Mesmo com boa atuação, Vasco foi superado pelo Tricolor

Pec e Pedro Raul não conseguiram superar o goleiro Fábio na derrota vascaína para o Flu (📸: Daniel Ramalho | Vasco)

Um diálogo que rolou em um dos redutos tricolores nas imediações da Arena Maracanã, enquanto eu e um amigo bebíamos um chope, me pareceu bastante significativo após a derrota do Vasco no clássico contra o Flu.

Como eu estava com a armadura cruzmaltina, o tricolor deu uma zoada e eu perguntei se a vitória tinha dado o Estadual pro Flu:
– Não, não deu – ele respondeu
– Então segura que a gente se encontra nos jogos decisivos.
– Ah, nas semifinais a gente vence vocês de novo!
– Não….A gente se encontra na final. Vocês eliminam o Fla e a gente elimina o Botafogo.

Aí o cara respondeu, rindo: “Não cara…a final tem que ser com o Fla. Final com vocês é melhor não arriscar!“, e saiu rindo, antes de eu dar uma zoada sobre o tempo que os caras não nos vencem em uma final.

Natural a alegria tricolor por nos vencer. Por mais que não admitam, não há um adepto do laranjal que não tenha pesadelos com uma cruz de malta há décadas. E nem mesmo o 2 a 0 de ontem seria o bastante para fazê-los esquecer disso.

Porque, imaginem…Um elenco montado e estruturado, com um dos treinadores mais badalados da atualidade, que fez um ótimo Brasileirão no ano passado encara um Vasco se reconstruindo, jogando com um time misto e, para vencer, precisou de um bom punhado de sorte (tanto que, se não fossem os dois gols do Cano, o Fábio teria sido o melhor jogador do Flu disparado).

Que tricolor não ficaria bolado de nos encarar numa final depois do jogo de ontem?

O fato é que o Vasco foi superior na maior parte do jogo. Mesmo sofrendo os dois gols, Léo Jardim não fez sequer uma defesa na partida. Conseguimos fazer um jogo controlado, criamos mais chances e, na disposição, demos um banho. O que foi importante, já que a partida foi muito mais física que técnica.

A diferença ontem foi o acaso. E, impossível não admitir, o talento argentino em finalizações. O placar, nem de longe, mostrou o que foi visto em campo, mesmo que o favoritismo, ainda que leve, estivesse do lado tricolete. Mas, claro, não há porque reclamar da derrota: o futebol é assim e clássicos são mais assim ainda.

Agora, o clássico de quinta contra o alvinegro se tornou ainda mais crucial: se hoje já dependemos de tropeços do Volta Redonda, uma nova derrota no próximo clássico pode deixar nossa classificação ainda mais complicada. E ainda teremos mais um clássico pela frente.

As atuações
Léo Jardim – praticamente não trabalhou. E, apesar de ter recebido críticas pelo seu posicionamento no lance do segundo gol, é preciso dar o desconto ao fato de ter sido uma finalização inesperada e de primeira.

Puma Rodríguez – sua boa atuação ficou comprometida pelo lance do primeiro gol, no qual ficou olhando a jogada se desenrolar enquanto deixou o Cano livre de marcação.

Miranda – fez uma partida segura, sem erros e sem tentar tantos lançamentos inúteis pro ataque.

Léo – também se saiu bem na maioria dos confrontos com os atacantes tricolores.

Lucas Piton – ajudou no apoio, mas a jogada do primeiro gol saiu pelo seu lado de campo, quando não conseguiu evitar o cruzamento para nossa área.

Rodrigo – outro que vinha fazendo uma partida correta, mas que ficou completamente comprometida ao errar um passe e fazer uma verdadeira “assistência” pro Cano no lance do segundo gol.

Barros – estrear como titular, em cima da hora, em um clássico não é fácil. Mostrou disposição, mas não muito mais que isso. Orellano entrou em seu lugar quando o Vasco precisava buscar o empate e não conseguiu ajudar nisso.

Galarza – tirando um bom passe para finalização de Alex Teixeira, pouco fez. Talvez Barbieri tenha superestimado a capacidade de criação do rapaz. De Lucca entrou antes do placar ser aberto e focou na marcação.

Alex Teixeira – mesmo não conseguindo fazer a diferença, é inegável que consegue entregar mais em dinâmica e intensidade que o Nenê. Fez algumas boas jogadas e finalizou duas vezes. Deu lugar ao Erick Marcus, que não conseguiu ser efetivo.

Gabriel Pec – bem marcado em todo jogo, ainda conseguiu dar trabalho para a zaga tricolor. Só não marcou mais um gol – e seria um golaço – por conta de uma defesa espetacular do Fábio. Nenê entrou em seu lugar e fez um bom cruzamento para o Eguinaldo e teve uma boa chance, em chute que obrigou o Fábio a fazer outra grande defesa.

Pedro Raul – tentou jogadas de pivô, mas segue sendo menos acionado do que deveria (o que era de se esperar com a formação do time ontem). Ainda assim teve duas grandes chances em cabeceios: uma, só não entrou por outra grande defesa do Fábio; a segunda, passou triscando a trave. Sacado para a entrada do Eguinaldo – segundo o Barbieri, para dar maior intensidade ao ataque – o garoto quase marcou de cabeça, após cruzamento do Nenê.

O Vasco foi apenas um convidado no baile do Flu

Raniel em ação: o artilheiro não chegou a levar riscos ao gol tricolor
Raniel em ação: o artilheiro não chegou a levar riscos ao gol tricolor (📷 Rafael Ribeiro/Vasco)

Não cheguei a fazer um post pré-jogo para o clássico contra o Fluminense por motivos de sexta-feira de carnaval. Se eu já soubesse o que aconteceria no Engenhão e pudesse voltar ao passado, acho que faria diferente: seria muito melhor escrever sobre o antes do que precisar escrever sobre o 2 a 0 sofrido pelo Vasco.

E olha que temos muito o que agradecer ao goleiro Thiago Rodrigues, na minha humilde opinião, não apenas o melhor jogador do Vasco, mas o melhor em campo. Não fosse por pelo menos três defesas espetaculares, uma derrota feia teria se tornado um vexame. E isso, pra manter o assunto “carnaval” vivo, fora o baile.

Porque foi mais ou menos isso o que vimos ontem no Nilton Santos. A equipe do Abelão, cheia de reservas, botando o Vasco do Zé Ricardo na roda, jogando com facilidade, marcando com mais eficiência e atacando com mais precisão. É “nó tático” que chama? Tenho minhas dúvidas se isso se aplica à situação, já que para haver o nó, é preciso que a tática de um dos times seja superior a do o outro. E a tática do Vasco, ontem, parecia inexistente.

Para efeitos de classificação, a derrota não muda muita coisa, já que o Vasco está garantido na semifinal da Guanabara.  Mas teremos mais um clássico na semifinal e, muito provavelmente, com a vantagem do empate do outro lado. E isso, com o seguinte retrospecto neste Cariocão: em dois clássicos, temos ZERO porcento de aproveitamento, com três gols sofridos (e poderiam ser bem mais) e nenhum gol marcado.

Depois do baile tricolor de ontem é de se pensar: o que o Vasco pretende fazer na semifinal?

Olha, sei que vocês sempre esperam umas palavrinhas sobre as atuações, mas em pleno domingo de carnaval e com algumas cervejas me esperando, me abstenho do trabalho. Até porque, de ontem, só dá pra salvar mesmo o Thiago Rodrigues.

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Depois da partida de ontem, tenho duas perguntinhas para os conselheiros do Clube que ainda são contra a SAF e à chegada da 777 Partners:

Vocês avaliam que o Vasco já tem elenco para encarar a Série B e garantir o retorno à elite?

Se a resposta da pergunta acima foi negativa, qual seria a sugestão de vocês para que o clube tenha grana para trazer os reforços necessários para o Brasileiro (lembrando que ele começa em maio)?

Contra o Londrina, Vasco encerra 2021 com mais um jogo desprezível

Vasco treina
Depois do último jogo do ano, contra o Londrina, não se sabe quem permanecerá no Vasco (📷: Rafael Ribeiro/Vasco)

O Vasco termina sua deprimente participação na Série B de 2021 logo mais, contra o Londrina. Pro clube, pro elenco ou pra torcida, é uma partida completamente desprovida de interesse; pros donos da casa, pode significar a permanência na segundona.

Ou seja, mais uma partida na qual a probabilidade de derrota é imensa, tanto pela total falta de motivação de um grupo que não tem mais pelo que brigar (nem mesmo para mostrar serviço e ficar na Colina), como a situação  vivida pelo Londrina, em tudo oposta à do Vasco.

Para nossos anfitriões, é o jogo da vida; Para o Vasco, um compromisso infelizmente inevitável ou, no máximo, uma burocracia que adiou as férias do elenco por mais uns dias.

Como aconteceu no jogo contra o Remo, não poderei assistir à partida. E também como na última rodada, talvez a resenha sobre este jogo completamente desprezível demore um pouco pra sair. Provavelmente com algumas palavras sobre este 2021, um ano que conseguiu se destacar entre os vários anos terríveis que tivemos nas últimas décadas.

Londrina X  Vasco

César; Elacio Córdoba, Saimon, Augusto e Eltinho; João Paulo, Jhonny Lucas e Mossoró; Marcelinho, Zeca e Caprini (Roberto).

Lucão, Léo Matos, Ricardo Graça, Leandro Castán e Riquelme; Bruno Gomes, Caio Lopes, Marquinhos Gabriel e Nenê; Germán Cano e Gabriel Pec.

Técnico: Márcio Fernandes.

Técnico: Fábio Cortez.

Estádio: do Café. Data: 28/11/2021. Horário: 16h. Arbitragem: Paulo Henrique Schleich Vollkopf (MS). Assistentes: Antônio Dib Moraes de Sousa (PI). Assistentes: Nailton Júnior de Sousa Oliveira (CE) e Mauro César Evangelista de Sousa (PI). VAR: Márcio Henrique de Gois (SP)

O Canal Premiere transmite para todo o Brasil.

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Os eventos esportivos na tarde de ontem me fizeram constatar duas coisas:

1) Nem de longe o Vasco conseguiu dar tantas alegrias à sua torcida esse ano quanto alguns rivais nos deram;
2) Mas até essa alegria o Vasco tirou dos seus torcedores. Porque – pelo menos pra mim – como podemos comemorar o fracasso alheio quando a palavra fracasso foi um sinônimo perfeito para a temporada do time pelo qual torcemos?

Vasco perde para o Bugre e agora só vê a Série A na calculadora

Nenê contra o Guarani
Nenê teve uma noite apagada quando mais se precisou dele (📷 Rafael Ribeiro/Vasco)

Seria bem fácil apontar o indicador para o Cano e encontrar “O” culpado pela derrota de ontem para o Guarani. Afinal de contas, não se perde um pênalti depois dos 40 minutos do segundo tempo, quando o jogo ainda estava empatado.

Mas fazer isso seria injusto, não com o gringo, que sim, teve responsabilidade direta no placar, mas nem de longe foi o único a tê-la. Afinal de contas, perder um pênalti não altera o placar pro lado do adversário. O que altera é a mania do Vasco de sofrer gols nos minutos finais das partidas. Também não é culpa do atacante argentino – ou, pelo menos não é apenas dele – o Vasco ser um time que termina a partida com 66% de posse de bola e que faz apenas DUAS finalizações no segundo tempo.

Indo mais além, não foi o penal perdido ontem que deixou o Vasco na situação na qual se encontra. Mesmo se ignorarmos a quantidade anormal de decisões equivocadas tomadas pela diretoria/responsáveis pelo futebol do clube e considerarmos que a vinda do Fernando Diniz e do Nenê foi um “início de virada” tardio, resultados como o de ontem, o empate com o Náutico e a derrota para o CSA em casa – e dá até pra colocar nessa o empate com o Cruzeiro também na Colina e a derrota pro Sampaio Correa (essa, pela forma como foi e por ser um caso clássico de “levanta-defunto“) – mostram apenas que o o Vasco  do Diniz pode até jogar melhor, mas na hora H, afrouxa. Apenas nessas cinco partidas, nas quais ou abrimos (ou, como ontem, poderíamos abrir) vantagem no placar ou tínhamos vantagem númerica, perdemos 13 pontos. Pontos esses que nos colocariam na vice-liderança, à frente do Botafogo e com mais de 97% do acesso garantido. E bem distantes da atual oitava colocação, dos atuais 47 pontos e do 1% de chances matemáticas que temos hoje.

Não dá pra colocar no Cano a culpa por tudo isso. Se o Vasco é um time frouxo, que seguidamente joga pontos fora mesmo quando tudo o favorece, a culpa é de muito mais gente.

Vocês devem entender minha completa falta de paciência para falar das atuações (até porque, de ontem, só dá pra livrar a cara mesmo do Lucão, que evitou uma derrota por um placar ainda mais dilatado). Só quero falar algumas linhas sobre a dupla que reacendeu as esperanças da torcida: Fernando Diniz e Nenê.

O primeiro, inexplicavelmente insistiu com Zeca e Morato, que vinham acumulando atuações ruins ou péssimas a pelo menos duas partidas; o segundo, no qual depositamos (ou pelo menos eu depositei) as esperanças de fazer algo diferente em campo, teve sua atuação mais apagada neste seu retorno ao Vasco. Tão apagada que nem manter sua secura por protagonismo quis, não pegando a bola e cobrando o penal.

Resumindo, mesmo que nenhum dos dois possa ser responsabilizado diretamente pela derrota de ontem, sobra apenas um fato: quando mais precisamos da dupla, eles fracassaram junto com o time.

Volta do Nenê é a (única) boa notícia na partida contra o Guarani

Nenê treina
Nenê retorna ao time, infelizmente um pouco tarde (📷 Rafael Ribeiro/Vasco)

Para os vascaínos que ainda conseguem se apegar às boas notícias depois da derrota para o CSA na última rodada, teremos a volta do Nenê na partida de hoje contra o Guarani, em Campinas. Infelizmente, a volta do indiscutível destaque técnico do time não significa uma volta no tempo e a possibilidade de recuperarmos a gigantesca quantidade de chances que tivemos de estar mais próximos do G4.

E como diferente das rodadas anteriores, esta não está sendo favorável ao Vasco, nem mesmo uma vitória no tradicional Brinco de Ouro será o bastante para melhorar muito as pequenas chances da equipe do Fernando Diniz na competição: com três pontos, subiremos apenas uma posição e ficaremos a distantes 4 pontos da quarta colocação, separados do Goiás pelo próprio CSA e pelo CRB. Resumindo, as probabilidades do acesso não ficarão muito melhores que os meros 5% que temos hoje.

Ainda teremos um complicador para o confronto contra o Bugre que, além de ainda sonhar com o G4 (até por estar à nossa frente na tabela) decepcionou ao perder para o Confiança na última partida em casa e certamente fará de tudo para reanimar sua torcida. Para evitar que isso aconteça, o técnico vascaíno poderá escalar o que seria a “força máxima” (com muitas aspas) para a partida. Esta “força máxima” era diferente até algumas rodadas, já que, por exemplo, incluía o Zeca (que deve perder a vaga para o Yellow Matos). Mas Diniz não confirmou o time, e pode optar por uma formação mais cautelosa – com Andrey e Bruno Gomes – ou uma mais ofensiva, mantendo os três atacantes. E, claro, o Nenê. E sabemos que pouco importa quem serão os outros 9 (tirando o Cano desta conta).

Vencer hoje não deve ser o bastante para empolgar o torcedor, mas será um incentivo para o clássico contra o Botafogo na próxima rodada. Sendo assim, o mais que natural e justificado desânimo dos vascaínos não pode contaminar o time, que recebe (recebe?) salários bem altos para o nível da competição que disputa e teria (teria?) a obrigação de se esforçar ao máximo em campo. Um conselho? Basta que o resto do time olhe para o sujeito portando a camisa 77 e procurar reproduzir seu empenho na partida.

Guarani X  Vasco

Rafael Martins, Diogo Mateus, Ronaldo Alves, Thales e Bidu; Bruno Silva, Rodrigo Andrade e Régis; Júnior Todinho, Bruno Sávio e Júlio César.

Lucão, Zeca (Léo Matos), Castan, Ricardo, Riquelme; Andrey, Marquinhos Gabriel, Nenê, Morato (Léo Jabá), Gabriel Pec (Bruno Gomes) e Cano.

Técnico: Daniel Paulista.

Técnico: Fernando Diniz.

Estádio: Brinco de Ouro. Data: 04/11/2021. Horário: 19h. Arbitragem: Leandro Pedro Vuaden (RS). Assistentes: Jorge Eduardo Bernardi (RS) e José Eduardo Calza (RS). VAR: Jean Pierre Gonçalves Lima (RS).

O SporTV e o canal Premiere transmitem para seus assinantes de todo o Brasil.

Vasco cede empate ao Náutico e mostra ainda ter ‘medo’ do G4

Sempre eles: Nenê e Cano marcam, mas Vasco não consegue a vitória em Recife
Sempre eles: Nenê e Cano marcam, mas Vasco não consegue a vitória em Recife (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)

Pra início de conversa, é completamente sem sentido falar apenas que “o Vasco jogou mal” como se essa fosse a única razão para o time ter empatado com o Náutico por 2 a 2, nos Aflitos. Falar que o resultado só foi esse por causa das nossas falhas é tirar todo o mérito dos nossos anfitriões em uma partida na qual o Timbu foi melhor que nós na maioria do tempo.

Quem viu o jogo sabe que o time do técnico Hélio dos Anjos foi quem mais deu trabalho ao Vasco do Diniz, fazendo uma marcação alta e complicando muito nossa saída de bola. Não à toa, foi a primeira vez que o Vasco sob o comando do Diniz terminou com uma posse de bola menor que o adversário (tivemos 48% apenas).

Vendo por esse lado e esquecendo a luta para chegarmos aos G4, o empate de ontem foi um resultado até bom. Bom, porque um ponto é melhor que nenhum; e também porque a vantagem que construímos e não conseguimos manter nos foi dada de presente pelo Náutico, mais no gol do Nenê, menos no do Cano.

O que realmente deixa a torcida mais frustrada é que essa deve ser a terceira ou quarta vez que o Vasco tem a chance de colar no G4 e a desperdiça. Ontem, mesmo jogando fora de casa e contra um adversário que vem em boa fase, é bem difícil não dar um peso considerável pelo empate aos nossos erros. Principalmente se um dos gols sofridos aconteceu numa sequência de erros individuais e se o outro foi na já conhecidíssima limitação que temos nas bolas cruzadas à nossa área.

Mas esses são erros pontuais. Ontem, o que me pareceu mais grave foi o Vasco não encontrando uma solução para a marcação alta do Náutico, se permitindo pressionar até a segunda metade da etapa final e, todos sabemos, raramente o Vasco consegue segurar a pressão por muito tempo. Diniz, um técnico famoso por ter muitas ideias, não conseguiu encontrar alternativas para sua saída de bola, comprometendo a vantagem que conseguimos criar aproveitando os erros do adversário.

No fim das contas, o Vasco perdeu mais uma oportunidade de aumentar suas chances para o acesso (agora, paradas em 15%). Contra o Sampaio Corrêa, vimos nossa velha mania de levantar defunto; ontem, perdemos mais pontos por conta de erros recorrentes. Esse “medo” de chegar ao G4 precisa acabar o quanto antes. Até porque não faltam muitas rodadas para o fim do Campeonato.

As atuações

Lucão – sem culpa nos gols – apesar do primeiro não me parecer indefensável – mas ontem não conseguiu passar segurança, principalmente nas jogadas com os pés.

Zeca – mal defensivamente, vacilou em mais de uma saída de bola e falhou feio no lance do primeiro gol do Timbu.

Walber- não comprometeu e conseguiu evitar o ataque adversário com relativo sucesso, mesmo apresentando uma lentidão maior que o desejável. Quase marcou um gol de cabeça, evitado por grande defesa do goleiro do Náutico.

Leandro Castan – mostrou algumas dificuldades com a saída de bola instruída pelo Diniz.

Riquelme – contra um adversário que buscou muito o ataque, acabou não tendo o destaque no apoio com o qual nos acostumamos. Na defesa, mesclou momentos de habilidade (principalmente nas saídas de bola) com bicões eventualmente necessários. O primeiro gol do Náutico saiu pela sua lateral e o garoto não estava lá para tentar evitar o cruzamento.

Bruno Gomes – como todo volante, suas falhas acabam sendo muito mais evidentes que seus acertos. E ontem, mesmo que o rapaz tenha feito bem o combate e dado bons passes nas vezes que chegou à frente, entregou algumas bolas que prejudicam sua avaliação.

Marquinhos Gabriel – a bela assistência para o gol do Cano já é bem mais do que podemos esperar do sujeito, mas além disso, foi mais uma partida na qual pelo menos se movimentou com mais intensidade, procurando ajudar tanto na marcação como na criação de jogadas. Mas no segundo gol do Náutico a marcação do jogador era dele e ele nem tentou subir para cortar o cruzamento.

Nenê – mesmo em um jogo intenso como o de ontem, o “Vovô” mais uma vez se destacou: além de correr mais que muitos garotos do time, marcou um gol mostrando toda sua visão de jogo e participou do lance do gol do Cano com um lindo passe de calcanhar. De negativo, foi um passe errado dele que iniciou a jogada do primeiro gol do adversário e o terceiro amarelo recebido.

Morato – uma daquelas partidas cheias de boas intenções, mas nada de muito bom. Foi bastante participativo, não apenas no ataque, mas também ajudando na defesa. E, nas duas situações, errou quase tudo o que tentou. Andrey entrou em seu lugar e, mesmo sem conseguir se destacar na sua volta ao time depois de quatro partidas, ajudou o Vasco a retomar o meio de campo e diminuir a pressão adversária.

Gabriel Pec – apesar de ter iniciado a jogada do segundo gol interceptando uma saída errada do goleiro do Náutico, o rapaz foi muito discreto, contribuindo pouco no restante do jogo. Léo Jabá entrou em seu lugar e foi o dilema de sempre para quem arma jogadas: o cara até tem velocidade e se posiciona bem, mas passar a bola para ele é ter quase a certeza de que a jogada ser desperdiçada.

Cano – marcou seu 10º gol na competição e teve algumas outras chances não tão claras, mas tropeçou na hora de dar o combate e não conseguiu evitar o cruzamento que originou o primeiro gol do Náutico.

Vasco tem mais uma chance de colar no G4 contra o Náutico

Andrey no treino
Fora das últimas partidas por contusão, Andrey volta a ser relacionado contra o Náutico (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)

A última partida do Vasco fora de São Januário também foi no Nordeste e o time também teve uma recepção calorosa na cidade da partida. Vínhamos de uma boa sequência de vitórias e, em caso de mais uma, ficaríamos a meros dois pontos do G4. Já nesta rodada, mesmo que o time não venha de uma série vitoriosa e que nem fique tão perto do quarto lugar caso vença, o elenco vascaíno teve festa não apenas na chegada, mas também antes da viagem, no Rio de Janeiro.

Vale lembrar qual foi a tal última partida do Vasco fora de São Januário: foi contra o Sampaio Correa, um jogo no qual a decepção dos vascaínos foi proporcional à sua confiança antes da bola rolar. Hoje, contra o Náutico, os torcedores já mostraram que a empolgação voltou depois da vitória sobre o Coxa.

A torcida tem todo o direito de se empolgar, fazer festa e aumentar o nível de confiança. Mas o time não pode repetir em Recife o que fez em São Luís: cair no excesso de empolgação e mudar suas características. Contra o Sampaio, vimos um Vasco impaciente demais na busca pelo gol – principalmente depois que passou a ter um jogador a mais – e que acabou não superando a retranca adversária.

Contra o Náutico, manter nossa forma de jogar é ainda mais importante. Diferente do Sampaio Correa, o Timbu não vem de uma sequência ruim de jogos: venceu as três últimas e, ganhando hoje, volta de vez à briga pelo G4, inclusive nos ultrapassando na tabela. Assim, dificilmente teremos um adversário que apenas espera pelo contra-ataque, principalmente por jogar diante da sua torcida.

O primeiro passo para que o Vasco não mude1 sua forma de jogar já deve ser dado na escalação. Fernando Diniz provavelmente repetirá o mesmo time que venceu o Coxa, com excessão do Graça, que suspenso, dará lugar ao Walber, estreando como titular. Como essa alteração não mexe na estrutura do time, devemos ver mais uma vez um Vasco compacto, explorando as triangulações ofensivas e favorecendo a recomposição quando perdemos a posse de bola.

O jogo de hoje é mais uma oportunidade que o Vasco tem para colar de vez no G4. Se Diniz e seus comandados aprenderam a lição, não a desperdiçarão como fizeram há duas rodadas. Jogando com tranquilidade e mantendo o nível da última partida, temos totais condições de vencer o Náutico, mesmo dentro dos Aflitos.

Náutico X  Vasco

Anderson; Hereda, Rafael Ribeiro, Yago e Júnior Tavares; Rhaldney, Matheus Jesus e Jean Carlos; Vinicius, Jailson e Caio Dantas.

Lucão, Zeca, Walber, Leandro Castan e Riquelme; Bruno Gomes, Marquinhos Gabriel e Nenê; Morato, Gabriel Pec e Cano.

Técnico: Hélio dos Anjos.

Técnico: Fernando Diniz.

Estádio: Aflitos. Data: 24/10/2021. Horário: 16h. Arbitragem: Paulo Roberto Alves Junior (PR). Assistentes: Bruno Boschilia (FIFA-PR) e Victor Hugo Imazu dos Santos (PR). VAR: Wagner Reway (FIFA-PB).

A Rede Globo transmite para RJ, PE, ES, PA, RN, PI, MA e Juiz de Fora (MG). O SporTV e canal Premiere transmitem para seus assinantes de todo o Brasil.

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Há uma questão importantíssima a ser levada em consideração na partida de hoje: Cano, Castan, Nenê e Bruno Gomes estão pendurados. E como o próximo jogo é contra o CSA – o único time da Série B que fez mais pontos que o Vasco desde a chgada do Diniz – em São Januário, é bom que todos se cuidem para não desfalcar o time logo numa partida tão complicada que teremos em casa.

Com boa atuação, Vasco ganha o Coritiba e as arquibancadas

Cano e Nenê comemoram
Cano e Nenê comemoram: os dois garantiram a vitória de ontem sobre o Coxa (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)

No post de ontem falei sobre o enorme hiato entre minha última ida à São Januário e minha volta ao estádio para ver o jogo contra o Coritiba. E, sem querer parecer óbvio, foi como uma volta pra casa: encontrar os amigos, beber umas cervas antes de entrar e passar irritação com o Vasco em campo. Por incrível que pareça, a única coisa diferente disso tudo foi a parte da irritação. Ainda que com alguns sustos e o placar apertado, a vitória vascaína por 2 a 1 sobre o Coxa foi uma das melhores que o time teve esse ano.

Pelo menos pelo primeiro tempo, quando o Vasco dominou completamente seu adversário e poderia ter resolvido a partida já nos 45 minutos iniciais. Pressionando o Coritiba na base da troca de passes e movimentação intensa, o Vasco amassou o adversário, que se limitou a defender.

Parecia que a vitória viria naturalmente, mas aí veio o gol relâmpago alviverde na saída de bola da etapa final. Mas o lance – fruto de mais uma falha individual, algo que tanto nos prejudicou ao longo do campeonato – não chegou a abalar o time em demasia. Tanto que, em menos de 10 minutos, conseguimos o desempate com o gol do Nenê.

A partida pareceu ficar tensa, com o Coritiba pressionando e a bola rondando nossa área na maioria do tempo. Mas essa impressão foi apenas o “efeito estádio”:  vendo o segundo tempo nas sociais, no lado do campo pelo qual o Vasco atacava (e sim, com algumas cervejas na cabeça), a impressão que tivemos era que o Vasco esteve para perder os três pontos a qualquer momento. Já vendo o vídeo com os melhores momentos, vimos que nosso adversário criou muito pouco e nos ameaçou menos ainda.

Os três pontos e a inesperada derrota do Avaí para o Confiança nos deixaram a quatro pontos do G4. Mas além da questão matemática (que agora nos deixa com 19% de chances de voltar à elite), a confiança no acesso aumenta mais pelo futebol que o Vasco do Diniz tem apresentado, mais consistente a cada partida. No pré-jogo, falei também da importância do time conquistar a torcida, que será importantíssima nos jogos que restam na Colina. Pelo que se viu ontem, o apoio dos vascaínos em São Januário está garantido.

As atuações

Lucão – entrando meio que de surpresa entre os titulares, não fez nenhum torcedor sentir saudades do Vanderlei. Mostrou segurança nas saídas de bola e não tinha o que fazer no lance do gol.

Zeca – bastante útil no apoio no primeiro tempo, quando o Coxa praticamente não atacou. Nesse momento, fez boas jogadas com Bruno Gomes, Nenê e Marquinhos Gabriel. Já na etapa final teve problemas com o avanço do adversário pela sua lateral. Léo Matos entrou em seu lugar pouco antes dos 9 minutos de acréscimo e conseguiu impedir algumas jogadas adversárias.

Ricardo Graça – difícil falar qualquer coisa positiva sobre sua atuação quando um erro primário cometido pelo zagueiro colocou em risco nossa vitória.

Leandro Castan – não comprometeu na bola e nem na atitude xerifão/capitão, que o jogo exigiu em diversos momentos.

Riquelme – não sei como foi para quem assistiu o jogo pela TV, mas para quem estava na Colina, foi impossível não lembrar do Filipe no seu início de carreira (é, caros leitores e leitoras, sou velho). Imarcável no apoio e sem deixar de dar atenção à parte defensiva, foi um dos melhores da partida. Teve participação direta no lance do segundo gol do Vasco. Walber entrou em seu lugar, mas, confesso, só fiquei sabendo disso quando li as matérias sobre a partida.

Bruno Gomes ­– errou alguns passes e perdeu bolas bobas no começo da partida (a social chegou a ameaçar vaias, mostrando a infelizmente comum impaciência com quem vem da base). Mas foi se acertando e fez uma boa partida. Na metade final do segundo tempo passou a ter mais problemas com a marcação.

Marquinhos Gabriel – começou a partida provando que é tão irritante ao vivo quanto pela TV, mas acabou sendo importante na construção de jogadas pela direita. Participou do lance do gol e teve algumas outras oportunidades. No segundo tempo foi mais útil ajudando no combate.

Nene – mais dois gols do Vasco com participação do meia: participou do lance do primeiro e marcou o segundo. A cada partida fica mais claro que uma possível chegada ao G4 passará necessariamente pelos seus pés. Já é o líder do time, não apenas pela qualidade técnica, mas pela postura e cobrança pra cima de todos os jogadores em campo. Léo Jabá entrou em seu lugar no fim e teve 10 minutos para mostrar que é injusta sua permanência no banco. Não conseguiu.

Morato – mais uma vez foi importante opção ofensiva, mas ontem acabou pecando nas finalizações. MT voltou ao time entrando em seu lugar. Tentou ser uma opção de velocidade nos contra-ataques, mas não teve muito sucesso na missão.

Gabriel Pec – teve participação direta no primeiro gol e deu ótimo passe pro Cano, que desperdiçou. Deu uma sumida quando o Coritiba passou a atacar mais e deu lugar ao Romulo, que penou tentando conter a pressão adversária.

Cano – teve três chances: na primeira, não perdoou; na segunda, chegou atrasado e na terceira demorou pra finalizar.

Vasco encara o Coxa para ganhar os três pontos e o apoio da arquibancada

 

Ingresso Vasco x Coritiba
Um ano, 8 meses e 12 dias depois, São Januário contará com uma presença ilustre novamente: a minha.

O time foi Fernando Miguel, Yago Pikachu, Leandro Castán, Werley e Henrique; Andrey, Raul e Marcos Júnior (Juninho); Marrony (Vinícius), Talles Magno e German Cano. O técnico era o Abel. O ano? 2020. Da equipe que venceu o Oriente Petrolero em São Januário na estreia pela Sul-Americana do ano passado e que encarara hoje o Coritiba, restam apenas o Castan, Andrey, Juninho e Cano. Talvez o Vinícius que, confesso, não sei se ainda faz parte do grupo.

Por que falo de um jogo tão longínquo e, porque não dizer, irrelevante dentro da nossa história? Porque esta foi a última partida que tive a oportunidade de ver o Vasco em campo., exatos 620 dias atrás.

Eram outros tempos, sem pandemias e conosco ainda na Elite. Tudo mudou – a maioria pra pior – de lá pra cá, inclusive a importância da partida. Diferente do jogo contra o time boliviano, uma vitória hoje é fundamental para o futuro do clube no curto prazo.

Obviamente a classificação no Brasileiro conta muito nesta equação. Com três pontos hoje, nos recuperamos um pouco da ridícula derrota para o Sampaio Corrêa na última rodada, subindo duas posições na tabela. Mas, mesmo vencendo hoje, provavelmente terminaremos a rodada a ainda 5 pontos do G4. Ou seja, se vencermos o Coxa, a situação ficará feia…sem vencer, ela ficará catastrófica.

Mas a classificação não é o único fator que torna uma vitória hoje imprescindível: a torcida em São Januário também é. E isso é bastante fácil de entender: contando com os de hoje, ainda tempos 15 pontos para disputar na Colina. E conquistá-los com o apoio das arquibancadas será muito mais fácil que ouvindo vaias e protestos. E nada pode ser melhor para garantir o apoio do torcedor que mostrar empenho e vencer o líder da competição.

E pra vencer o Curitiba, Diniz deve repetir a escalação que começou a partida em São Luís semana passada. Não há qualquer impossibilidade de vencermos a partida com esse time, mas será bastante complicado se o técnico permitir que sua equipe se afobe ao atacar e, principalmente, continue sofrendo gols de cabeça em lances de bola parada. Se a derrota na última rodada serviu de lição para alguma coisa, nada disso acontecerá.

Vasco X  Coritiba

Vanderlei, Zeca, Ricardo Graça, Leandro Castan e Riquelme; Bruno Gomes, Marquinhos Gabriel e Nenê; Gabriel Pec, Morato e Cano.

Wilson; Natanael, Henrique, Luciano Castán e Guilherme Biro; Willian Farias, Val (Gustavo Bochecha) e Robinho; Igor Paixão, Rafinha e Léo Gamalho.

Técnico: Fernando Diniz.

Técnico: Gustavo Morínigo.

Estádio: São Januário. Data: 16/10/2021. Horário: 16h30. Arbitragem:Wilton Pereira Sampaio (Fifa-GO). Assistentes: Fabrício Vilarinho da Silva (Fifa-GO) e Bruno Raphael Pires (Fifa-GO). VAR: Elmo Alves Resende Cunha (GO)

O canal Premiere transmite a partida para seus assinantes de todo o Brasil e também no sistema pay-per-view.

Com ‘emoção’, Vasco vence e aumenta a confiança no acesso

Cano comemora
Depois de três jogoos, Cano volta a marcar e ajudou o Vasco a vencer (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)

Fernando Diniz tentou com sua escalação, nossos zagueiros tentaram com seus recuos para o Vanderlei e o próprio goleiro tentou com mais uma saída equivocada do gol… e mesmo com todo esse pessoal tentando dar mais emoção ao jogo, o Vasco venceu o Confiança por 2 a 1.

As tentativas de “autocomplicação” já começaram pela escalação dos titulares. Com a volta de Léo Matos – que estava suspenso na última rodada – e para manter o Riquelme (um dos destaques na vitória sobre o Goiás), Fernando Diniz achou por bem escalar o time com todos os laterais que aparecessem pela sua frente e acomodou o Zeca no meio de campo.

E o novo esquema – sim, novo, porque Diniz tirou o terceiro atacante, escalando um 4-4-2 – resultou em um time confuso, que nem conseguiu ameaçar o adversário, nem mostrou maior eficiência defensiva. Na prática, o Vasco desperdiçou os primeiros 45 minutos tocando a bola de um lado pro outro de forma inútil, conseguindo apenas uma finalização mesmo com quase 70% de posse de bola.

Menos mal que Diniz reconheceu o equívoco e não quis morrer abraçado à sua ideia inicial. Na volta do intervalo, o Vasco retornou ao 4-3-3, trocando um Matos por Pec. Com a mudança, seguimos tendo maior posse de bola, só que agora, com maior efetividade no ataque. Passamos a finalizar e resolvemos o jogo antes da metade da etapa final, em três minutos: abrimos o placar com Cano, aos 15 e ampliamos com Graça aos 18.

Com o prejuízo no placar, o Confiança abandonou a postura defensiva e passou a procurar mais o jogo e conseguiu diminuir, após falha do Vanderlei. Resistimos bem à tentativa de pressão dos donos da casa e seguramos o resultado, garantindo a terceira vitória seguida, pela primeira vez na competição.

Antes de Fernando Diniz assumir a equipe – e até mesmo depois, principalmente após o empate com o Cruzeiro – a impressão era de que o acesso do Vasco teria se transformado em uma missão impossível. Agora, na sexta colocação e com o G4 a cinco pontos de distância, o que parecia uma impossibilidade é “apenas” difícil. Antes da vitória sobre o Brusque, tínhamos apenas 2% de chance de conseguir o acesso; agora, já são14%. Diniz e seus comandados precisam aproveitar o momento e manter a sequência positiva, que só aumenta a confiança do time e da torcida na volta à elite.

As atuações

Vanderlei – passou boa parte do jogo tentando matar a torcida do coração nos lances em que precisou usar os pés. Pra completar, falhou feio no lance do gol do Confiança.

Léo Matos – costumeiramente é um lateral que atua mais defensivamente, ainda assim, deixou muitos espaços pelo seu lado de campo. Acabou sacado no intervalo, quando Diniz resolveu acertar a bagunça que fez na escalação inicial. Gabriel Pec o substituiu e ajudou a tornar nosso ataque mais efetivo: participou da jogada do primeiro gol e fez a assistência para o segundo.

Ricardo Graça – mostrou firmeza e disposição na zaga e ainda marcou o gol da vitória mostrando boa antecipação no lance. Mas estava perdidinho no lance do gol do Confiança.

Leandro Castan ­– quase cometeu um pênalti em lance no qual perdeu o tempo da bola, mas foi útil principalmente nos momentos de maior pressão dos nossos anfitriões.

Riquelme ­– outra boa atuação do garoto, mostrando habilidade nas constantes subidas ao apoio sem comprometer na parte defensiva. Iniciou a jogada do segundo gol do Vasco antes de ser substituído pelo Walber, que no pouco tempo em que esteve em campo, fez pelo menos um corte importante em jogada aérea do adversário.

Bruno Gomes – se enrolou um pouco na marcação no começo da partida. Subiu de produção depois que Diniz reorganizou o time. Iniciou a jogada do segundo gol vascaíno.

Zeca – começando como volante, se embolou mais que ajudou. Voltou do intervalo como lateral e rendeu mais.

Marquinhos Gabriel – no bagunçado esquema do primeiro tempo, não conseguiu fazer muita coisa; na volta do intervalo, não conseguiu ajudar na criação. Sarrafiore entrou em seu lugar, se machucou com poucos minutos e ficou mancando em campo, no sacrifício, até o fim do jogo.

Nene – começou a partida numa posição demasiadamente recuada e foi muito discreto no primeiro tempo. No segundo tempo fez o de sempre: participou dos lances dos dois gols (incluindo a assistência para o primeiro).

Morato – quase marcou um golaço do meio de campo, mas na maioria do tempo não conseguiu superar a marcação do Confiança. Deu lugar ao Romulo, que entrou para ajudar a fechar mais o meio de campo quando tínhamos dois gols de diferença. Acabamos sofrendo o gol do Confiança depois da sua entrada.

Cano – “redesencantou” marcando um gol depois de quatro partidas em jejum. Além disso, tentou ajudar na marcação o quanto pôde. Daniel Amorim entrou em seu lugar no fim e mal tocou na bola.