Ainda mais desfalcado, Vasco encara o Juventude

Sem poder contar com o Pirata, o Vasco deve ter Clayton no ataque contra o Juventude
Sem poder contar com o Pirata, o Vasco deve ter Clayton no ataque contra o Juventude (📸 Leandro Amorim | Vasco)

O Vasco vai à Caxias do Sul em busca da primeira vitória sob o comando de Álvaro Pacheco, no confronto de hoje contra o Juventude.

Pensando em uma escala evolutiva do time, vencer fora de casa talvez não seja o passo que devamos esperar hoje. Depois de sofrer uma goleada histórica, perder outra partida fora de casa e ficar no empate contra o Cruzeiro em São Januário na última rodada, um empate fora de casa contra o clube gaúcho talvez seja o mais lógico.

Ainda mais se pensarmos nos desfalques do time – com Payet e Vegetti fora, talvez Piton também – e nas escolhas misteriosas do homem da boina (JV e DVD fora, Galdames e talvez Rossi dentro) para os titulares. O Juventude é daqueles adversários que boa parte da torcida considera “vergonha” perder
pontos, mas essa é uma opinião que ignora completamente o momento de ambas as equipes. Achar que o Vasco tem o dever de ganhar hoje apenas porque temos mais tradição é coisa de torcedor irracional: com um jogo a menos que nós, o alviverde gaúcho tem três pontos a mais na tabela e ainda ostenta uma invencibilidade de três meses no Alfredo Jaconi.

Já o Vasco do técnico lusitano….na prática, ainda não tem resultados (e nem uma cara) para se arvorar de qualquer tipo de favoritismo contra qualquer adversário.

Diante disso, um empate hoje – com o time se impondo minimamente, ainda que seja 100% transpiração e 0% inspiração, como contra a Raposa – já estaria sim de bom tamanho. Mais por iniciar uma sequência sem derrotas – o que daria mais um tempinho de paciência ao Pacheco – do que para efeitos de classificação, já que um ponto hoje não nos garantirá fora do Z4 ao fim da rodada.

É uma merda, não condiz com nossa tradição, mas é o que temos pra hoje: a necessidade de manter as expectativas baixas e – até por isso – Clayton no comando do ataque.

Campeonato Brasileiro 2024

Juventude-RS X Vasco

Gabriel Vasconcelos; João Lucas, Danilo Boza, Zé Marcos (Rodrigo Sam) e Alan Ruschel; Caíque, Jadson e Nenê; Lucas Barbosa, Marcelinho e Gilberto. Léo Jardim, Paulo Henrique, Maicon, Léo, Victor Luís (Lucas Piton); Zé Gabriel, JP (Sforza) e Galdames; Rossi (David), Adson e Clayton.
Técnico: Roger Machado. Técnico: Álvaro Pacheco.
Estádio: Alfredo Jaconi  Data: 19/06/2024. Horário: 20h. Arbitragem: Paulo César Zanovelli da Silva (Fifa-MG). Assistentes: Fabrício Vilarinho da Silva (Fifa-GO) e Felipe Alan Costa de Oliveira (MG). VAR: Gilberto Rodrigues Castro Júnior (PE).
TV: o Canal Premiere transmite para assinantes de todo o Brasil.

De novo nos penais, Vasco avança na Copa do Brasil

Voa, Leo Jardim: depois de falhas ao longo do jogo, goleiro vascaíno defende cobrança na disputa de penais e garante a classificação
Voa, Leo Jardim: depois de falhas ao longo do jogo, goleiro vascaíno defende cobrança na disputa de penais e garante a classificação (📸: Leandro Amorim | Vasco)

NENHUM vascaíno – ou pelo menos nenhum vascaíno realista – acreditou que a classificação para as oitavas de final da Copa do Brasil contra o Fortaleza seria fácil, mesmo depois de termos conseguido segurar o empate no jogo de ida e podermos decidir a vaga na Colina.

A classificação veio e, surpreendendo um total de zero torcedores (realistas), foi com um sacrifício tremendo, depois de um 3 a 3 decepcionante com o time cearense e uma disputa de penais que só se resolveu na última cobrança, defendida pelo Leo Jardim.

Mas se foi um perrengue passar pelo modesto Água Santa na segunda fase, porque haveríamos de esperar algo diferente contra o Fortaleza, um adversário obviamente mais forte, melhor treinado e com um trabalho consolidado há anos? Mesmo com desfalques, o tricolor cearense foi melhor na maior parte do tempo, pressionando nossa saída de bola e encontrando muita facilidade para construir as jogadas já na nossa intermediária. Com uma marcação forte, o Leão anulou com facilidade o Francês e, consequentemente, nossa capacidade criativa no meio de campo. Ir para o intervalo com um empate foi lucro para o time do ex-interino Rafael Paiva, que encontrou um penal salvador pouco depois de ver o adversário abrir o placar (a bem da verdade, muito mais por conta das nossas falhas que pelos seus méritos).

No segundo tempo as coisas melhoraram um pouco, estranhamente depois do Fortaleza abrir nova vantagem (de uma maneira que só aconteceria com o Vasco, com um gol “desinvalidado“). O somatório de um certo relaxamento do tricolor após o gol e do seu cansaço fizeram com que cedessem mais espaços e o Payet pudesse participar mais da partida. Em 20 minutos, o Francês participou de duas jogadas que nos fizeram virar o jogo, com Vegetti – marcando pela segunda vez – e Piton balançando as redes.

Mas a alegria durou pouco: cinco minutos depois, depois do nosso meio de campo mais uma vez dar um espaço tremendo, o Fortaleza empatou o jogo com um chute de longe, que Leo Jardim aceitou. Para compensar, o próprio fez uma boa defesa no fim, garantindo o empate e levando a decisão para a disputa de pênaltis. E no momento “loteria” do jogo, o Vasco foi melhor, convertendo as cinco cobranças e levando a vaga com nosso goleiro defendendo a última cobrança.

A classificação suada serviu para amenizar o clima em São Januário, conturbado não apenas pelo desempenho do time, mas por toda confusão envolvendo a gestão do associativo, a 777 e a SAF.  Álvaro Pacheco, apresentado ontem, assumirá a equipe com uma pressão a menos e – pelo menos por enquanto – contando com o apoio incondicional da torcida. Mas a vida do técnico Pink Blinder não será um mar de rosas, algo que ele já deve ter percebido, já que assistiu o jogo no estádio: o portuga da boina certamente sabe que terá um longo trabalho para acertar o time.

As atuações

Leo Jardim – foi de vilão – falhou no primeiro gol e tomou o terceiro em uma bola defensável – a herói ao fazer uma defesa decisiva quando o jogo já estava empatado e defendendo a última cobrança de pênalti do Fortaleza.

João Victor – como não poderia deixar de ser, falta-lhe o cacoete no apoio. Vinha fazendo uma partida apenas correta defensivamente, mas foi sacado em um momento mais agudo do jogo por já ter um amarelo. Puma Rodiguez entrou em seu lugar e acabou sendo decisivo: acertou a assistência para o segundo gol do Vasco (vindo pela esquerda) e converteu sua cobrança de pênalti com categoria.

Maicon – até foi importante cortando bolas alçadas à nossa área, mas vacilou em momentos capitais. Muito nervoso com a marcação alta do Fortaleza, iniciou a jogada do primeiro gol deles ao dar um passe mais que quadrado para o João Vitor (que, em outra saída de bola equivocada do zagueiro, fez falta que o deixou pendurado). No lance do segundo gol do adversário, foi facilmente driblado com uma caneta constrangedora.

Leo – penou no primeiro tempo com a facilidade que o adversário teve para chegar à nossa área, mas não chegou a comprometer.

Lucas Piton – mesmo não sendo tão presente no apoio como de costume, também foi decisivo na classificação: o penal a nosso favor surgiu em lance no qual o lateral disputaria a bola, marcou o terceiro gol do Vasco e converteu sua cobrança.

Sforza – mesmo sem ter ao seu lado quem o ajude a carregar o piano do combate pelo meio, se destacou pela consciência da sua atuação. Não deu a menor chance de defesa na sua cobrança de pênalti.

Galdames – mesmo que não tenha cometido falhas imperdoáveis, não dá pra sumir como fez em uma partida decisiva. Faltou chamar a responsa. Matheus Carvalho entrou em seu lugar para aumentar a pegada no setor e conseguiu.

Payet – no primeiro tempo, sofreu com a forte marcação adversária. Ainda assim, foi quem lançou a bola que ocasionou o pênalti do Marinho. No segundo tempo, com mais espaço, participou dos outros dois gols vascaínos. Abriu a série de penais convertendo o seu.

Adson – perdeu uma chance clara no primeiro tempo, mas provou com sobras que não pode bancar para o Rossi. Deu trabalho à zaga adversária, ajudou na recomposição e puxou o contra-ataque que terminou com nosso segundo gol. Paulo Henrique entrou em seu lugar para reforçar a marcação na reta final da partida. Nesse tempo, o lateral levou um amarelo e o Vasco, o gol de empate.

David – a intensidade de sempre, mas não conseguiu ser efetivo na mesma medida. A se destacar, o passe para Adson iniciar o contragolpe no segundo gol. Rayan o substituiu e participou da troca de passes que terminou no gol do Piton.

Vegetti – em noite inclemente, o Pirata foi imprescindível para a classificação. Converteu os dois penais – um no primeiro tempo, outro na disputa de pênaltis- que cobrou e marcou o segundo, de cabeça.

Vasco recebe o Fortaleza por vaga nas oitavas da Copa do Brasil

Payet volta, Paiva sai: confronto contra o Fortaleza terá ´retorno do Francês ao time e despedida do técnico interino
Payet volta, Paiva sai: confronto contra o Fortaleza terá ´retorno do Francês ao time e despedida do técnico interino (📸: Leandro Amorim | Vasco)

O Brasileirão parou, o Vasco ficou quase 10 dias só treinando e chegamos hoje à decisão para um vaga nas oitavas da Copa do Brasil conta o Fortaleza sem saber exatamente o que esperar do time (dentro e fora de campo).

Enquanto o noticiário esportivo focava ora no imbróglio entre o Pedrinho e a 777, ora na chegada do Álvaro Pacheco, Rafael Paiva teve um bom tempo para treinar a equipe e tentar fechar seu ciclo como interino com um saldo positivo. Independente de estatísticas de desempenho – um empate, uma derrota e uma vitória, com 44% de aproveitamento, não são motivo para festejos – se o Paiva conseguir fazer o Vasco chegar às oitavas-de-final, poderá tirar uma onda: desde 2021 não conseguimos ir tão longe na competição.

Para isso, o futuro ex-interino deve manter o time que bateu o Vitória na última partida. Diferente do jogo da ida, teremos o Francês no meio de campo, o que certamente nos fará ter alguma efetividade na criação (algo inexistente na partida no Castelão). Ainda assim, é bom que o time não faça como no confronto contra o rubro-negro baiano, no qual esperou passar todo o primeiro tempo para começar a jogar bola.

O Fortaleza é um adversário mais qualificado que o Vitória e, mesmo com alguns desfalques, demandará mais atenção e empenho do Vasco para que consigamos a classificação vencendo. Podemos levar a vaga com um empate também, mas aí é a tal “loteria” dos pênaltis. E seria bom que o time não dependesse tanto do Léo Jardim – o herói vascaíno no primeiro confronto – dessa vez e conseguisse a bater o time cearense nos 90 minutos.

Copa do Brasil 2024

Vasco X Fortaleza

Léo Jardim, João Victor, Maicon, Léo, Lucas Piton, Sforza, Galdames, Payet, Rossi (Adson), David e Vegetti. João Ricardo, Tinga, Kuscevic, Titi, Bruno Pacheco; Zé Welison, Hércules, Pochettino; Yago Pikachu, Machuca e Lucero.
Técnico: Rafael Paiva (interino). Técnico: Juan Pablo Vojvoda.
Estádio: São Januário. Data: 21/05/2024. Horário: 21h30. Arbitragem: Wilton Pereira Sampaio (GO-Fifa). Assistentes: Bruno Boschilia (PR-Fifa) e Felipe Alan Costa de Oliveira (MG). VAR: Wagner Reway (PB-VAR-Fifa).
TV: O Canal Premiere transmite para assinantes de todo o Brasil.

Vasco supera a própria irregularidade e bate o Vitória na Colina

Abrindo o placar contra o Vitória, Maicon marcou seu primeiro gol pelo Vasco
Abrindo o placar contra o Vitória, Maicon marcou seu primeiro gol pelo Vasco (📸: Leandro Amorim | Vasco)

Na entrevista que concedeu no final do jogo de ontem, Payet declarou que o “Vasco precisa saber terminar as partidas“. LONGE DE MIM querer contestar o sujeito que fez as duas assistências pros gols que garantiram nossos três pontos contra o Vitória, mas na minha modesta opinião, o Vasco também está precisando saber INICIAR suas partidas.

E depois do primeiro tempo terrível que vimos ontem, duvido que essa seja uma opinião solitária. Ainda que o Vasco tenha conseguido, em parte, fazer uma das tais “partidas controladas” na etapa inicial, em vários momentos o Vitória só não criou problemas graves porque – tentando manter o devido respeito ao time baiano – mostrou uma limitação tremenda no ataque. Erros de posicionamento defensivo deixaram muitos espaços para o adversário nos atacar e, em vários momentos, eles foram bem mais agressivos que nós, como se a necessidade da vitória fosse apenas do Vitória.

Ofensivamente, também fomos muito ineficientes. Nas raras vezes que conseguimos superar a marcação rubro-negra, finalizamos mal ou nem isso. Pelo que apresentamos nos primeiros 45 minutos, pra chegarmos a um gol, só mesmo se a arbitragem fizesse seu trabalho direito e marcasse o grosseiro pênalti sofrido pelo Galdames, só menos grosseiro que o erro do VAR ao não assinalar a infração.

Ainda bem que no segundo tempo o time voltou melhor e conseguiu resolver a questão antes dos 12 minutos: depois de uma atuação discreta na etapa inicial, o Francês fez duas assistências em seis minutos e resolveu a partida com as ajudas do Maicon e do Pirata. Poderíamos ter marcado outros, passamos um sufoco no fim por conta de um cochilo defensivo, mas conseguimos manter a vantagem até o apito final.

Era uma vitória indispensável, não apenas por nos tirar do Z4 e dar uma tranquilizada no ambiente antes de um clássico, mas também por ser um confronto direto na luta para fugir da zona da confusão. É deprimente ver o Vasco, numa sexta rodada de Brasileirão, estar com esse tipo de preocupação, mas é o que temos pra hoje. Que as questões apontadas pelo Francês – e as não apontadas também – sejam corrigidas o mais rápido possível e que nossos próximos confrontos diretos sejam por disputas pelo posições mais nobres na tabela.

Na As atuações

Léo Jardim – não chegou a ser extremamente exigido na partida. No lance do gol, até permitiu o rebote em um primeiro chute, mas se o Vitória não tivesse marcado, seria mais uma defesa difícil pra conta do goleiro.

João Victor – não dava pra contar com o zagueiro improvisado sendo uma arma no apoio, mas compensou defensivamente. Paulo Henrique o substituiu no fim, aparentemente, apenas para pagar sua cota de irritação para a torcida.

Maicon – bem nas antecipações, bolas altas e combates diretos, ainda abriu o placar para o Vasco em um momento importante da partida.

Léo – fez uma partida regular, sem nada que comprometesse sua atuação. Tentou ajudar na saída de bola.

Lucas Piton – um primeiro tempo que reforçou a impressão de queda de desempenho. Melhorou junto com o time no segundo tempo, sendo mais presente no apoio, mas seus cruzamentos não foram precisos.

Sforza –  não fugiu da responsa de ser o principal marcador no meio de campo e ajudou na saída de bola. E ainda se revelou uma boa opção para a cobrança de faltas: quase marcou um golaço, obrigando o goleiro adversário a fazer grande defesa para evitar o que seria seu gol de falta.

Galdames – alguns erros de posicionamento no primeiro tempo deram espaço demais ao adversário, ainda assim, fez uma partida acima da sua média. Na primeira etapa, apareceu em lances de perigo quando chegou à frente, fazendo a finalização mais perigosa do time, dando uma assistência (desperdiçada pelo David) e sofreu um pênalti escandaloso não marcado. No segundo tempo conseguiu ser mais consistente defensivamente, sem deixar de arriscar algumas chegadas à área. Mateus Carvalho entrou em seu lugar  e acabou vacilando no gol do Vitória, errando um passe fácil e perdendo a chance de recuperar a bola antes da primeira finalização do lance.

Payet – uma atuação que lembrou o Vovô Nenê: um primeiro tempo discreto, levando a pior com a marcação adversária (mas ainda assim conseguindo uma finalização perigosa, no lance do penal não marcado). Aí, no segundo tempo, foi lá  e resolveu, fazendo as assistências para os dois gols vascaínos. Deu lugar ao Praxedes, cuja maior contribuição pro resultado foi ter levado um tabefe, provocando a expulsão de um jogador do Vitória quando o adversário tentava pressionar pelo empate.

Rossi – digno de nota, apenas uma recuperação quando fazia a recomposição defensiva e conseguiu cortar um contra-ataque. No ataque, foi uma nulidade. O que torna inexplicável a reserva imposta ao Adson. Mesmo não sendo um craque, é muito mais útil na frente, criando jogadas com velocidade e dando trabalho aos seus marcadores sem medo de arriscar dribles. Vinha bem mas acabou sentindo no fim e deu lugar ao  Puma, que pelo menos não teve tempo para aparecer (ou comprometer o resultado).

David – muito participativo, obriga que a defesa adversária fique atenta o tempo todo. Mas ontem estava em um dia de Deivid, já que perdeu pelo menos duas grandes chances para marcar finalizando mal ou não conseguindo executar bem algum movimento. Precisa melhorar sua tomada de decisão também.

Vegetti – o empenho de sempre, mas foi pouco acionado. Mas é aí que um centroavante mostra sua eficiência: finalizou apenas duas vezes e deixou o seu.

Hoje, a vitória é o único resultado aceitável para o Vasco

Contra o Vitória, João Vitor vai improvisado na lateral direita
Contra o Vitória, João Vitor vai improvisado na lateral direita (📸 Leandro Amorim | Vasco)

Usando de uma franqueza que nem se justifica pelo que o Vasco tem apresentado em campo, o jogo de hoje é daqueles que qualquer torcedor pode falar: se a gente não vencer o Vitória em casa, vai empatar com quem?

Os caras não venceram ninguém, o único ponto conquistado foi na base da rivalidade com o Bahia e nem em casa os caras estão conseguindo ganhar. O rubro-negro baiano está tão mal que consegue a proeza de estar abaixo de nós na tabela!

Mas aí temos que lembrar dos poréns…Eles estão atrás da gente, sim, mas têm um jogo a menos. E, verdade seja dita, eles pegaram uma tabelinha bem cruel nesse começo de Brasileiro (Palmeiras, São Paulo e Cruzeiro). E como o jogo adiado deles seria contra o Cuiabá, a partida menos complicada do Vitória até agora é justamente a contra o Vasco.

Chatão ler isso. Mas como negar?

Então, é óbvio que os baianos chegarão em São Januário nos considerando o adversário ideal para começar uma virada na competição (e, depois da goleada que sofremos na Colina para o Criciúma, dá pra achar que os caras estão viajando?). Cabe ao time do interino Rafael Paiva evitar que isso aconteça. Até porque, esse lance de “virada no Brasileiro” também é nossa pauta pra hoje.

Para conseguir isso, o interino fará mudanças no time que perdeu para o Furacão na última rodada. Payet volta ao time – esperamos em melhores condições que no seu último jogo – e João Vitor assumirá a lateral direita (o que mostra o quanto estamos bem servidos com PH e Puma). Muito provavelmente o JV parte do jogo como um terceiro zagueiro mesmo, até porque, o meio de campo hoje estará naquele jeito “marca-fofo“, com gringos Galdames e Sforza acompanhando o Francês no setor. Se essa meiuca gringa conseguir dar mais criatividade ao time, TALVEZ compense a falta de pegada no combate.  E aí, é contar que a dupla DVD Pirata faça a sua parte lá na frente (já que com o Rossi só podemos contar com uma substituição no intervalo. Ou antes).

O Vitória, como aparentemente qualquer time que tenhamos que enfrentar atualmente, não deve ser molezinha. Ainda assim, vencer é a única opção que o Vasco tem para não se afundar ainda mais na tabela e na crise.

Campeonato Brasileiro 2024

Vasco X Vitória

Léo Jardim, João Victor, Maicon, Léo, Lucas Piton, Sforza, Galdames, Payet, Rossi, David e Vegetti. Lucas Arcanjo; Zeca (Willean Lepo), Bruno Uvini (Camutanga), Reynaldo e PK; Willian Oliveira, Dudu e Rodrigo Andrade; Matheusinho, Mateus Gonçalves (Iury Castillho) e Janderson.
Técnico: Rafael Paiva (interino). Técnico: Léo Condé.
Estádio: São Januário. Data: 12/05/2024. Horário: 18h30. Arbitragem: Raphael Claus (SP-Fifa). Assistentes: Alex Ang Ribeiro (SP-Fifa) e Daniel Luis Marques (SP). VAR: Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral (SP-VAR-Fifa)
TV: O SporTV e o Canal Premiere transmitem para assinantes de todo o Brasil.

Fortaleza e Copa do Brasil são os menores problemas do Vasco hoje

Rojas deve fazer parte do "ferrolho" que o técnico interino do Vasco fará contra o Fortaleza hoje
Rojas deve fazer parte do “ferrolho” que o técnico interino do Vasco fará contra o Fortaleza hoje (📸: Leandro Amorim | Vasco)

É dever de todo torcedor acreditar e ter fé que seu time se sairá bem em toda competição que participa. Mas, sejamos realistas: hoje, o vascaíno tem muito mais com o que se preocupar do que a Copa do Brasil ou o jogo de hoje contra o Fortaleza.

Claro que torcer que voltemos do Castelão com um resultado que pelo menos não nos tire as esperanças de chegar às oitavas de final da competição, todos nós torceremos. Mas o momento – desde o sorteio do confronto, no qual poderíamos ter tido melhor sorte – não é nada favorável. Time mal no Brasileirão, goleado em casa na última rodada, sem um técnico oficial, com problemas sérios de gestão por conta da 777….Mais incerto que o futuro do Vasco na Copa do Brasil é o futuro do clube de um modo geral.

Talvez por isso o interino Rafael Paiva tenha dado indicações de que montará a equipe de forma beeeeeeeeem cautelosa. Três zagueiros e três volantes, provavelmente com a intenção de evitar uma outra sacolada de gols pra cima da gente.  Como Payet e Medel mostraram estar fora de ritmo contra o Criciúma (o primeiro nem relacionado foi), Cocão e Rojas assumirão seus lugares. Como a bola chegará à dupla DVD Pirata é um mistério. Mas com esse monte de defensores em campo, o Fortaleza deve ter – ESPERAMOS 🙌 – uma dificuldade maior para chegar ao Léo Jardim.

Talvez a atitude correta para o time seja reconhecer o tamanho da crise que o clube vive e relativizar a importância dessa partida. Encarar a disputa da seguinte forma: um bom resultado será ótimo para melhorar o clima, mas um resultado ruim será apenas mais uma gota de chuva na tempestade que atravessamos. Encarando o fato de que temos mais a ganhar que a perder, boa parte da pressão do jogo diminui.

Copa do Brasil 2024

Fortaleza x Vasco

 João Ricardo, Tinga, Brítez, Titi, Bruno Pacheco; Lucas Sasha, Pedro Augusto e Kervin Andrade; Marinho, Moisés (Breno Lopes) e Renato Kayzer. Léo Jardim, Paulo Henrique, Rojas, Maicon, Léo, Lucas Piton, Sforza, Hugo Moura, Mateus Cocão, David e Vegetti.
Técnico: Juan Pablo Vojvoda. Técnico: Rafael Paiva (interino).
Estádio: Arena Castelão. Data: 01/05/2024. Horário: 19h. Arbitragem: Matheus Delgado Candançan (SP). Assistentes: Alex Ang Ribeiro (SP-Fifa) e Daniel Paulo Ziolli (SP). VAR: Daniel Nobre Bins (RS-VAR-Fifa).
TV: O SporTV e o Canal Premiere transmitem para assinantes de todo o Brasil.

Vasco ‘visitante’ busca recuperação contra o Flu na Arena Maracanã

Responsável direto pelo resultado negativo contra o Bragantino, Léo Jardim pode se reabilitar no clássico contra o Laranjal
Responsável direto pelo resultado negativo contra o Bragantino, Léo Jardim pode se reabilitar no clássico contra o Laranjal (📸 Leandro Amorim | Vasco)

Não sei exatamente porque, mas tenho a impressão que, nos últimos anos – sempre que estamos na elite, obviamente – o Vasco é sempre o primeiro a encarar um clássico regional no Brasileirão. O jogo de hoje com o laranjal só reforça isso, ainda que possa ser apenas uma impressão.

O que não é uma impressão é que pegamos uma tabelinha complicada nesse começo de competição. Não sei se algum outro time teve nas três primeiras rodadas apenas adversários classificados pra Libertadores desse ano (o Bragantino já rodou, mas Grêmio e Flu seguem na fase de grupos).

Muitos podem dizer que a ordem dos oponentes não faz diferença, já que temos que encarar todos. Mas na prática não é assim: um começo ruim de Brasileirão e estar nas últimas posições da tabela logo nas primeiras rodadas é ruim por já jogar pressão no time desde o início. E encarar três pedreiras já na largada, com duas delas em sequência jogando como visitante aumenta o risco de resultados ruins.

E até poderíamos não ser os visitantes hoje, se a pinimba dos tricoflores com o Vasco não seguisse inabalável. Mas dessa vez acho que nosso lado também vacilou: não fechar um acordo para meiar a Arena por causa da arenga velha sobre o lado da torcida acabou prejudicando o próprio torcedor, que teve bem menos ingressos ao seu dispor.

Não que eu ache desimportante a questão: o Vasco teria, por direito conquistado, que destinar o lado que quisesse no Maracanã e é uma injustiça histórica uma concessão cheia de maracutaias impedir isso. Mas, depois de anos nesse lenga-lenga, todos já deveríamos ter entendido que esse estádio da Radial Oeste pode até ainda se chamar Mário Filho, mas faz um tempo que não é mais o MARACANÃ.

(parênteses: os mais observadores já devem ter percebido que não chamo o estádio dessa forma há anos. O que hoje é Arena jamais será o Maraca. Fecha parênteses)

Mas mesmo tendo apenas 4 mil vascaínos nas arquibancadas, temos que encarar os “locatários da casa“. E o Flu entra em campo mais pressionado, já que ainda não venceu no Brasileiro e perder um clássico não vai ajudar nada a melhorar o clima no Laranjal. Então os caras virão com tudo, ainda mais se lembrarmos que o tricolor não vence o Vasco três partidas.

Já do nosso lado, ainda que estejamos numa posição melhor na classificação, precisamos voltar a vencer depois da injusta derrota da última rodada. E nada melhor para aumentar a moral de uma equipe que bater um grande rival. Mas seguimos com problemas: Don Ramón ainda não pode contar com Payet e Medel e o treinador ainda não anunciou se volta com o esquema com três zagueiros no clássico. Com uma atuação apagada contra o RB Bragantino, PH pode dar lugar ao João Victor, que formaria a zaga com Léo e Maicon. No meio e no ataque, devemos seguir com três volantes e  com Rossi fechando com a dupla DVD Pirata o trio ofensivo.

Com tudo isso, teremos uma partida complicada, como geralmente é todo clássico, mesmo sem desfalques importantes como teremos. Corremos grande risco de vermos novamente aquele monte de bolas alçadas à área pela falta de articulação do time. Mas pode dar certo, desde que nossos atacantes estejam mais inspirados e que não cometamos erros individuais primários (pra não chamar de falhas bisonhas) na defesa.

Campeonato Brasileiro 2024

Fluminense X Vasco

Fábio; Samuel Xavier, Felipe Melo, Manoel, Marcelo; André, Martinelli, Ganso; Arias, Marquinhos, Cano. Léo Jardim, Paulo Henrique (João Victor), Maicon, Léo, Lucas Piton; Sforza, Galdames, Mateus Carvalho, Rossi, Vegetti e David.
Técnico: Fernando Diniz. Técnico: Ramón Diaz.
Estádio: Arena Maracanã. Data: 20/04/2024. Horário: 16h. Arbitragem: Wilton Pereira Sampaio (FIFA). Assistentes: Bruno Boschilia (FIFA) e Leone Carvalho Rocha. VAR: Rodolpho Toski Marques (VAR-FIFA).
TV: o Canal Premiere transmite para assinantes de todo o Brasil.

Com mais um desfalque importante, Vasco encara o RB Bragantino

Esperança de gols hoje, Vegetti já balançou a rede do Nabi Abi Chedid pelo Vasco
Esperança de gols hoje, Vegetti já balançou a rede do Nabi Abi Chedid pelo Vasco (📸 Leandro Amorim | Vasco)

O Vasco começa o Brasileiro aparentemente passando por um teste de estresse. Não da torcida (que já se acostumou com isso), mas da capacidade de adaptação seu elenco: a cada rodada perdemos um titular e Don Ramón tem que se virar para manter a competitividade da sua equipe.

Conseguimos nos virar  – até bem, diga-se – sem o Francês na vitória sobre o Grêmio na estreia pelo Brasileirão. E hoje, além do Payet continuar fora, também não contaremos com o Medel, dispensado para visitar a mãe, adoentada, no Chile. Serão dois desfalques sérios contra o RB Bragantino, mais uma pedreira que temos pela frente.

Pedreira que nenhum vascaíno deve ter esquecido, tão recente ainda é a última rodada do Brasileirão do ano passado. Mesmo sem muito pelo que brigar e contra um Vasco desesperado por 3 pontos e jogando com seu estádio lotado, o time de Bragança vendeu muito caro sua derrota.  E agora, quando eles são nossos anfitriões, com o campeonato começando e depois de um empate na primeira rodada, certamente o time do energético vai nos trazer ainda mais complicações na busca pela sua primeira vitória.

Cabe ao Ramón Diaz bolar um jeito da sua equipe não sentir as ausências que terá. Aparentemente, o “pruefessor” deve seguir a máxima de não mexer em time que está ganhando: é colocar o João Vitor no lugar do Medel e manter o time que bateu o tricolor gaúcho no domingo. A princípio, isso é o mais lógico e mais seguro. Mas para dar certo, não podemos ter apagões como o que sofremos no gol gremista. Com isso, é aguentar a pressão que o Bragantino deve tentar impor e esperar o momento certo para dar o bote.

Sendo realista, voltar de Bragança Paulista com um empatezinho  não seria terrível. Mas é aquilo: se você viveu nos últimos 20 anos e ainda é vascaíno, é bem difícil que seja adepto do realismo. Então, estarei à frente da TV esperando por aquele 1 a 0 sofrido e mais três pontos na nossa conta.

Campeonato Brasileiro 2024

RB Bragantino X Vasco

Lucão, Andrés Urtado, Douglas Mendes, Luan Cândido e Juninho Capixaba; Jadsom, Eric Ramires e Gustavinho; Henry Mosquera, Vitinho e Eduardo Sasha. Léo Jardim, Paulo Henrique, João Victor, Léo, Lucas Piton; Sforza, Galdames, Mateus Carvalho; David, Rossi e Vegetti.
Técnico: Pedro Caixinha. Técnico: Ramón Diaz.
Estádio: Nabi Abi Chedid. Data: 17/04/2024. Horário: 19h. Arbitragem: Paulo César Zanovelli da Silva. Assistentes: Guilherme Dias Camilo e Fernanda Kruger. VAR: Charly Wendy Straub Deretti.
TV: o Canal Premiere transmite para assinantes de todo o Brasil.

Vasco estreia no Brasileirão mais uma vez em meio à incerteza

Incertezas na estreia: se os gestores do Vasco não se resolvem, sobra para Don Ramon e Emiliano quebrarem a cabeça já no primeiro jogo do Brasileiro
Incertezas na estreia: se os gestores do Vasco não se resolvem, sobra para Don Ramon e Emiliano quebrarem a cabeça já no primeiro jogo do Brasileiro (📸 Matheus Lima | Vasco)

Amanhã a estreia do Vasco SAF em Campeonatos Brasileiros completará um ano: no dia 15 de abril de 2023, o cruzmaltino foi à BH e venceu o Galo no Mineirão, ainda na “Era Barbieri“. No pré-jogo, tinha dito aqui no Blog que estrearíamos no Brasileirão entre a alegria e a incerteza.

Hoje, o Vasco gerido pela 777 Partners iniciará seu segundo brasileiro contra o Grêmio, dessa vez em casa. E passados 365 dias (por conta do ano bissexto), a sensação que a torcida tem é que as incertezas continuam e os motivos para se alegrar são menores. Se é que existem.

Ano passado, o jogo contra o Atlético-MG era o retorno do Vasco à elite, depois de amargarmos dois anos na Série B e de um acesso complicadíssimo. Não sabíamos como passaríamos pelo Campeonato, mas disputar a Série A já era motivo de sobra para o torcedor estar radiante e esperançoso.

Mas o restante da temporada foi minando a alegria e a esperança de todos. As expectativas com a 777 não se concretizaram e passamos outro Brasileiro fugindo de mais um rebaixamento, o que só aconteceu – com muita luta – na última rodada.

Mudou o ano e não dá mais pra manter a visão romântica do Vasco empresa. Os processos burocráticos da 777 seguem criando problemas para os responsáveis por reforços e o futebol do clube segue gastando muito e contratando mal. Prova disso? Payet se machucou, desfalca o time contra o Grêmio e, por conta disso, Don Ramon deve escalar um time sem um armador, com três volantes (e um deles pode ser o Zé Gabriel).

No ataque, ainda que tendo mais opções, o quebra-cabeças continua. Até o desprestigiado Rossi pode acabar em campo, ao lado do Pirata e Clayton. David e Adson também disputam a vaga.

Resumindo: o Vasco começa mais um Campeonato Brasileiro com muitas incertezas, com deficiências claras no elenco e sem podermos apontar com um mínimo de certeza com qual esquema entraremos em campo. E isso, contra um adversário quem inicia a competição com status de favorito a pelo menos uma vaga no G4 e que já chega precisando de um bom resultado depois de uma largada terrível na Libertadores desse ano.

Como os gestores da SAF não conseguem fazer seu trabalho a contento, quem tem que se virar é o técnico. Que Don Ramón e Emiliano consigam compensar a incompetência extracampo com a bola rolando.

Campeonato Brasileiro 2024

Vasco X Grêmio

Léo Jardim, João Victor, Medel, Léo, Lucas Piton, Zé Gabriel (Mateus Carvalho), Sforza, Galdames (David), Adson, Clayton e Vegetti. Marchesín (Caíque); João Pedro, Geromel, Kannemann e Cuiabano; Villasanti, Pepê e Franco Cristaldo; Gustavo Nunes, Pavón e Diego Costa.
Técnico: Ramón Diaz. Técnico: Renato Gaúcho.
Estádio: São Januário. Data: 14/04/2024. Horário: 16h. Arbitragem: Flávio Rodrigues de Souza (SP-Fifa). Assistentes: Alex Ang Ribeiro (SP-Fifa) e Daniel Luis Marques (SP). VAR: Daiane Muniz (SP-Fifa).
TV: a TV Globo transmite para o RJ e parte da rede. O Canal Premiere transmite para assinantes de todo o Brasil.

Vasco detona a Lusa com show de Payet e chega com moral à semifinal

Dupla mortal: com dois gols e três assistências, Vegetti - e principalmente - Payet conduziram o Vasco à goleada e à semifinal
Dupla mortal: com dois gols e três assistências, Vegetti – e principalmente – Payet conduziram o Vasco à goleada e à semifinal (📸: Leandro Amorim | Vasco)

O Vasco entrou em campo já sabendo que precisava ganhar da Lusa para seguir na briga pelo título do Estadual. Se esse fato poderia aumentar a pressão sobre o time, o efeito passou despercebido. Ainda que a Portuguesa tenha nos dado algum trabalho no primeiro tempo, exercendo uma marcação com linhas altas, o Gigante não tomou conhecimento do adversário, abrindo o placar com menos de quatro minutos de bola rolando e chegando no apito final aplicando uma goleada por 4 a 0 sobre nosso adversário.

O trabalho foi bastante facilitado pelo Payet, que desequilibrou a balança do jogo de forma inapelável. O Francês resolveu jogar bola e muito provavelmente teve a melhora atuação individual do Estadual até agora. E pra completar o problema da Lusa, Payet contou com a coadjuvância de um Vegetti também querendo jogo. Com um gol cada e três assistências (duas francesas e uma argentina), a dupla arquitetou a goleada.

Foi uma vitória contundente, sobre um adversário bem treinado – que deu trabalho ao longo da Guanabara, como lembrei ontem, só tinha perdido para um dos grandes do Rio e por um apertado 2 a 1 – e em muitos momentos com o Vasco mostrando um futebol envolvente como não víamos há um bom tempo. Uma vitória que nos permite chegar com moral à semifinal contra o Nova Iguaçu.

Mas (e sempre tem um “mas“)…

É um perigo nos prendermos apenas aos pontos positivos, principalmente em um momento no qual a exigência da competição ficará maior.  Durante o primeiro tempo, tivemos problemas demais com a marcação avançada da Lusa, que atrapalhou bastante nossa saída de bola. Ainda que a Portuguesa tenha um time arrumadinho, é inegável que o Nova Iguaçu tem uma capacidade maior de nos complicar a vida. Esse é um ponto que Don Ramón – que, é preciso dizer, foi quase completamente resolvido após o intervalo – precisa levar em consideração na semifinal.

As atuações

Léo Jardim – uma defesa mais complicada no primeiro tempo, em um chute de média distância. De resto, não chegou a ter muito trabalho e mostrou segurança.

João Victor -jogou com a firmeza a mostrou que a zaga fica mais segura com sua presença. Teve uma boa chance no segundo tempo, após cruzamento do Francês.

Medel – comandou a zaga com a autoridade de sempre.

Léo – errou um monte de passes no primeiro tempo, mas não chegou a comprometer defensivamente. Pendurado, foi substituído pelo Mateus Carvalho no intervalo. Com o ex-Cocão, o time passou a controlar amplamente a partida, cedendo menos espaços no meio de campo.

Paulo Henrique – com menos de três minutos de bola rolando deu sua maior contribuição ao placar, acertando bom lançamento que iniciou a jogada do primeiro gol. No resto, fez uma partida na média.

Sforza – no 3-5-2, teve dificuldades com o meio de campo da Lusa, mas mostrou qualidade ajudando na criação. Deu lugar ao Praxedes no segundo tempo, que não fedeu, nem cheirou.

Galdames – se saiu melhor que seu companheiro argentino no meio de campo, sendo mais eficiente no combate e na criação. Ajeitou a bola para Adson marcar o seu gol. De Lucca o substituiu quando o jogo já estava definido e não comprometeu.

Payet – abriu o placar, participou da jogada do segundo gol e fez as assistências dos dois últimos. Isso, e uma penca de dribles e belos passes. Depois do que fez ontem, fica a dúvida se o Francês guardou um pouco de futebol pras semifinais.

Lucas Piton – não estava com o pé muito calibrado hoje – o que ficou claro pelo gol que perdeu no primeiro tempo, isolando a bola – mas foi importante arma ofensiva para o time, como sempre.

Adson – ajudou o ataque a ter uma boa dinâmica e fez boa dupla com o Payet em vários momentos. Marcou um bonito gol no primeiro tempo e deu lugar ao Rossi no segundo. O búfalo só apareceu com maior destaque perdendo um gol feito.

Vegetti – com uma assistência e um gol (o quinto em cinco jogos), só não foi o melhor do jogo porque o Payet esteve iluminado. David entrou em seu lugar e mostrou serviço, deixando o Rossi na cara do gol (para desperdiçar a chance) e marcou o seu, mostrando velocidade e capricho na finalização.