues, Gabriel Dias, Quintero, Anderson Conceição, Edimar; Yuri Lara, Juninho, Nenê; Figueiredo, Gabriel Pec e Raniel.
Técnico: Zé Ricardo.

BAHIA: Danilo Fernandes, Douglas Borel, Ignácio, Didi e Luiz Henrique; Patrick de Lucca (Rezende), Emerson Santos, Daniel, Rildo e Marco Antônio; Davó.
Técnico: Guto Ferreira.

Transmissão: a Rede Globo transmite para o RJ, BA, AP, RR, AC, RO, AM, PA, MA, PI, RN, PB, SE, ES, SC, DF e MG (Juiz de Fora). O Sportv 2 transmite para todo Brasil (exceto RJ). O canal Premiere transmite para seus assinantes e pelo sistema pay-per-view para todo o Brasil.

Vasco vence, mas parabéns, só pro Lédio

Mostrando oportunismo, Pec marcou o gol que garantiu a segunda vitória do Vasco no Brasileiro
Mostrando oportunismo, Pec marcou o gol que garantiu a segunda vitória do Vasco no Brasileiro (📷: Daniel Ramalho/Vasco).

Eu e o Lédio Carmona temos mais coisas em comum além de sermos. torcedores/sofredores do Vasco: tanto eu como o jornalista/comentarista fazemos aniversário no mesmo dia, 06 de maio, que caiu na última sexta-feira.

Esse ano, enquanto o Lédio teve como obrigação profissional participar da transmissão de Vasco 1 x 0 CSA no dia após seu aniversário, meu compromisso foi com parentes, amigos, carnes, brasas e, claro, cerveja. Com isso, deixei de ir a São Januário e nem pela tv assisti à partida (e como meus poucos leitores devem ter notado, nem um post pré-jogo rolou).

Então, tenho pouco a falar sobre a partida. Mas, mesmo com a vitória do nosso Vasco, posso garantir que me diverti muito mais que o nobre Carmona. Os três pontos vieram, mas pelo que fiquei sabendo, o futebol da equipe do Zé não apresentou nada de muito diferente do já estamos, infelizmente, acostumados. Um time sem criatividade, alternativas e, pra piorar, frágil defensivamente. De diferente? Só termos feito um gol sem a participação direta do Nenê (que, aliás, já tinha até saído de campo quando Pec balançou a rede).

Mais uma vez nos aproximamos do G4, mas sem dar qualquer segurança à torcida de que o time do Zé conseguirá avançar ou mesmo se manter na parte de cima da tabela. Vitórias como a de ontem e como a sobre a Ponte acabam servindo mais para mostrar nossas limitações que nossos méritos.

Domingo que vem, contra o atual líder Bahia, o Vasco precisará muito mais futebol do que tem mostrado até agora para conseguir vencer. Eu, e provavelmente o Lédio, estaremos lá na Colina para conferir.

Sem ter visto o jogo, vocês já sabem: não tem comentários sobre as atuações dos jogadores.

***

O domingo já está acabando, mas ainda dá tempo de desejar um ótimo finzinho de dia para todas as mamãe, em especial às mamães vascaínas.

Desculpe Zé, mas ‘menos mal’ é o cacete!

Importante no lance do gol vascaíno, a luta do Raniel não foi o bastante para o Vasco superar o Tombense (📷: Daniel Ramalho/Vasco).

Pra ser sincero com vocês, meus poucos leitores, não há muito o que se falar sobre o 1 a 1 entre Vasco e Tombense. Foi mais um entre tantos empates do time do Zé Ricardo, no qual a equipe mostrou um futebol entre o pavoroso e o inexistente. E o pior, seguimos perdendo pontos para times que estão na parte debaixo da tabela e que, pelo nível de competitividade apresentado, dificilmente conseguiram sair deste lugar.

O que nos faz pensar como será quando o Vasco começar a enfrentar adversários da parte de cima da tabela.

Bom, se o Zé Ricardo seguir no comando da equipo até esses confrontos acontecerem, não dá pra ter muita esperança de bons resultados. E podemos sacar isso pelas falas do próprio treinador. Na coletiva que concedeu após o empate de ontem, o que vimos foi um técnico perdido, que até se inclui como parte do fracasso do seu time, mas que assume uma postura distante, como se a inoperância da equipe – e pior, a solução disso – não fosse responsabilidade dele.

Declarações como “Se a equipe quer somar pontos para ficar na parte de cima da tabela, precisamos corrigir a postura que tivemos“, servem apenas para a torcida se perguntar: “precisamos QUEM corrigir a postura do time?“. Outras como “Nós tentamos adiantar a marcação, ter mais posse de bola, pressionar a equipe da Tombense, isso eles (jogadores) procuraram fazer, algumas decisões não foram muito boas e, principalmente a questão da organização” só dão a impressão que “a questão da organização” é um problema que deve ser resolvido por qualquer outro, que não o treinador. Como se os únicos responsáveis pelo desempenho do time fossem os jogadores. Eles é que precisam controlar a ansiedade, tomar decisões melhores, amadurecer ou se adaptar melhor ao gramado.

E, aparentemente para o Zé, nada disso tem a ver com o trabalho de técnico.

Mas o pior de tudo, o que mais irrita diante de uma sequência tenebrosa de atuações inaceitáveis contra adversários fragilíssimos, é a passividade, o tom de conformismo, a falta de revolta do Zé. Mesmo com o tempo que ele tem de casa (não se esqueçam que ele já tinha sido técnico do futsal antes mesmo de assumir o futebol profissional em 2017), ele ainda não entendeu que não se pode falar coisas como “Menos mal, que, pelo menos não fomos derrotados” depois de penarmos para empatar contra um time – com todo o respeito que o Tombense merece – que acabou de subir da Série C e que tem como único objetivo não voltar pra terceirona.

Não, Zé. Não tem nada de “menos mal” no empate de ontem. Talvez a certeza de que, ainda que tenhamos que esperar a definição da novela sobre a SAF, teremos um novo treinador em algum tempo.

As atuações

Thiago Rodrigues – fez uma ou outra boa defesa, mas só escapou do vexame por um braço a frente e pelo VAR, que anulou o que seria o segundo gol dos donos da casa. No lance, Thiago cometeu uma falha bisonha.

Gabriel Dias – a falha de posicionamento inaceitável no gol do Tombense e a incapacidade de concluir uma jogada de forma eficiente nas subidas ao apoio só reafirmam algo que já está provado: nossa lateral direta vive uma crise crônica.

Quinterocomo falei ontem, o zagueiro colombiano errou tudo o que tentou. No gol que sofremos, enquanto olhava o jogador realizar o passe decisivo, nem notou o atacante passando pelas suas costas.

Anderson Conceição – demorou a reagir e não teve velocidade para evitar o arremate no gol do adversário.

Riquelme – ainda que não tenha tido muita precisão nos passes e cruzamentos e nem tenha conseguido dar prosseguimento às jogadas que tentou, não havia muita razão para sua saída, no intervalo, para a entrada do Edimar. O lateral substituto não chegou a fazer diferença, já que o Vasco jogou mais no campo adversário na etapa final (e por isso não teve muitos problemas defensivos) e ajudando no ataque não fez muito mais que o Riquelme.

Yuri Lara – firme na marcação, incansável ocupando os espaços e impossível de se contar na hora de um mínimo de inteligência ou qualidade nos passes.

Andrey Santos – diferente da partida contra a Ponte, o garoto teve uma atuação discreta.

Nenê – alvo de críticas para grande parte da torcida, segue mostrando sua importância para o time: ainda que a idade pese e o temperamento não ajude, mais uma vez participou de um lance de gol, cobrando o escanteio escorado pelo Raniel e colocou uma bola no travessão em uma cobrança de falta. Bruno Nazário entrou nos minutos finais, não teve tempo para fazer muita coisa, mas é aquilo: não adianta reclamar do Vovô  e ter o Nazário como opção.

Gabriel Pec – também pegam no pé do jovem, mas ele vive dando razão para isso: ontem perdeu o gol mais feito do Vasco, aproveitando uma falha da zaga adversária, mas chutando pra fora tendo apenas ele e o goleiro no lance. Palacios o substituiu e misteriosamente pareceu estar mais fora de ritmo ontem que na partida contra a Ponte. Deve ser o efeito colateral do trabalho do Zé Ricardo, que sempre piora o time quanto mais o treina.

Figueiredo – se esforça e corre o tempo todo, mas o que fica é “Figueiredo não faz gol“. Se tivesse chances na sua posição de origem, como centroavante, poderia render mais. Mas com a boa fase do Raniel, o garoto só terá chance em caso de contusão ou suspensão do camisa 9. Serve como consolação o fato de que, mesmo atuando como atacante de lado de campo, Figueiredo não deve perder a vaga tão cedo. Pelo menos, não para o Lucas Oliveira, que entrou em seu lugar e, no primeiro lance, protagonizou uma jogada tão bizarra que  fez o garoto errar tudo o que tentou dali em diante. Esse deve amargar um tempinho na geladeira.

Raniel – quase marcou seu quarto gol em cinco jogos, mas como sua cabeçada desviou na zaga, foi assinalado o gol contra. Quase marcou o segundo, em outra cabeçada, mas o arremate parou em boa defesa do goleiro adversário. Getúlio entrou em seu lugar – surpreendendo o próprio Raniel – e não conseguiu fazer muita coisa nos minutos em que esteve em campo.

Feriado para o Vasco mostrar trabalho

Thiago disputa a bola com Anderson Conceição
Thiago disputa a bola com Anderson Conceição: volta do goleiro titular deve única mudança no time para o jogo em Tombos (📷: Daniel Ramalho/Vasco).

Feriado que cai domingo é um desperdício para maioria das pessoas. O do dia do trabalho é ainda mais frustrante, já que perdemos justamente….uma folga do trabalho.

Mas jogadores de futebol não são “a maioria das pessoas” e, pelo salários que recebem, têm mais é que agradecer a Deus por isso. Então, seja ou não 1º de maio, o Vasco do Zé Roberto tem um trabalho muito importante a fazer hoje, na partida contra o Tombense.

E o principal trabalho do time é vencer sua primeira partida fora de casa, para se aproximar do topo da tabela (talvez inclusive alcançando o G4) e manter o clima positivo  que chegou à equipe depois da vitória sobre a Ponte Preta na última rodada.

Não que o trabalho vá ser molezinha e não apenas porque – apesar do momento favorável – o Vasco continua cheio de limitações. Mas também porque nosso adversário está pressionado por ter entrado nesta rodada no Z4. E isso sendo um dos dois últimos invictos da competição (o outro somos nós). Ou seja: o Tombense não será um oponente que venderá barato uma derrota, ainda mais jogando em casa.

Com as boas atuações do Andrey e Riquelme, que assumiram as posições contra a Macaca, Zé Ricardo não deve mexer muito no time que “está” vencendo. A única que deve acontecer mesmo é a volta do Thiago Rodrigues ao gol vascaíno. Eu até testaria a entrada do Palacios no lugar do Pec, mudando o esquema com três atacantes para um tradicional 4-4-2.

Mas aí é esperar trabalho demais do Zé em tão pouco tempo.

CAMPEONATO BRASILEIRO 2022 – Série B
TOMBENSE-MG X VASCO

Local: Estádio Soares de Azevedo.Horário: 18h00 (Brasília).Árbitro: André Luiz de Freitas Castro (GO).Assistentes: Márcia Bezerra Lopes Caetano (RO) e Hugo Sávio Xavier Corrêa (GO).VAR: Vinicius Furlan (SP).

TOMBENSE: Felipe Garcia, David, Ednei, Roger Carvalho e Manoel; Joseph, Gustavo Cazonatti, Igor Henrique e Keké; Ciel e Marcelinho.Técnico: Hemerson Maria.

VASCO: Thiago Rodrigues (Alexander), Gabriel Dias, Quintero, Anderson Conceição, Riquelme; Yuri, Andrey, Nenê, Gabriel Pec, Figueiredo e Raniel.
Técnico: Zé Ricardo.

Transmissão: o Canal Premiere transmite para seus assinantes de todo o Brasil.