O Vasco não perdeu. E essa é a única boa notícia

Pouco trabalho: Leo Jardim não precisou fazer nenhum dos seus milagres no empate com o Cruzeiro, primeiro jogo no qual o Vasco não sofre gols no Brasileirão 24
Pouco trabalho: Leo Jardim não precisou fazer nenhum dos seus milagres no empate com o Cruzeiro, primeiro jogo no qual o Vasco não sofre gols no Brasileirão 24 (📸: Matheus Lima | Vasco)

Depois do que a torcida passou nas últimas duas rodadas pelo Brasileiro, é complicado reclamar do empate sem gols de ontem contra o Cruzeiro.

Para efeitos de classificação foi um resultado ruim, principalmente por termos jogado na Colina: o pontinho conquistado só nos livrou de voltar ao Z4 porque temos dois jogos a mais que Grêmio e Criciúma, os dois primeiros times na zona de degola.

Sobre a atuação do time, também não há muito o que comemorar. O time mostrou um pouco mais de vontade e atenção na marcação, mas não muito mais que isso. Nem mesmo termos sido melhores durante boa parte do jogo (principalmente no segundo tempo) serve muito de consolo, porque é preciso lembrar que a Raposa jogou desfalcada de dois dos seus melhores jogadores.

Ah, mas o Vasco também não teve Payet e ainda perdeu o Piton“, dirá você, vascaíno que não desiste nunca. Verdade. Mas esses desfalques serviram para mostrar que nossa dependência não é apenas do francês…É de qualquer jogador que tenha pelo menos dois neurônios que consigam pensar o valoroso esporte bretão de forma minimamente criativa. O Vasco ontem, quando conseguiu se impor, foi apenas na correria. Porque fora isso, fomos um completo deserto de ideias.

Ainda assim, não termos sofrido gols pela primeira vez na competição nos dá um certo alívio. Mas é impossível não considerarmos que jogamos em casa e contra um adversário que, a princípio, deveria estar em condições próximas do Vasco. E a atuação deixou no ar aquela dúvida: teríamos a mesma sorte de o Cruzeiro tivesse jogado completo? Ou, como será a próxima partida contra um adversário mais qualificado?

Tivemos alguma evolução, claro. Mas a impressão deixada é de que o homem da boina ainda está perdido com o elenco que tem em mãos.

As atuações

Leo Jardim – dessa vez não precisou provar que é um dos melhores goleiros do país. Foi pouco exigido.

Paulo Henrique – defensivamente não comprometeu. No apoio, deu saudades dos jogos no quais não faz nada, porque ontem só (se) atrapalhou. Puma Rodiguez o substituiu e se o objetivo era trazer uma melhora na parte ofensiva, o resultado não apareceu.

Maicon – um dos mistérios insondáveis da fase Peaky Blinder do Vasco é o JV bancar para o “God” of zaga. Ontem não chegou a entregar a paçoca, mas falhou em um lance no segundo tempo no qual quase conseguiu.

Leo – surpreendeu meio mundo ao mostrar uma disposição incompatível com sua fama de marca-fofo. Mas poderia ter um pouco – ou muito – mais de capricho nos passes.

Vitor Luis– entrou do nada no lugar do Piton que teve uma “indisposição estomacal“. E, nessas condições, até que foi bem. Fez uma partida segura defensivamente e foi o autor de uma das finalizações mais perigosas do time, acertando um belo chute de fora da área no primeiro tempo. Diante disso, era querer demais que o cara acertasse um cruzamentozinho sequer na partida.

Zé Gabriel – um primeiro tempo à la delivery, entregando um monte de bolas ao adversário por erros de passe ridículos. Melhorou na segunda etapa, roubando algumas bolas e até teve uma chance clara de marcar (o que, claro, não aconteceria nunca).

Galdames – no primeiro tempo foi aquela figura que já nos acostumamos a não notar em campo. Melhorou junto com o time no segundo, inclusive sendo um pouco mais efetivo na ocupação de espaços pelo meio. Matheus Carvalho entrou em seu lugar e não teve tempo para fazer muita coisa.

JP – a estreia do garoto entre os titulares foi padrão: oscilou, como todo jogador egresso da base. Também se saiu melhor na etapa final, quando ajudou mais na ligação entre o meio e o ataque. Deu lugar ao esquecido Serginho no fim do jogo. O atacante só apareceu ao receber uma falta desqualificante por trás.

Adson – uma daquelas atuações que nos fazem pensar se o caminhão de dinheiro gasto na sua contratação se justifica para um jogador que raramente faz algo além de mostrar empenho. Desperdiçou o contra-ataque mais promissor do time errando um passe simples. Clayton o substituiu e nem foi citado pelo narrador.

Rossi – uma atuação daquelas de fazer a torcida ter saudades do Gabriel Pec. De útil, muito pouca coisa. David entrou em seu lugar e tirando uma bicicleta constrangedora de fora da área e uma cotovelada dada em um adversário que o juizão deixou passar, nada mais fez.

Vegetti – sem construção de jogadas e sem laterais capazes de acertar um cruzamento, o Pirata precisou se esforçar em dobro para fazer alguma coisa. E não conseguiu muito: algumas cabeçadas, com apenas uma delas levando perigo real ao gol cruzeirense.

7 comentários em “O Vasco não perdeu. E essa é a única boa notícia”

  1. Tava nem sabendo do jogo, mas chega cai a lágrima na hora de ler os nomes nas atuações. Rossi, Adson, JP, David, Clayton, Serginho, Paulo Henrique, Puma…

    Que desgraça de time é esse??

  2. Putz!!!!!! Custei a entender a função do Ross: Ressuscitar e dar voz as viuvas do Ameba Raquítica…….
    Na minha opinião para escalar o Rossi, seria melhor jogar com 10, ao menos não correriam o risco de passar a bola para o anencéfalo!!!!!!! Sentir saudades da Ameba, meu Deus a que ponto chegamos……..
    Maycon, Galdames e Rossi, com muito boa vontade, mais muita mesmo, são jogadores para Série C!!!!!!!!!!!

      1. você se doeu pelo Rossi, Maicon ou Galdames???????

        São realmente 3 craques……….

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