Vasco se esforça para perder para o Juventude e consegue seu objetivo

Único meio-campista a não amarelado já no 1º tempo, JP foi sacado no intervalo, em mais uma decisão estranha do Pacheco
Único meio-campista a não amarelado já no 1º tempo, JP foi sacado no intervalo, em mais uma decisão estranha do Pacheco (📸: Leandro Amorim| Vasco)

O Vasco precisou fazer um esforço tremendo para perder o jogo de ontem, para o Juventude. Foi uma partida dura de se ver, protagonizada por duas equipes que pareciam estar de penetras na Série A. Se tivesse sido realizada numa terça-feira, em uma rodada dupla entre Operário x CSA, ninguém teria achado estranho.

Mas os esforços feitos para que o Vasco esteja, pra variar, em uma situação complicada não são apenas dos pernas de pau que atualmente representam o clube no Brasileirão. De certo modo, os 16 sujeitos que entraram em campo ontem, salvo uma ou outra exceção, são os menos culpados. Receberam propostas, foram contratados, treinam (teoricamente), são escalados e obedecem instruções do técnico (mais uma vez, em teoria).

Mas aí vem o técnico e, na hora de escalar seus titulares, insiste em escolher jogadores menos capacitados em um elenco que já é bastante carente em capacitação. Tá certo que o portuga tá aí há pouco tempo, mas a não ser que algo extraordinário aconteça nos treinos, algumas das suas opções são simplesmente incompreensíveis. E pior, o homem da boina parece obstinado em continuar dando murros em ponta de faca, insistindo com jogadores que não entregam NADA por um, dois, três jogos.

(parêntese: e nem vou comentar a impressão de que a única instrução que o Pacheco conseguiu dar para seu time é a de correr e dar chutões pra frente pra ver no que vai dar. Fecha parêntese)

Mas dito isso, o técnico lusitano – aliás, justo o Vasco parece ser o único clube no Brasil no qual treinadores da “metrópole” não fazem uma graça sequer e redundam em fracassos retumbantes (Sá Pinto que o diga!) – também não pode ser o único apontado nesse esforço coletivo para ferrar o time. Porque é preciso ter uma espécie de dom pra conseguir montar um elenco como o que temos torrando centenas de milhões de Reais.

Infelizmente, o dom é o da incompetência absoluta para fazer contratações.

Mesmo levando-se em consideração todos os desfalques (o Francês, o Pirata, o Piton e até mesmo o Praxedes e os “residentes do estaleiro” Paulinho e Jair) e a teimosia do treinador com uns e outros, é INACEITÁVEL termos um sujeito como o Clayton usando a armadura cruzmaltina em um jogo oficial. Ou ter um Hugo Moura, contratado a peso de ouro e já relegado ao esquecimento. Ou ter um Serginho – que conseguiu ficar pior depois de fazer um preenchimento capilar na antiga calva – no grupo. Ou, ou, ou…são “ous” demais para um elenco montado com tanta grana. E incompetência demais para uma 777 só.

Muito provavelmente terminaremos a rodada no Z4, sem um técnico (por mais que o profissionalismo condene uma demissão após meros quatro jogos, não há como manter o Álvaro Pacheco. Não com reles 8% de aproveitamento e tendo uma goleada histórica para o maior rival nesse curto espaço de tempo) e precisando, mais uma vez, recomeçar do zero com 1/4 do Brasileirão já passado. Pedrinho, mandatário do associativo e da SAF, precisará dar o jeito dele para resolver as coisas. E o mais rápido possível.

As atuações

Léo Jardim – nada podia fazer no primeiro gol, deu um azar tremendo no segundo. Quase não trabalhou no jogo.

Paulo Henrique – não chegou a fazer nada que pudesse fazer mudar o panorama do jogo. Mais um dos caras do elenco de 300 milhões que raramente passa do feijão com arroz mal temperado.

Maicon – se dependesse dele, o Juventude teria aberto o placar já no primeiro tempo, ao ficar plantado na área e apenas torcer para o Gilberto perder um gol feito. Depois disso não chegou a comprometer.

Léo – também não teve responsabilidade direta na derrota, mas os passes errados quando tentou ajudar na construção de jogadas foram irritantes.

Vitor Luis – com uma limitadíssima capacidade ofensiva, vinha compensando na marcação. Mas terminou expulso fazendo a falta que originou o segundo gol do adversário (em um lance que, é fato, não passaria de um amarelo se fosse a nosso favor).

Zé Gabriel – se já não é um exemplo de volante combativo normalmente, imaginem tendo tomado um amarelo no começo do primeiro tempo. Saiu no fim para a entrada do David, que não teve tempo pra fazer muita coisa.

Galdames – outro marca-fofo que foi ainda mais fofo ao tomar um amarelo estúpido logo na primeira etapa. Não ajudou em quase nada até dar lugar ao Sforza, que pelo menos procurou criar algo em um meio de campo desprovido de criatividade. Quase marcou em um chute de fora da área.

JP – meia mais avançado na noite de ontem, não conseguiu fazer com que o time saísse da mesmice na criação. A seu favor, pode se dizer que com ele em campo o Vasco  não sofreu gols. Diferente do Mateus Carvalho que deu todo espaço do mundo para jogador do Juventude finalizar a meia distância e abrir o placar.

Rossi – foi acionado algumas vezes e não conseguiu completar nenhuma jogada com competência. Saiu no intervalo, dando lugar ao Rayan, que foi acionado algumas vezes e conseguiu completar uma boa jogada, logo no primeiro minuto da etapa final. E foi só.

Adson – enquanto esteve em campo, tentou ajudar o time a chegar ao ataque, mas não teve muita ajuda e fracassou. Deu lugar ao Serginho, que conseguiu fazer uma finalização medíocre e irritar a torcida com erros de passe e decisões equivocadas.

Clayton – uma atuação para fazer qualquer um pensar em qual critério foi utilizado para sua contratação. Parece que jogou improvisado na posição de “atleta profissional de futebol“.

4 comentários em “Vasco se esforça para perder para o Juventude e consegue seu objetivo”

  1. Sério mesmo, nunca vi um time do Vasco tão ruim igual a esse.
    O quarteto da frente é pior do filme de horror, imagina Rossi (Ruan) Clayton, David e Serginho. Acho que não fazem gol nem em times da série D.
    Só milagre ou Deus na causa.

  2. Como esse técnico foi eleito o 3º melhor do campeonato português por um jornal de lá, achei q não seria um novo Sá Pinto. E realmente não foi. Conseguiu ser pior! Não q eu ache q ele fosse acertar o time com o tempo, mas a saída dele é muito desanimadora. É um fiasco atrás do outro.

    Obs: Não seria “Jair” no lugar de “Jean” no parágrafo 7?

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