![Tensão: ainda no terceiro jogo no comando do Vasco e com semblante risonho de antes sumido, Pacheco entra sob pressão no jogo contra o Cruzeiro](https://blogdafuzarca.wordpress.com/wp-content/uploads/2024/06/imagem_2024-06-16_104521665.png?w=840)
Mesmo estando em São Paulo na última quinta-feira, resolvi, por opção, ignorar o jogo do Vasco contra o Palmeiras. O resultado, ainda que bastante esperado, provou que eu estava certo: com os problemas que todos os vascaínos já tem na vida, eventualmente é um alívio conseguir não se martirizar com outra derrota do seu time.
Fraqueza como torcedor? Talvez. Peço que não me julguem, ainda que imagine que muitos dos meus poucos leitores entendam o sentimento. De qualquer forma, estou eu aqui de novo, pronto para falar algumas platitudes sobre o jogo de hoje, contra o Cruzeiro. Um confronto que ganha contornos bastante dramáticos para o “homem da boina” por vários motivos.
O primeiro é o mais óbvio: não há treinador que não corra riscos de entrar pra fila do desemprego iniciando um trabalho com três derrotas, ainda mais com uma delas histórica pelo pior motivo possível. Todo mundo sabe que o Pacheco não é – nem poderia ser – o principal responsável pelos resultados nos seus dois primeiros jogos, mas algumas das suas escolhas em ambos foram bastante discutíveis. Uma terceira derrota, em casa, e contra um adversário que, TEORICAMENTE, não deveria estar em um nível tão acima do nosso (o que, na prática, se mostra um erro pela nossa pontuação e a da Raposa) será motivo mais que justificado para que a paciência do torcedor se esgote com o portuga.
O segundo motivo de tensão é o jogo ser na Colina. Será a primeira partida do Pacheco em casa e, se o treinador ficou encantado com a reação da torcida na classificação para as oitavas da Copa do Brasil, ele ainda não testemunhou como reagem as arquibancadas em derrotas, principalmente em um momento como o que o time atravessa. Nem dá pra falar que um resultado ruim teria efeitos imprevisíveis no Caldeirão hoje, porque todos sabemos: uma derrota muito provavelmente terminará em um merdauê daqueles de gerar matérias inflamadas, críticas veementes à torcida presente e punições rigorosas como sempre rolam com o Vasco.
O terceiro motivo é bastante prático e nada subjetivo: um resultado diferente de uma vitória sobre a equipe mineira pode nos jogar no Z4. Lugar aliás, que provavelmente já estaríamos se todos os times estivessem com o mesmo número de partidas (o Criciúma, por exemplo, com duas partida a menos, tem um desempenho melhor que o nosso). Ainda que o “profissionalimo tenha chegado” ao futebol vascaíno (com muitas aspas), três derrotas, vexame histórico e entrada na zona da confusão é uma sequência de fatos ruim demais para cravar que Pacheco não sofra consequências mais sérias em caso de uma derrota logo mais.
Diante disso tudo, é muito bom para o futuro a curto prazo do técnico português no comando do Vasco que seu time consiga conquistar três pontos hoje. Qualquer coisa diferente disso e a pressão sobre seu trabalho poderá se tornar insustentável (ainda mais bancando as escalações do Zé Delivery e do Galdames como volantes e barrando o Cocão, por exemplo).
Lembrando: o atual presidente do clube e que acumula o comando da SAF no momento também é, antes de tudo, um vascaíno convicto. Se acontecer o pior essa noite em São Januário, é complicado saber se as decisões tomadas ao fim do jogo virão da mente do Pedrinho administrador ou torcedor.
Campeonato Brasileiro 2024 |
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Vasco X Cruzeiro |
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Léo Jardim, Puma (Hugo Moura), João Victor, Maicon, Léo, Lucas Piton, Zé Gabriel, Galdames, David, Adson e Vegetti. | Anderson; William, Zé Ivaldo, João Marcelo e Marlon; Lucas Romero, Lucas Silva e Japa (Ramiro); Gabriel Verón, Robert e Rafa Silva. |
Técnico: Álvaro Pacheco. | Técnico: Fernando Seabra. |
Estádio: São Januário. Data: 16/06/2024. Horário: 18h30. Arbitragem: Rafael Rodrigo Klein (RS-FIFA). Assistentes: Rafael da Silva Alves (RS-FIFA) e Lucio Beiersdorf Flor (RS). VAR: Rafael Traci (SC) | |
TV: O Canal Premiere transmite para assinantes de todo o Brasil. |