Contra o CSA, Vasco precisa mostrar que há vida inteligente sem Nenê

Diniz comanda um treino
Sem contar com seu melhor jogador, Diniz precisa fazer com que o Vasco vença o CSA (📷: Rafael Ribeiro/Vasco)

No primeiro turno, o Vasco foi à Maceió e ficou no empate com o CSA, nosso adversário de hoje, na Colina. Vivíamos uma das muitas crises que tivemos nesta Série B: era a primeira partida após a demissão do Marcelo Cabo, abrimos o placar no início do jogo, permitimos a virada e chegamos ao empate.

Hoje, a situação é diferente. Temos um técnico com moral, um time mais confiante e podemos contar com o apoio da torcida (que tem à sua disposição 15 mil ingressos para a partida). Mas a diferença crucial é a seguinte: o Vasco não tem mais tempo, algo que vem desperdiçando desde o começo da competição.

Mais uma vez os resultados da rodada ajudaram e Diniz e seus comandados não podem mais desperdiçar chances. Uma vitória hoje ainda nos deixará a três pontos do G4, mas com chances reais de, na próxima rodada, chegarmos à quarta colocação (contando com tropeços de Goiás e CRB). Mas não teremos facilidades: o CSA costuma dar trabalho como visitante – tem campanha melhor que a nossa fora de casa, por exemplo – e ainda tem esperanças de chegar ao G4. Estarem vindo de duas derrotas só os torna ainda mais perigosos.

Porém, a equipe alagoana não será nosso único problema. O principal deles, aliás, é o desfalque do Nenê, suspenso pelo terceiro amarelo. Será a primeira partida sem o veterano em campo desde a sua volta e, depois de fazer 27 gols, 43 assistências, cobrar faltas, escanteios, pênaltis e salários junto à diretoria, veremos se o time sofrerá de uma “nenedependência”.

Diniz foi no óbvio e promoverá o retorno do Andrey ao meio de campo, adiantando o Marquinhos Gabriel que terá a função de armar time. Sabemos que o estilo sonolento do jogador nem de longe rivaliza com o dinamismo do Nenê, mas é literalmente o que temos pra hoje. A outra única mudança com relação à equipe que empatou com o Náutico na última rodada é o retorno do Graça à zaga, no lugar do Walber.

A chegada do Fernando Diniz e do Nenê mudaram a cara do Vasco e se ainda estamos sonhando com o acesso à elite é certamente pelo trabalho dos dois. Hoje será a primeira vez que o técnico não poderá contar com seu craque em campo e será a hora do Diniz provar que consegue fazer sua equipe render mesmo sem o Vovô.

Vasco X  CSA

Lucão, Zeca, Ricardo Graça, Leandro Castán e Riquelme; Bruno Gomes, Andrey e Marquinhos Gabriel; Morato, Gabriel Pec e Germán Cano.

Thiago Rodrigues; Éverton Silva, Matheus Felipe, Lucão e Ernandes; Geovane, Yuri e Renato Cajá; Gabriel, Iury Castilho e Dellatorre.

Técnico: Fernando Diniz.

Técnico: Mozart.

Estádio: São Januário. Data: 29/10/2021. Horário: 21h30. Arbitragem:Marielson Alves Silva (BA). Assistentes: Alessandro Alvaro Rocha de Matos (BA) e Elicarlos Franco de Oliveira (BA). VAR: Wagner Reway (PB)

O SporTV (exceto RJ) e o Premiere transmitem a partida para seus assinantes de todo o Brasil.

Vasco cede empate ao Náutico e mostra ainda ter ‘medo’ do G4

Sempre eles: Nenê e Cano marcam, mas Vasco não consegue a vitória em Recife
Sempre eles: Nenê e Cano marcam, mas Vasco não consegue a vitória em Recife (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)

Pra início de conversa, é completamente sem sentido falar apenas que “o Vasco jogou mal” como se essa fosse a única razão para o time ter empatado com o Náutico por 2 a 2, nos Aflitos. Falar que o resultado só foi esse por causa das nossas falhas é tirar todo o mérito dos nossos anfitriões em uma partida na qual o Timbu foi melhor que nós na maioria do tempo.

Quem viu o jogo sabe que o time do técnico Hélio dos Anjos foi quem mais deu trabalho ao Vasco do Diniz, fazendo uma marcação alta e complicando muito nossa saída de bola. Não à toa, foi a primeira vez que o Vasco sob o comando do Diniz terminou com uma posse de bola menor que o adversário (tivemos 48% apenas).

Vendo por esse lado e esquecendo a luta para chegarmos aos G4, o empate de ontem foi um resultado até bom. Bom, porque um ponto é melhor que nenhum; e também porque a vantagem que construímos e não conseguimos manter nos foi dada de presente pelo Náutico, mais no gol do Nenê, menos no do Cano.

O que realmente deixa a torcida mais frustrada é que essa deve ser a terceira ou quarta vez que o Vasco tem a chance de colar no G4 e a desperdiça. Ontem, mesmo jogando fora de casa e contra um adversário que vem em boa fase, é bem difícil não dar um peso considerável pelo empate aos nossos erros. Principalmente se um dos gols sofridos aconteceu numa sequência de erros individuais e se o outro foi na já conhecidíssima limitação que temos nas bolas cruzadas à nossa área.

Mas esses são erros pontuais. Ontem, o que me pareceu mais grave foi o Vasco não encontrando uma solução para a marcação alta do Náutico, se permitindo pressionar até a segunda metade da etapa final e, todos sabemos, raramente o Vasco consegue segurar a pressão por muito tempo. Diniz, um técnico famoso por ter muitas ideias, não conseguiu encontrar alternativas para sua saída de bola, comprometendo a vantagem que conseguimos criar aproveitando os erros do adversário.

No fim das contas, o Vasco perdeu mais uma oportunidade de aumentar suas chances para o acesso (agora, paradas em 15%). Contra o Sampaio Corrêa, vimos nossa velha mania de levantar defunto; ontem, perdemos mais pontos por conta de erros recorrentes. Esse “medo” de chegar ao G4 precisa acabar o quanto antes. Até porque não faltam muitas rodadas para o fim do Campeonato.

As atuações

Lucão – sem culpa nos gols – apesar do primeiro não me parecer indefensável – mas ontem não conseguiu passar segurança, principalmente nas jogadas com os pés.

Zeca – mal defensivamente, vacilou em mais de uma saída de bola e falhou feio no lance do primeiro gol do Timbu.

Walber- não comprometeu e conseguiu evitar o ataque adversário com relativo sucesso, mesmo apresentando uma lentidão maior que o desejável. Quase marcou um gol de cabeça, evitado por grande defesa do goleiro do Náutico.

Leandro Castan – mostrou algumas dificuldades com a saída de bola instruída pelo Diniz.

Riquelme – contra um adversário que buscou muito o ataque, acabou não tendo o destaque no apoio com o qual nos acostumamos. Na defesa, mesclou momentos de habilidade (principalmente nas saídas de bola) com bicões eventualmente necessários. O primeiro gol do Náutico saiu pela sua lateral e o garoto não estava lá para tentar evitar o cruzamento.

Bruno Gomes – como todo volante, suas falhas acabam sendo muito mais evidentes que seus acertos. E ontem, mesmo que o rapaz tenha feito bem o combate e dado bons passes nas vezes que chegou à frente, entregou algumas bolas que prejudicam sua avaliação.

Marquinhos Gabriel – a bela assistência para o gol do Cano já é bem mais do que podemos esperar do sujeito, mas além disso, foi mais uma partida na qual pelo menos se movimentou com mais intensidade, procurando ajudar tanto na marcação como na criação de jogadas. Mas no segundo gol do Náutico a marcação do jogador era dele e ele nem tentou subir para cortar o cruzamento.

Nenê – mesmo em um jogo intenso como o de ontem, o “Vovô” mais uma vez se destacou: além de correr mais que muitos garotos do time, marcou um gol mostrando toda sua visão de jogo e participou do lance do gol do Cano com um lindo passe de calcanhar. De negativo, foi um passe errado dele que iniciou a jogada do primeiro gol do adversário e o terceiro amarelo recebido.

Morato – uma daquelas partidas cheias de boas intenções, mas nada de muito bom. Foi bastante participativo, não apenas no ataque, mas também ajudando na defesa. E, nas duas situações, errou quase tudo o que tentou. Andrey entrou em seu lugar e, mesmo sem conseguir se destacar na sua volta ao time depois de quatro partidas, ajudou o Vasco a retomar o meio de campo e diminuir a pressão adversária.

Gabriel Pec – apesar de ter iniciado a jogada do segundo gol interceptando uma saída errada do goleiro do Náutico, o rapaz foi muito discreto, contribuindo pouco no restante do jogo. Léo Jabá entrou em seu lugar e foi o dilema de sempre para quem arma jogadas: o cara até tem velocidade e se posiciona bem, mas passar a bola para ele é ter quase a certeza de que a jogada ser desperdiçada.

Cano – marcou seu 10º gol na competição e teve algumas outras chances não tão claras, mas tropeçou na hora de dar o combate e não conseguiu evitar o cruzamento que originou o primeiro gol do Náutico.

Vasco tem mais uma chance de colar no G4 contra o Náutico

Andrey no treino
Fora das últimas partidas por contusão, Andrey volta a ser relacionado contra o Náutico (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)

A última partida do Vasco fora de São Januário também foi no Nordeste e o time também teve uma recepção calorosa na cidade da partida. Vínhamos de uma boa sequência de vitórias e, em caso de mais uma, ficaríamos a meros dois pontos do G4. Já nesta rodada, mesmo que o time não venha de uma série vitoriosa e que nem fique tão perto do quarto lugar caso vença, o elenco vascaíno teve festa não apenas na chegada, mas também antes da viagem, no Rio de Janeiro.

Vale lembrar qual foi a tal última partida do Vasco fora de São Januário: foi contra o Sampaio Correa, um jogo no qual a decepção dos vascaínos foi proporcional à sua confiança antes da bola rolar. Hoje, contra o Náutico, os torcedores já mostraram que a empolgação voltou depois da vitória sobre o Coxa.

A torcida tem todo o direito de se empolgar, fazer festa e aumentar o nível de confiança. Mas o time não pode repetir em Recife o que fez em São Luís: cair no excesso de empolgação e mudar suas características. Contra o Sampaio, vimos um Vasco impaciente demais na busca pelo gol – principalmente depois que passou a ter um jogador a mais – e que acabou não superando a retranca adversária.

Contra o Náutico, manter nossa forma de jogar é ainda mais importante. Diferente do Sampaio Correa, o Timbu não vem de uma sequência ruim de jogos: venceu as três últimas e, ganhando hoje, volta de vez à briga pelo G4, inclusive nos ultrapassando na tabela. Assim, dificilmente teremos um adversário que apenas espera pelo contra-ataque, principalmente por jogar diante da sua torcida.

O primeiro passo para que o Vasco não mude1 sua forma de jogar já deve ser dado na escalação. Fernando Diniz provavelmente repetirá o mesmo time que venceu o Coxa, com excessão do Graça, que suspenso, dará lugar ao Walber, estreando como titular. Como essa alteração não mexe na estrutura do time, devemos ver mais uma vez um Vasco compacto, explorando as triangulações ofensivas e favorecendo a recomposição quando perdemos a posse de bola.

O jogo de hoje é mais uma oportunidade que o Vasco tem para colar de vez no G4. Se Diniz e seus comandados aprenderam a lição, não a desperdiçarão como fizeram há duas rodadas. Jogando com tranquilidade e mantendo o nível da última partida, temos totais condições de vencer o Náutico, mesmo dentro dos Aflitos.

Náutico X  Vasco

Anderson; Hereda, Rafael Ribeiro, Yago e Júnior Tavares; Rhaldney, Matheus Jesus e Jean Carlos; Vinicius, Jailson e Caio Dantas.

Lucão, Zeca, Walber, Leandro Castan e Riquelme; Bruno Gomes, Marquinhos Gabriel e Nenê; Morato, Gabriel Pec e Cano.

Técnico: Hélio dos Anjos.

Técnico: Fernando Diniz.

Estádio: Aflitos. Data: 24/10/2021. Horário: 16h. Arbitragem: Paulo Roberto Alves Junior (PR). Assistentes: Bruno Boschilia (FIFA-PR) e Victor Hugo Imazu dos Santos (PR). VAR: Wagner Reway (FIFA-PB).

A Rede Globo transmite para RJ, PE, ES, PA, RN, PI, MA e Juiz de Fora (MG). O SporTV e canal Premiere transmitem para seus assinantes de todo o Brasil.

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Há uma questão importantíssima a ser levada em consideração na partida de hoje: Cano, Castan, Nenê e Bruno Gomes estão pendurados. E como o próximo jogo é contra o CSA – o único time da Série B que fez mais pontos que o Vasco desde a chgada do Diniz – em São Januário, é bom que todos se cuidem para não desfalcar o time logo numa partida tão complicada que teremos em casa.

Com boa atuação, Vasco ganha o Coritiba e as arquibancadas

Cano e Nenê comemoram
Cano e Nenê comemoram: os dois garantiram a vitória de ontem sobre o Coxa (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)

No post de ontem falei sobre o enorme hiato entre minha última ida à São Januário e minha volta ao estádio para ver o jogo contra o Coritiba. E, sem querer parecer óbvio, foi como uma volta pra casa: encontrar os amigos, beber umas cervas antes de entrar e passar irritação com o Vasco em campo. Por incrível que pareça, a única coisa diferente disso tudo foi a parte da irritação. Ainda que com alguns sustos e o placar apertado, a vitória vascaína por 2 a 1 sobre o Coxa foi uma das melhores que o time teve esse ano.

Pelo menos pelo primeiro tempo, quando o Vasco dominou completamente seu adversário e poderia ter resolvido a partida já nos 45 minutos iniciais. Pressionando o Coritiba na base da troca de passes e movimentação intensa, o Vasco amassou o adversário, que se limitou a defender.

Parecia que a vitória viria naturalmente, mas aí veio o gol relâmpago alviverde na saída de bola da etapa final. Mas o lance – fruto de mais uma falha individual, algo que tanto nos prejudicou ao longo do campeonato – não chegou a abalar o time em demasia. Tanto que, em menos de 10 minutos, conseguimos o desempate com o gol do Nenê.

A partida pareceu ficar tensa, com o Coritiba pressionando e a bola rondando nossa área na maioria do tempo. Mas essa impressão foi apenas o “efeito estádio”:  vendo o segundo tempo nas sociais, no lado do campo pelo qual o Vasco atacava (e sim, com algumas cervejas na cabeça), a impressão que tivemos era que o Vasco esteve para perder os três pontos a qualquer momento. Já vendo o vídeo com os melhores momentos, vimos que nosso adversário criou muito pouco e nos ameaçou menos ainda.

Os três pontos e a inesperada derrota do Avaí para o Confiança nos deixaram a quatro pontos do G4. Mas além da questão matemática (que agora nos deixa com 19% de chances de voltar à elite), a confiança no acesso aumenta mais pelo futebol que o Vasco do Diniz tem apresentado, mais consistente a cada partida. No pré-jogo, falei também da importância do time conquistar a torcida, que será importantíssima nos jogos que restam na Colina. Pelo que se viu ontem, o apoio dos vascaínos em São Januário está garantido.

As atuações

Lucão – entrando meio que de surpresa entre os titulares, não fez nenhum torcedor sentir saudades do Vanderlei. Mostrou segurança nas saídas de bola e não tinha o que fazer no lance do gol.

Zeca – bastante útil no apoio no primeiro tempo, quando o Coxa praticamente não atacou. Nesse momento, fez boas jogadas com Bruno Gomes, Nenê e Marquinhos Gabriel. Já na etapa final teve problemas com o avanço do adversário pela sua lateral. Léo Matos entrou em seu lugar pouco antes dos 9 minutos de acréscimo e conseguiu impedir algumas jogadas adversárias.

Ricardo Graça – difícil falar qualquer coisa positiva sobre sua atuação quando um erro primário cometido pelo zagueiro colocou em risco nossa vitória.

Leandro Castan – não comprometeu na bola e nem na atitude xerifão/capitão, que o jogo exigiu em diversos momentos.

Riquelme – não sei como foi para quem assistiu o jogo pela TV, mas para quem estava na Colina, foi impossível não lembrar do Filipe no seu início de carreira (é, caros leitores e leitoras, sou velho). Imarcável no apoio e sem deixar de dar atenção à parte defensiva, foi um dos melhores da partida. Teve participação direta no lance do segundo gol do Vasco. Walber entrou em seu lugar, mas, confesso, só fiquei sabendo disso quando li as matérias sobre a partida.

Bruno Gomes ­– errou alguns passes e perdeu bolas bobas no começo da partida (a social chegou a ameaçar vaias, mostrando a infelizmente comum impaciência com quem vem da base). Mas foi se acertando e fez uma boa partida. Na metade final do segundo tempo passou a ter mais problemas com a marcação.

Marquinhos Gabriel – começou a partida provando que é tão irritante ao vivo quanto pela TV, mas acabou sendo importante na construção de jogadas pela direita. Participou do lance do gol e teve algumas outras oportunidades. No segundo tempo foi mais útil ajudando no combate.

Nene – mais dois gols do Vasco com participação do meia: participou do lance do primeiro e marcou o segundo. A cada partida fica mais claro que uma possível chegada ao G4 passará necessariamente pelos seus pés. Já é o líder do time, não apenas pela qualidade técnica, mas pela postura e cobrança pra cima de todos os jogadores em campo. Léo Jabá entrou em seu lugar no fim e teve 10 minutos para mostrar que é injusta sua permanência no banco. Não conseguiu.

Morato – mais uma vez foi importante opção ofensiva, mas ontem acabou pecando nas finalizações. MT voltou ao time entrando em seu lugar. Tentou ser uma opção de velocidade nos contra-ataques, mas não teve muito sucesso na missão.

Gabriel Pec – teve participação direta no primeiro gol e deu ótimo passe pro Cano, que desperdiçou. Deu uma sumida quando o Coritiba passou a atacar mais e deu lugar ao Romulo, que penou tentando conter a pressão adversária.

Cano – teve três chances: na primeira, não perdoou; na segunda, chegou atrasado e na terceira demorou pra finalizar.

Vasco encara o Coxa para ganhar os três pontos e o apoio da arquibancada

 

Ingresso Vasco x Coritiba
Um ano, 8 meses e 12 dias depois, São Januário contará com uma presença ilustre novamente: a minha.

O time foi Fernando Miguel, Yago Pikachu, Leandro Castán, Werley e Henrique; Andrey, Raul e Marcos Júnior (Juninho); Marrony (Vinícius), Talles Magno e German Cano. O técnico era o Abel. O ano? 2020. Da equipe que venceu o Oriente Petrolero em São Januário na estreia pela Sul-Americana do ano passado e que encarara hoje o Coritiba, restam apenas o Castan, Andrey, Juninho e Cano. Talvez o Vinícius que, confesso, não sei se ainda faz parte do grupo.

Por que falo de um jogo tão longínquo e, porque não dizer, irrelevante dentro da nossa história? Porque esta foi a última partida que tive a oportunidade de ver o Vasco em campo., exatos 620 dias atrás.

Eram outros tempos, sem pandemias e conosco ainda na Elite. Tudo mudou – a maioria pra pior – de lá pra cá, inclusive a importância da partida. Diferente do jogo contra o time boliviano, uma vitória hoje é fundamental para o futuro do clube no curto prazo.

Obviamente a classificação no Brasileiro conta muito nesta equação. Com três pontos hoje, nos recuperamos um pouco da ridícula derrota para o Sampaio Corrêa na última rodada, subindo duas posições na tabela. Mas, mesmo vencendo hoje, provavelmente terminaremos a rodada a ainda 5 pontos do G4. Ou seja, se vencermos o Coxa, a situação ficará feia…sem vencer, ela ficará catastrófica.

Mas a classificação não é o único fator que torna uma vitória hoje imprescindível: a torcida em São Januário também é. E isso é bastante fácil de entender: contando com os de hoje, ainda tempos 15 pontos para disputar na Colina. E conquistá-los com o apoio das arquibancadas será muito mais fácil que ouvindo vaias e protestos. E nada pode ser melhor para garantir o apoio do torcedor que mostrar empenho e vencer o líder da competição.

E pra vencer o Curitiba, Diniz deve repetir a escalação que começou a partida em São Luís semana passada. Não há qualquer impossibilidade de vencermos a partida com esse time, mas será bastante complicado se o técnico permitir que sua equipe se afobe ao atacar e, principalmente, continue sofrendo gols de cabeça em lances de bola parada. Se a derrota na última rodada serviu de lição para alguma coisa, nada disso acontecerá.

Vasco X  Coritiba

Vanderlei, Zeca, Ricardo Graça, Leandro Castan e Riquelme; Bruno Gomes, Marquinhos Gabriel e Nenê; Gabriel Pec, Morato e Cano.

Wilson; Natanael, Henrique, Luciano Castán e Guilherme Biro; Willian Farias, Val (Gustavo Bochecha) e Robinho; Igor Paixão, Rafinha e Léo Gamalho.

Técnico: Fernando Diniz.

Técnico: Gustavo Morínigo.

Estádio: São Januário. Data: 16/10/2021. Horário: 16h30. Arbitragem:Wilton Pereira Sampaio (Fifa-GO). Assistentes: Fabrício Vilarinho da Silva (Fifa-GO) e Bruno Raphael Pires (Fifa-GO). VAR: Elmo Alves Resende Cunha (GO)

O canal Premiere transmite a partida para seus assinantes de todo o Brasil e também no sistema pay-per-view.

Novos problemas e as falhas de sempre levam o Vasco à derrota em São Luís

Nenê em campo
Nenê teve a chance de evitar a derrota, mas desperdiçou uma cobrança de pênalti (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)

Derrotas como este 1 a 0 que o Vasco sofreu diante do Sampaio Corrêa são daquelas que não dão espaço para contemporizações. Adversário em momento ruim, atuando com um jogador a menos desde o fim do primeiro tempo, jogando fechadinho e evitando duas ou três chances claras de gol do nosso ataque (uma delas, uma penalidade aos 52 minutos do segundo tempo)….

Com todas essas condições e em uma rodada na qual praticamente todos os resultados nos favoreciam, nem o empate seria aceitável para a torcida. Uma derrota, então, seria o bastante para qualquer vascaíno jogar toda a esperança de acesso que foi se acumulando desde a vitória sobre o Brusque na lixeira mais próxima.

Foi o que eu falei no pré-jogo, sobre a responsabilidade e o aumento de expectativas que o Vasco do Fernando Diniz gerou. Quando essa expectativa é confirmada, é a euforia; quando não é, é a famosa terra arrasada e críticas a tudo e a todos, façam sentido ou não as tais críticas.

E muitas efetivamente não fazem….cumprindo meu papel regular de ser do contra, explicarei porque acho isso. Didaticamente, pra facilitar…

1) “O Vasco não vai subir!” – sim, as coisas ficaram mais complicadas (segundo o site Infobola, nossas chances caíram pela metade), mas a derrota de ontem não me parece motivo para mudar a chave da “certeza de G4” para “Série B 2022”. Primeiro, porque era querer se iludir demais imaginar que o Vasco não perderia nenhuma partida até o fim da competição e, analisando friamente a situação, esse era o irritante “momento certo para perder”, já que ruim, por ruim, pelo menos a distância para o G4 não aumentou.

2) “O time é horroroso!” – sim, o time é fraco e todo mundo sabe disso há muito tempo. Não foi na partida de ontem que ele ficou assim e, aliás, ontem não foi nem de longe a pior partida do Vasco, nem mesmo sob o comando do Diniz. Natural desejar a morte de forma cruel e lenta de todo o time quando perdemos da forma que perdemos ontem, mas falar que a derrota de ontem só aconteceu porque o time do Vasco é horroroso é uma injustiça não apenas com o time, mas principalmente com o Sampaio Corrêa: os caras fizeram o dever de casa, jogaram de fora inteligente e contaram com uma atuação digna de seleção do goleiro Luiz Daniel. O cara fez pelo menos dois milagres e, não fosse por ele, estaríamos todos aqui já fazendo planos para a Série A do ano que vem.

3) “Diniz é maluco!” – o técnico vascaíno deu uma de Professor Pardal ontem, claro. Mas nem de longe o problema do time foi a decisão do Diniz de deixar o time com um zagueiro apenas para colocar mais um atacante. A presença do Graça em campo não evitaria que o gol do Sampaio saísse da forma como saiu (o gol saiu numa falha de marcação individual do Marquinhos Gabriel). Diniz poderia ter acalmado o time e ter orientado os caras para não se lançarem tão desesperadamente ao ataque? Não apenas poderia, como deveria. Mas isso, igualmente, não foi a razão da nossa derrota. Não sofremos um gol de contra-ataque, que era a esperança da Bolívia Querida….sofremos um gol da nossa velha falha de sempre, as bolas alçadas à área. Se for pra xingar o Diniz, que seja porque não resolveu esse problema (que nem o Cabo, nem o Lisca, conseguiram) e não porque ele tenha cometido erros graves ontem.

No fim das contas, desperdiçamos a chance de encostar de vez no G4 não apenas porque o time foi mais afobado ofensivamente do que de costume, uma falha nova. Mas sim, e principalmente, por causa do problema mais antigo que temos nesta temporada. Se estamos na atual situação no Brasileiro, grande parte disso é por ainda não conseguirmos evitar gols em bolas alçadas à nossa área. E, claro, o velho hábito que temos de levantar defuntos em diferentes níveis de decomposição no campeonato.

Apesar do fatalismo da torcida, mais que natural após o jogo de ontem, nossa situação não está tão pior do que antes. Ainda há 27 pontos a serem disputados, 15 dentro de São Januário e pelo menos 6 que, em teoria, são mais plausíveis de serem conquistados mesmo fora de casa. Ainda podemos nos recuperar da derrota de ontem e conseguir o acesso. Mas tudo será muito menos complicado se o Diniz conseguir resolver as falhas antigas do time e evitar que novos problemas apareçam.

As atuações

Vanderlei – lento ou atabalhoado em algumas saídas de bola, mas ser o maior alvo de críticas do time no jogo de ontem não faz o menor sentido. Não apenas porque não tinha o que fazer no lance do gol adversário, mas também por ter evitado uma derrota por placar mais dilatado com pelo menos duas boas defesas.

Zeca – mesmo quando o Vasco mais pressionava, não conseguiu ser uma boa opção no apoio. Figueiredo entrou no seu lugar e nos quase 15 minutos que esteve em campo só apareceu para receber um amarelo.

Ricardo Graça – vinha fazendo uma partida correta, sem se comprometer, até ser sacado para dar lugar ao Daniel Amorim aos 14 minutos do segundo tempo. O Pirulito quase marcou um golaço de voleio, mas parou em uma das defesas milagrosas do goleiro Luiz Daniel. Mas entrou muito pilhado, o que acabou lhe rendendo um amarelo desnecessário.

Leandro Castan – enquanto estava com Graça ao seu lado, apanhou da bola e até caneta dentro da área tomou. Curiosamente, teve menos problemas quando ficou como único zagueiro, quando ganhou até disputas de velocidade e quase marcou um gol (o que não aconteceu por mais uma defesa do goleiro adversário).

Riquelme – presença constante no apoio, acabou inevitavelmente deixando muitos espaços na sua lateral para as subidas do Sampaio Corrêa (um problema que deve ser mais resolvido pelo técnico que pelo jogador, diga-se). Afobado algumas vezes, impreciso em outras, ainda assim, foi uma das mais importantes armas ofensivas do time. E poderia ter sido um dos responsáveis por termos ganhado pelo menos um pontinho, se o pênalti que sofreu no último lance da partida não tivesse sido desperdiçado.

Bruno Gomes – na prática, jogou sozinho como volante e não foi mal. Também ajudou na saída de bola do time.

Marquinhos Gabriel – se havia algo que justificasse sua presença em campo jogando mais recuado e com mais funções defensivas, não há mais: o gol do Sampaio Corrêa saiu porque o “Lexotanzinho” Gabriel estava completamente perdido na marcação do zagueiro Alan Godói, que subiu como quis para cabecear.

 Nene – ainda que tenha sido participativo, estava sendo menos efetivo do que de costume. E quando teve a chance de decidir, cobrou com certa displicência a penalidade que teve, fez de vez o nome do goleiro Luiz Daniel e jogou um ponto importante no lixo.

Gabriel Pec – é participativo, joga com intensidade, mas ainda peca demais nos momentos decisivos, seja tecnicamente, seja por tomar decisões ruins. Teve duas chances para finalizar, uma pra fora e outra bloqueada por um marcador. João Pedro o substituiu no segundo tempo e não chegou a mostrar mais competência que o titular.

Morato – esforçado, mas sem brilho, deu algum trabalho para a zaga adversária.

Cano – outro que teve uma grande chance para marcar e parou em uma grande defesa do goleiro adversário. No mais foi pouco acionado.

Festa da torcida reforça responsabilidade do Vasco contra o Sampaio Corrêa

Diniz é bem recepcionado
Calorosa recepção a Fernando Diniz é uma prova da boa fase do Vasco (Rafael Ribeiro/Vasco)

O Vasco foi recebido em festa pela torcida em São Luís, mostrando mais uma vez a força que o Gigante tem no Nordeste. É ótimo ser bem recepcionado e se sentir em casa em plena capital maranhense será um grande incentivo para o time na partida contra o Sampaio Corrêa, hoje, na Arena Castelão.

Todo esse apoio é um grande incentivo, mas é também uma grande responsabilidade.

Responsabilidade porque a festa dos vascaínos do Maranhão é um reflexo da esperança que, agora, a torcida do Vasco em todo mundo tem na volta para a elite. A chegada de Fernando Diniz e Nenê, a série invicta, a subida na tabela e a sequência de vitórias trouxe mais esperanças ao torcedor e, inevitavelmente, maiores expectativas. Resumindo, o que todo cruzmaltino espera é que o Vasco diminua ainda mais a distância para o G4.

E a queda de rendimento dos nossos anfitriões é outro fator que aumenta nossa responsabilidade. Sem vencer a sete partidas, com uma única vitória nos últimos dez jogos, o Sampaio Corrêa precisa tanto quanto nós da vitória. E a presença de público no Castelão certamente fará com que a Bolívia Querida se empenhe ainda mais para mostrar poder de reação aos sampaínos.

Cabe ao Fernando Diniz atrasar a desejada reação do Sampaio Corrêa para a próxima rodada (e, vale dizer, impedir que o Vasco mais uma vez “levante defunto”). Ainda sem Andrey, mas aprendendo a lição do primeiro tempo da partida contra o Confiança, o técnico vascaíno não deve inventar três laterais no time: mantendo Riquelme no time e jogando o Zeca para a direita, Léo Matos deve começar a partida no banco. Pec, que entrou na etapa final e teve participação decisiva nos gols na vitória da última rodada, deve seguir no ataque.

Uma vitória hoje não nos fará subir nenhuma posição, mas com os excelentes resultados da rodada até aqui, três pontos nos deixarão às portas do G4, a apenas dois pontinhos de distância (e certamente aumentarão nossas chances de acesso, que hoje estão em 18%). Isso mostra a importância da partida de hoje e o tamanho da responsabilidade com a qual o Vasco precisa encarar este confronto.

Sampaio Corrêa X  Vasco

Luiz Daniel; Watson, Kanu, Éder Lima e Alyson; Betinho, Ferreira, Eloir e Léo Artur; Ciel e Pimentinha.

Vanderlei, Zeca, Leandro Castan, Ricardo Graça e Riquelme; Bruno Gomes, Marquinhos Gabriel e Nenê; GabrielPec, Morato e Cano.

Técnico: Felipe Surian.

Técnico: Fernando Diniz.

Estádio: Arena Castelão. Data: 09/10/2021. Horário: 21h. Arbitragem: Caio Max Augusto Vieira (RN). Assistentes: Jean Marcio dos Santos (RN) e Lorival Cândido das Flores (RN). VAR: Heber Roberto Lopes (SC)

O canal Premiere transmite a partida para seus assinantes de todo o Brasil.

Com ‘emoção’, Vasco vence e aumenta a confiança no acesso

Cano comemora
Depois de três jogoos, Cano volta a marcar e ajudou o Vasco a vencer (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)

Fernando Diniz tentou com sua escalação, nossos zagueiros tentaram com seus recuos para o Vanderlei e o próprio goleiro tentou com mais uma saída equivocada do gol… e mesmo com todo esse pessoal tentando dar mais emoção ao jogo, o Vasco venceu o Confiança por 2 a 1.

As tentativas de “autocomplicação” já começaram pela escalação dos titulares. Com a volta de Léo Matos – que estava suspenso na última rodada – e para manter o Riquelme (um dos destaques na vitória sobre o Goiás), Fernando Diniz achou por bem escalar o time com todos os laterais que aparecessem pela sua frente e acomodou o Zeca no meio de campo.

E o novo esquema – sim, novo, porque Diniz tirou o terceiro atacante, escalando um 4-4-2 – resultou em um time confuso, que nem conseguiu ameaçar o adversário, nem mostrou maior eficiência defensiva. Na prática, o Vasco desperdiçou os primeiros 45 minutos tocando a bola de um lado pro outro de forma inútil, conseguindo apenas uma finalização mesmo com quase 70% de posse de bola.

Menos mal que Diniz reconheceu o equívoco e não quis morrer abraçado à sua ideia inicial. Na volta do intervalo, o Vasco retornou ao 4-3-3, trocando um Matos por Pec. Com a mudança, seguimos tendo maior posse de bola, só que agora, com maior efetividade no ataque. Passamos a finalizar e resolvemos o jogo antes da metade da etapa final, em três minutos: abrimos o placar com Cano, aos 15 e ampliamos com Graça aos 18.

Com o prejuízo no placar, o Confiança abandonou a postura defensiva e passou a procurar mais o jogo e conseguiu diminuir, após falha do Vanderlei. Resistimos bem à tentativa de pressão dos donos da casa e seguramos o resultado, garantindo a terceira vitória seguida, pela primeira vez na competição.

Antes de Fernando Diniz assumir a equipe – e até mesmo depois, principalmente após o empate com o Cruzeiro – a impressão era de que o acesso do Vasco teria se transformado em uma missão impossível. Agora, na sexta colocação e com o G4 a cinco pontos de distância, o que parecia uma impossibilidade é “apenas” difícil. Antes da vitória sobre o Brusque, tínhamos apenas 2% de chance de conseguir o acesso; agora, já são14%. Diniz e seus comandados precisam aproveitar o momento e manter a sequência positiva, que só aumenta a confiança do time e da torcida na volta à elite.

As atuações

Vanderlei – passou boa parte do jogo tentando matar a torcida do coração nos lances em que precisou usar os pés. Pra completar, falhou feio no lance do gol do Confiança.

Léo Matos – costumeiramente é um lateral que atua mais defensivamente, ainda assim, deixou muitos espaços pelo seu lado de campo. Acabou sacado no intervalo, quando Diniz resolveu acertar a bagunça que fez na escalação inicial. Gabriel Pec o substituiu e ajudou a tornar nosso ataque mais efetivo: participou da jogada do primeiro gol e fez a assistência para o segundo.

Ricardo Graça – mostrou firmeza e disposição na zaga e ainda marcou o gol da vitória mostrando boa antecipação no lance. Mas estava perdidinho no lance do gol do Confiança.

Leandro Castan ­– quase cometeu um pênalti em lance no qual perdeu o tempo da bola, mas foi útil principalmente nos momentos de maior pressão dos nossos anfitriões.

Riquelme ­– outra boa atuação do garoto, mostrando habilidade nas constantes subidas ao apoio sem comprometer na parte defensiva. Iniciou a jogada do segundo gol do Vasco antes de ser substituído pelo Walber, que no pouco tempo em que esteve em campo, fez pelo menos um corte importante em jogada aérea do adversário.

Bruno Gomes – se enrolou um pouco na marcação no começo da partida. Subiu de produção depois que Diniz reorganizou o time. Iniciou a jogada do segundo gol vascaíno.

Zeca – começando como volante, se embolou mais que ajudou. Voltou do intervalo como lateral e rendeu mais.

Marquinhos Gabriel – no bagunçado esquema do primeiro tempo, não conseguiu fazer muita coisa; na volta do intervalo, não conseguiu ajudar na criação. Sarrafiore entrou em seu lugar, se machucou com poucos minutos e ficou mancando em campo, no sacrifício, até o fim do jogo.

Nene – começou a partida numa posição demasiadamente recuada e foi muito discreto no primeiro tempo. No segundo tempo fez o de sempre: participou dos lances dos dois gols (incluindo a assistência para o primeiro).

Morato – quase marcou um golaço do meio de campo, mas na maioria do tempo não conseguiu superar a marcação do Confiança. Deu lugar ao Romulo, que entrou para ajudar a fechar mais o meio de campo quando tínhamos dois gols de diferença. Acabamos sofrendo o gol do Confiança depois da sua entrada.

Cano – “redesencantou” marcando um gol depois de quatro partidas em jejum. Além disso, tentou ajudar na marcação o quanto pôde. Daniel Amorim entrou em seu lugar no fim e mal tocou na bola.

Vasco precisa vencer o Confiança pra manter a confiança

O grupo treina
No centro das atenções: Nenê, no meio da roda de jogadores, treina para o jogo contra o Confiança (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)

O Confiança tem – além de um nome que ajuda muito na hora de se fazer trocadilhos – alguns motivos para entrar em campo contra o Vasco com a confiança em alta. Ainda que as possibilidades de escapar de um rebaixamento sejam remotas, o time sergipano ostenta uma sequência de cinco jogos de invencibilidade, incluindo aí duas vitórias em casa e um empate fora contra o líder Coritiba.

Mas fase por fase, nós também estamos num momento crescente e com objetivos mais nobres na competição. Com quatro jogos invictos e buscando, pela primeira vez no campeonato, uma sequência com três vitórias, Fernando Diniz e seus comandados ainda precisam conquistar muitos pontos para alcançar o G4.

Para isso, será bom não repetirmos uma atuação como a que tivemos no primeiro turno, com uma magra vitória por 1 a 0 na Colina, e com o Confiança tendo 60% da posse de bola ao fim da partida. Provavelmente isso não vai acontecer, já que os estilo do Cabo – ainda técnico do Vasco no primeiro jogo – e do Diniz são bem diferentes.

E, forçosamente, Diniz deve preferir uma formação mais ofensiva. Sem Andrey, contundido, o técnico vascaíno não colocará outro volante em seu lugar, mantendo Pec no time e recuando o Marquinhos Gabriel. A volta do Leo Matos ao time, que fará com que Zeca volte à lateral esquerda, pode ser um reforço na parte defensiva, já que Riquelme e sua vocação para o apoio voltarão ao banco.

Na situação na qual nos encontramos – neste momento da competição com 8% de chances de acesso – não podemos nos dar ao luxo de perder pontos, seja onde e contra quem for a partida. Se para continuarmos subindo na tabela precisarmos frear a reação do Confiança, jogando no seu estádio e diante da sua torcida (30% do público está liberado) não tem outro jeito; precisamos vencer.

Confiança-SE X  Vasco

Rafael Santos, Jonathan Bocão, Nirley, Adalberto e João Paulo; Madison, Jhemerson, Álvaro e Ítalo; Willians Santana e Lohan.

Vanderlei; Léo Matos, Leandro Castan, Ricardo Graça e Zeca; Bruno Gomes, Marquinhos Gabriel e Nenê; Morato, Cano e Gabriel Pec.

Técnico: Luizinho Lopes.

Técnico: Fernando Diniz.

Estádio: Arena Batistão. Data: 03/10/2021. Horário: 18h15. Arbitragem: Raphael Claus (SP). Assistentes: Daniel Paulo Ziolli (SP) e Fabrini Bevilaqua Costa (SP) VAR: Marcio Henrique de Gois (SP).

O canal Premiere transmite a partida para seus assinantes de todo o Brasil.