Frustração

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A enxurrada de memês criados imediatamente após o fim da partida são um sinal de que a torcida vascaína deve ter ficado satisfeita com o empate em 1 a 1 com a mulambada. E até há motivos para isso, já que mantivemos o tabu de mais de um ano sobre o rival, a invencibilidade na competição e a liderança na Taça Guanabara. Mas se formos no ater apenas ao que aconteceu no jogo, o sentimento de frustração é inevitável, pelo menos para o torcedor mais atento.

Aliás, até a satisfação com o resultado é um sinal do quanto o Vasco foi mal na partida. Diante do que jogamos, o empate foi lucro: mesmo que não tenha faltado vontade ou que o time demonstrasse qualquer sinal de oba-oba (o que me preocupava um pouco), a equipe poderia muito bem ter perdido a partida e pelas chances criadas pelos dois times, talvez até merecesse a derrota. A mulambada não conseguiu exercer um domínio do jogo tão grande quanto o Botafogo nos impôs na última rodada, mas defensivamente o Vasco esteve ainda mais bagunçado que no domingo passado.

E não podemos esquecer que o Framengo era o mesmo time que estava há quatro jogos sem vencer, que perdeu para Volta Redonda e Atlético-PR e que estava há séculos sem sequer marcar um gol. Ainda assim conseguiu várias vezes furar nosso bloqueio defensivo com muita facilidade. E não creio que a predominância rubro-negra em boa parte do jogo tenha acontecido por eles terem entrado no clima da partida e nós, não. É que o Vasco estava realmente desorganizado, errando passes demais e aceitando que o rival dominasse as ações no meio de campo.

O treinador aparentemente tem sua responsabilidade nisso. Se perdemos a disputa no meio de campo, devemos muito disso à insistência do Julio dos Santos no meio. Com o paraguaio em campo, Marcelo Mattos fica sobrecarregado e Andrezinho fica sem liberdade para ajudar o Nenê. Contra um adversário de menor qualidade, até vai; em um jogo no qual a pegada e a correria são maiores por conta da rivalidade, isso é o mesmo que ceder o setor para o adversário. Isso ficou claro ontem depois da saída do Rúlio: a entrada do Diguinho fez com que tivéssemos o melhor momento na partida, com Andrezinho mais presente na criação/ataque e uma maior combatividade na marcação.

Mas o próprio Diguinho nos mostrou o dilema do nosso técnico. Com o passar dos minutos, vimos como o volante-volante piorou nossa saída de bola, o que acabou favorecendo a mulambada. Aos poucos eles voltaram a ganhar terreno e acabaram marcando numa cochilada da defesa que, há pouco tempo, não imaginaríamos ver acontecer. Por sorte, Nenê – que vinha tendo uma atuação apagada – mostrou mais uma vez sua importância para o time cobrando o escanteio na medida para o colombiano Riascos exibir sua estrela e aumentar sua vantagem como artilheiro do time. Ainda que tenhamos conseguido o empate nos minutos finais da partida, corremos sérios riscos de perder o jogo, com mais uma desatenção da defesa e a mulambada perdendo mais um gol inacreditável.

Chegamos ao oitavo jogo seguido sem saber o que é perder para o Framengo, mas não dá pra ficar satisfeito apenas por isso. É preocupante vermos o time do Jorginho atuar mal em dois clássicos justo quando o funil vai apertando. Quando a Taça Guanabara terminar, muito provavelmente teremos dois rivais entre nós e o bicampeonato. Se continuarmos fraquejando como aconteceu nas duas últimas partidas, o título pode ficar em risco.

As atuações…

Martin Silva – fez valer o gasto no voo fretado para sua participação na partida. Fez pelo menos três defesas espetaculares e garantiu o empate. No gol que sofremos não pôde fazer nada.

Madson – sofreu com Jorge, o lateral mulambo. Perdeu uma chance incrível por adiantar demais a bola e falhou no lance do gol adversário ao cortar uma bola para frente da área, no pé do Alan Patrick.

Rodrigo – vinha tendo sua atuação de sempre nos clássicos: jogando com firmeza, provocando os atacantes adversários e indo bem no combate de direto. Mas comprometeu sua atuação no lance do gol mulambo, quando ficou olhando o cruzamento enquanto deixou Marcelo Cirino livre para marcar

Luan – o aparente nervosismo do começo da partida foi diminuindo aos poucos. Fez uma partida correta.

Julio Cesar – esteve mal tecnicamente, errando muitos passes e sendo facilmente superado na marcação (sua lateral foi o melhor caminho para os mulambos atacarem) no primeiro tempo. Melhorou um pouco na etapa final, mas foi um dos que ficou olhando o Cirino entrar na área para fazer o gol sem fazer nada.

Marcelo Mattos – no primeiro tempo sofreu com a falta de ajuda na proteção à zaga; no segundo, teve mais liberdade para chegar ao ataque (quando quase marcou um bonito gol de cabeça) e acabou fazendo falta à frente da nossa área.

Julio dos Santos – em um clássico como o de ontem não dá pra manter em campo um jogador que marca tão pouco. Tanto foi que Jorginho o tirou ainda no intervalo para a entrada do Diguinho, que liberou o Andrezinho da marcação, mas piorou sensivelmente a nossa saída de bola e ainda fez uma penca de faltas.

Andrezinho – enquanto o paraguaio estava em campo não apareceu tanto na criação. Melhorou no segundo tempo, podendo iniciar as jogadas de ataque mais livremente e aparecendo mais para concluir jogadas.

Nenê – foi muito marcado? Foi. Não conseguiu criar tanto quanto se espera dele? Fato. Mas basta olhar quem bateu o escanteio que originou nosso gol para comprovarmos, mais uma vez, o poder de decisão do camisa 10.

Jorge Henrique – ontem não prestou nem pra tal “função tática” de recomposição da defesa: se tinha que acompanhar o Jorge pela lateral, foi extremamente ineficiente na tarefa. Se machucou e saiu ainda no primeiro tempo, para a entrada de Caio Monteiro, que se não chegou a fazer a diferença foi infinitas vezes mais efetivo no ataque, criando boas jogadas. Quase marcou um bonito gol.

Thalles – mesmo não marcando gol teve uma boa atuação. Fez jogadas de pivô, deu liberdade para os companheiros ao chamar a marcação e passou bolas com inteligência. Acabou saindo para a entrada do Riascos, que mostrou mais uma vez estar em boa fase: voltando depois de um mês contundido, precisou de poucos minutos para marcar seu sétimo gol e garantir o empate.

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Vale um comentário: tivemos dificuldades na partida, mas tudo seria muito mais fácil se o Sr. Wagner Nascimento Magalhães fizesse o trabalho dele com correção. Como de costume, tivemos um juiz pusilânime no comando da partida o que permitiu que a mulambada continuasse com 11 jogadores em campo. Tivesse a coragem de cumprir o seu papel de forma decente, o Sr. Wagner deveria ter expulsado o Guerrero (por uma cotovelada em Rodrigo fora da disputa da bola) e o Márcio Araújo (que derrubou o Nenê por trás já tendo levado um amarelo). Se o Framengo passasse os 45 minutos finais com dois jogadores a menos, dificilmente teria feito um gol no Vasco.

Não que o juizinho tenha favorecido os mulambos. Se quisesse, o Sr. Magalhães também poderia ter marcado uma penalidade a favor do rubro-negro. Mas é aquilo: tendo afrouxado na hora de expulsar o atacante peruano, o juiz usou a famosa lei da compensação. Coisa de árbitro fraco mesmo.

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Dessas ironias do futebol….

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O clássico de ontem entre Vasco e Botafogo foi um daqueles jogos no qual a ironia inerente ao futebol se mostra em sua plenitude. Mesmo tendo tido uma atuação bem inferior se comparado com o empate contra o mesmo alvinegro no primeiro turno do Estadual (e talvez a pior apresentação do time em todo campeonato), dessa vez não ficamos no empate. Foi um 1 a 0 sofrido e, porque não dizer, talvez nem merecido. Mas assim é o esporte: a eficiência nem sempre vem acompanhada com a qualidade.

Falo em eficiência porque isso, não se pode negar, nós tivemos. Enquanto o Botafogo parecia ter uns quatro ou cinco jogadores a mais em campo – dada a lentidão dos nossos jogadores – e pressionou boa parte dos 90 minutos, o Vasco compensou a pouca criatividade com a precisão que nosso adversário não teve. Tanto que resolvemos a partida na nossa primeira finalização, com a bela jogada com Nenê e arremate de Thalles, aos 25 minutos da etapa inicial.

A cachorrada passou o jogo inteiro rondando a nossa área e isolando a bola, não conseguindo sequer dar muito trabalho ao jovem Jordi. Mesmo com o Vasco errando muitos passes e com seus veteranos parecendo trotar diante da molecada alvinegra, o Botafogo só teve três chances reais de gol: uma no primeiro tempo, com a bola indo às redes mas numa jogada em impedimento; as outras duas em cabeçadas na etapa final, uma carimbando o travessão e outra indo para fora.

No final das contas, a incapacidade do ataque botafoguense foi decisiva numa partida em que o Vasco deu chances ao adversário como poucas vezes no campeonato. A vitória foi importantíssima para nos deixar ainda mais tranquilos na liderança e também para aumentar a moral para o próximo clássico, contra a mulambada já na quarta que vem.

Mas convém lembrar: o Framengo jogará pressionado e precisando muito mais do resultado que o Vasco. Se repetirmos a fraca atuação que tivemos ontem, podemos acabar sendo surpreendidos por um adversário em baixa, o que não consegue fazer há mais de um ano. E nesse caso, não será nem um pouco legal ver a ironia do futebol mudar de lado e agir contra nós.

As atuações…

Jordi – mostrou que os possíveis receios da torcida não se justificavam, tendo uma atuação segura e correspondendo sempre que foi preciso.

Madson – terrível defensivamente, nulo no apoio. Depois de errar uma tonelada de passes e correr o tempo todo sem qualquer objetividade, sentiu câimbras no fim do jogo deu lugar ao Yago Pikachu, que não teve oportunidade de fazer nada além de se preocupar com a defesa.

Luan – sofreu com os espaços deixados pelo meio de campo, mas se saiu bem na maioria dos lances.

Rodrigo – uma sucessão de equívocos que quase colocou a vitória em risco.

Julio Cesar – se não chegou a comprometer, da mesma maneira não chegou a se destacar em momento nenhum da partida.

Marcelo Mattos – carregando piano todo jogo, Mattos mais uma vez surpreendeu positivamente. Marcou junto, cobriu os espaços como pôde e muitas das vezes conseguir fazer a parte dele e a do Rúlio dos Santos no combate pelo meio.

Julio dos Santos – acertou um bom lançamento em profundidade para o Madson ainda no primeiro tempo. Depois disso, nada além do futebol paraguaio de sempre. Saiu para a entrada do Bruno Gallo, que conseguiu o feito de manter o nível de atuação do titular.

Andrezinho – mais uma vez ditou o ritmo na meiuca, levando o time pra frente e ajudando na marcação o quanto pôde. Perdeu a melhor chance que tivemos para ampliar, após o próprio Andrezinho puxar um contra-ataque e receber de Nenê.

Nenê – com sempre, não precisa ser o melhor em campo durante os 90 minutos para provar o é decisivo: foi dele o lindo passe para Thalles marcar o gol da vitória.

Jorge Henrique – difícil falar de um jogador que não faz nada em campo. Ficou tempo demais em campo, mas acabou cedendo o lugar para o Caio Monteiro, que entrou em um momento da partida em que o Vasco preocupava-se tanto em segurar o resultado que nem a velocidade do garoto nos contragolpes foi aproveitada.

Thalles – mostrou faro de artilheiro ao marcar o gol: se posicionou bem e deu apenas um tapa na bola após receber de Nenê antes do chute matador. No restante do jogo mostrou espírito de luta e foi visto até na área ajudando na defesa.

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Cornetando a vitória

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Podem me colocar na categoria de “torcedores corneteiros” – do que, aliás, fui chamado ontem pelo Twitter enquanto passava o jogo – e eternamente insatisfeito. Afinal de contas, na vitória por 1 a 0 sobre o Boavista, o Vasco até apresentou um bom futebol e, o que realmente importa, levamos os três pontos. Mas até por sabermos da capacidade do time, fica difícil não cornetarmos a atuação do Vasco por boa parte do segundo tempo.

Quem viu o Vasco no início da partida imaginou que veríamos outro adversário massacrado como o Bangu foi. Nos primeiros 25 minutos de partida, o Boavista pouco pôde fazer além de se defender e torcer para que os atacantes vascaínos não caprichassem nas finalizações. De tanto martelar, acabamos marcando num lance com improváveis protagonistas: depois da cobrança de escanteio do Nenê, Julio dos Santos escorou a bola que sobrou para Marcello Matos empurrar para a rede.

Foi pouco depois de conseguirmos a vantagem que as coisas mudaram. O Vasco deu aquela desacelerada a que todos já nos acostumamos, o que num primeiro momento só deixou a partida tediosa. Mas no segundo tempo, principalmente depois dos 10 primeiros minutos, a diminuição no ritmo se somou a um aparente cansaço do time. E com isso o Boavista cresceu no jogo. Mesmo que isso não tenha sido o bastante para corrermos riscos, devemos isso mais à incompetência do nosso adversário em criar oportunidades de gol.

As coisas só voltaram a melhorar para o nosso lado com as mexidas do Jorginho, que tirou os inoperantes Julio dos Santos e Jorge Henrique. Diguinho voltou ao time e se saiu melhor que o paraguaio não apenas na marcação, mas também quando foi à frente. E Caio Monteiro trouxe toda uma nova dinâmica ao ataque que Jorge só seria capaz de fazer se tivesse 10 anos a menos. Com essas alterações retomamos o controle do jogo e voltamos a criar boas chances. Não chegamos a ampliar o placar, mas foi o bastante para garantirmos a vitória sem maiores preocupações.

Mas esse JC, hein? Se vencemos e ele elogiou o time, está cornetando porque é chato!”. Chato – ou exigente, como prefiro considerar – eu sou mesmo. Mas a cornetagem só é feita porque sei que o time pode render mais e que a irregularidade ao longo da partida poderia ser evitada. O Vasco não pode fazer o “modo desinteresse” uma rotina toda vez que abre vantagem no placar. Contra adversários menos qualificados pode não ter consequências, mas em um clássico isso pode ser fatal. Seja por uma maior aplicação durante os 90 minutos, seja por alterações mais ágeis quando o treinador perceba uma queda de rendimento, o Vasco precisa encontrar uma maneira de evitar correr riscos desnecessários.

As atuações…

Martin Silva – dessa chegou a ter algum trabalho, mas nada que exigisse seus poderes milagrosos.

Madson – apesar de ter perdido o gol mais feito da história recente do Vasco, fez uma boa partida, aparecendo diversas vezes com perigo no ataque. E, não só isso, fez mais de um bom cruzamento em uma única partida. A convivência com um técnico que jogou muito na sua posição parece começar a surtir efeito.

Luan – apareceu no ataque diversas vezes, mostrando o quanto queria marcar um gol no seu estado natal. Tanto foi que parecia não se preocupar com o lado que a bola entrasse: quase marcou um gol contra no segundo tempo.

Rodrigo – jogou com seriedade e se saiu bem. Bateu uma falta com perigo e acabou saindo no fim do jogo, com câimbras. Jomar o substituiu e manteve o nível até o fim do jogo.

Julio Cesar – uma boa atuação, tanto defensivamente como no apoio.

Marcelo Mattos – garantiu os três pontos marcando seu primeiro gol pelo Vasco, e foi bem na marcação no primeiro tempo. Quando o time cansou no segundo tempo, teve mais problemas no combate.

Julio dos Santos – participou do lance do gol, o que já tornaria sua atuação melhor que a média. Fora isso, fez tudo aquilo que apenas o Jorginho consegue enxergar. Deu lugar ao Diguinho, que na sua volta ao time entrou para reforçar a marcação pelo meio quando o Boavista tinha certo domínio no setor. Mas além disso, ainda participou no ataque, fazendo pelo menos uma grande jogada com Thalles.

Andrezinho – teve uma participação mais discreta que nas últimas partidas. No segundo tempo pareceu cansado e sumiu.

Nenê teve aqueles momentos em que obviamente prefere tentar um lance de efeito e desperdiça a jogada. Mas como na maioria dos casos, foi decisivo: foi dele a cobrança de escanteio que resultou no nosso gol.

Jorge Henrique – teve duas chances no primeiro tempo: na primeira, faltou velocidade; na segunda, altura para cabecear a bola. No segundo tempo foi uma figura nula em campo até que cedeu lugar para Caio Monteiro, que entrou dando um novo gás ao time e criando um salseiro pra cima da defesa do Boavista.

Thalles – não fugiu do jogo, mas teve poucas oportunidades. Na melhor delas, depois de tabela com Diguinho, perdeu uma chance incrível.

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Não posso deixar de citar o bonito papel feito pela torcida vascaína em Cariacica: estádio lotado e apoio ao time durante os 90 minutos. Parabéns a todos o envolvidos pela bela festa!

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Uma estreia promissora

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O que mais me agradou na vitória do Vasco sobre o Bangu por 2 a 0 foi a postura do time em campo. Pelo que vimos, parece que a equipe do Jorginho encarou mesmo o início da Taça Guanabara como a primeira partida pra valer no ano e se impôs sua superioridade em campo na maioria absoluta dos 90 minutos.

Independente das limitações do adversário, os 10 minutos iniciais foram provavelmente os melhores do Vasco no Estadual. Com bom toque de bola ao atacar e uma marcação eficiente, praticamente não demos chances para o Bangu fazer qualquer coisa além de se defender. Termos tido quatro finalizações nos cinco primeiros minutos com bola rolando mostra o tamanho da pressão sofrida pelo alvirrubro no começo da partida. Com um pouco mais de capricho nos arremates e sem a excelente atuação do goleiro Célio, poderíamos ter aberto o placar bem mais cedo.

Mas não abrimos e aos poucos o Bangu conseguiu dar suas primeiras escapadas para o ataque. Nada porém que chegasse a ameaçar. Martín Silva poderia levar suas luvas em qualquer loja e pedir sua troca alegando que não as utilizou. Depois de um tempo sem muitas emoções, veio o resultado prático do adversário não ficar mais tão fechado em sua defesa: surgiram mais espaços para o Vasco avançar e abrir o placar. Madson avançou, recebeu boa bola do Julio dos Santos e centrou para a área; Jorge Henrique entrou de carrinho e marcou.

Mesmo com a vantagem o Vasco seguiu pressionando e o 1 a 0 só permaneceu no placar até o fim da primeira etapa por conta do goleiro do Bangu, que fez pelo menos um milagre, em cabeçada certeira do Rodrigo. Jorginho chegou a lamentar que seu time não tivesse matado a partida com as chances que teve, mas achou por bem não fazer qualquer substituição no intervalo.

Sem alterações no Vasco, sem alterações na partida. Seguimos pressionando, criando jogadas e impedindo que o Bangu criasse chances. Com a partida controlada, só estava faltando o segundo gol, o que aconteceu aos 29 em jogada de Andrezinho com a zaga: o meia cruzou, Rodrigo cabeceou para o meio da área e a bola encontrou a perna do Luan e terminou na rede.

Com o 2 a 0 no placar o Vasco naturalmente diminuiu o ritmo. Com isso o Bangu tentou crescer e teve algumas boas chances em contra-ataques. Poderíamos até ter sofrido um ou dois gols, mas os atacantes adversários pareciam determinados em não dar trabalho ao nosso goleiro e chutaram todas longe do gol. Nos minutos finais Jorginho fez as três substituições, colocando Caio Monteiro, Mateus Vital e Índio em campo. Os garotos não tiveram tempo para fazer muita coisa e nem seria necessário. A vitória já estava mais que garantida.

É sempre bom lembrar que o Bangu não chega a ser parâmetro para muita coisa. Mas a atitude do Vasco em campo, essa sim, serve para deixar a torcida confiante. Diante do que os rivais têm apresentado na competição, nosso time parece estar num padrão de jogo um pouco melhor, o que pode fazer a diferença na hora dos jogos decisivos. Se considerarmos que essa foi a primeira partida que realmente valia alguma coisa nesse ano, a torcida pode ficar satisfeita com o desempenho do Vasco nessa estreia.

As atuações…

Martin Silva – sua ida à São Januário ontem só se justificou pela homenagem recebida por completar 100 jogos com a camisa do Vasco. Fora isso, não precisou fazer quase nada em campo.

Madson – fez um bom primeiro tempo – quando foi presença constante no apoio e acertou um dos seus raros cruzamentos – e acabou sendo mais discreto na etapa final.

Luan – sem muitas preocupações na zaga, acabou dando as caras no ataque algumas vezes. De tanto fazer isso, acabou marcando o segundo gol do time.

Rodrigo – também não teve muitos problemas com o ataque adversário e foi visto tentando aprontar alguma coisa no ataque. Em dois lances quase marcou o seu – no primeiro, evitado por um milagre do goleiro do Bangu e no segundo, por cometer entrada faltosa ao disputar a bola – e em outro ajeitou de cabeça para Luan marcar (ainda que involuntariamente).

Julio Cesar – foi mais presente no apoio que de costume e conseguiu criar alguns lances de perigo quando avançou. Ainda assim fez uma partida segura defensivamente, não deixando espaços pela sua lateral.

Marcelo Mattos – fez bem o papel de proteção à zaga, mesmo que tivesse que apelar para as faltas em alguns lances. Com o time cansando no segundo tempo e sendo o único a se preocupar exclusivamente com o combate, passou a ter alguns problemas para fechar os espaços pelo meio de campo.

Julio dos Santos – participou bastante do jogo, mas segue sendo muito lento na recomposição e errando a maioria dos passes decisivos. Ao menos ontem iniciou a jogada do primeiro gol, acertando bom passe para a infiltração do Madson.

Andrezinho – mesmo tendo que ajudar na marcação foi o jogador mais útil da criação. Participou da maioria das jogadas ofensivas do time, incluindo aí o cruzamento que originou o segundo gol. Saiu já nos acréscimos para a entrada do Matheus Índio, que viu o árbitro apitar o fim do jogo assim que pisou em campo.

Nenê – como não poderia deixar de ser, foi muito marcado e teve problemas para ser o cérebro do time. O excesso de tentativas de jogadas de efeito também atrapalharam um pouco. Como na última partida, entrou tarde no jogo, tendo seus melhores lances com a partida já resolvida.

Jorge Henrique – ontem teve uma das suas melhores atuações pelo Vasco, não apenas pelo gol que marcou, ainda no primeiro tempo, mas por ter mostrado mais efetividade no ataque, não apenas correndo de um lado pro outro, mas procurando jogo e arriscando finalizações. Poderia até ter marcado outro se tivesse mais faro de gol. Saiu no final para entrada de Mateus Vital, que no pouco tempo que teve em campo só apareceu tropeçando sozinho quando puxava um contra-ataque.

Thalles – teve algumas chances, fez algumas boas jogadas, mas saiu em branco de campo. Caio Monteiro entrou em seu lugar já nos minutos finais e não teve muito tempo para aparecer.

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Hoje é um dia de comemoração não apenas para o Vasco, mas para todo o futebol brasileiro: 14 de março é o dia de aniversário da primeira conquista internacional de um clube do Brasil, o I Campeonato Sul-Americano de Clubes. E o autor de tamanha façanha não poderia ser outro além do Gigante, instituição que faz do pioneirismo uma tradição.

Como segunda é dia de coluna no Vasco Expresso, falo desse grande feito lá no site. Cliquem e confiram.
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Acabou a pré-temporada

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Como eu havia dito ontem, só mesmo com o Vasco criando problemas para si mesmo para termos alguma dificuldade para vencer o time com a pior campanha nesse Estadual. E os tais problemas até apareceram, mas o Bonsucesso mais uma vez se mostrou tão desprovido de qualidades que nem as falhas vascaínas foram o bastante para evitarem uma vitória tranquila para o Gigante. Se dependesse unicamente das forças do rubro-anil, o placar de 3 a 1 poderia ter sido ainda melhor para nós.

Não que eu esteja reclamando, claro. Até entendo que, numa partida em que cumpríamos tabela pela última rodada de uma fase que nem precisaria existir no Estadual, a motivação apresentada pelo time do Vasco até foi aceitável. E podemos dizer que mesmo a formação com três atacantes não se saiu tão mal. Ofensivamente, o 4-3-3 – na prática um 4-2-3-1, com Jorgenrique, Nenê e Eder Luis tentando municiar o Thalles – até conseguiu criar um bom número de jogadas ofensivas, das quais muitas poderiam terminar em gols se finalizássemos com mais precisão.

Já defensivamente as coisas não foram tão bem. Com um jogador a menos no meio de campo e tendo apenas o Marcelo Mattos se dedicando ao combate (o Rúlio dos Santos, obviamente, não conta nessa função), acabamos cedendo mais espaços do que seria aceitável tendo o adversário que tivemos. Tanto que precisamos contar com a sorte, e com a trave, em duas finalizações deles, para que o Bonsucesso não marcasse um gol ainda no primeiro tempo.

Mas se na primeira etapa a lentidão para recompor o time defensivamente quando perdíamos a bola não chegou a comprometer o resultado, bastou uma falha de posicionamento e um minuto no segundo tempo para que o Bonsucesso diminuísse, contando com a colaboração involuntária do Jomar.

Não que o gol pudesse representar um risco real de uma reação. Toda vez que o Vasco resolvia acordar na partida, chegava ao ataque sem muitos problemas. Já o Bonsucesso, teve poucas oportunidades – que invariavelmente terminavam em finalizações pífias – todas surgidas quando nosso time dava suas cochiladas. O terceiro gol vascaíno, o segundo do Thalles na partida, demorou a sair, mas teria sido o bastante para acabar a partida já aos 35 minutos.

Aliás, o jogo foi favorável principalmente para o Thalles, que mostrou voltar a merecer a confiança da torcida, mesmo tendo se saído bem contra um adversário dos mais limitados. De resto, o Bonsucesso não ofereceu dificuldades maiores que um deses adversários que temos em amistosos de pré-temporada. O que, se levando em consideração a relevância dessa primeira fase do Estadual, podemos considerar encerrada apenas ontem. Para todos os efeitos, a temporada 2016 só se inicia na prática no próximo jogo, numa fase em que se decidirá quem irá para as semifinais da competição.

As atuações…

Martín Silva– a sorte acabou trabalhando mais que o goleiro, já que o Bonsucesso colocou duas bolas na trave no primeiro tempo. No gol sofrido, pouco poderia ter feito.

Madson – se há uma crítica que não podemos fazer ao Madson é que não seja um jogador regular. Em toda partida faz o mesmo: aproveita muito os espaços que aparecem para apoiar, mas não consegue concluir quase nenhuma jogada.

Jomar – pelo menos duas falhas graves de posicionamento, numa delas, o Bonsucesso marcou o seu gol.

Rodrigo – mesmo parecendo não estar 100% depois da luxação que sofreu, teve pouco trabalho com o ataque adversário.

Julio Cesar – acertou belo lançamento para Thalles marcar o primeiro gol.

Marcelo Mattos – sendo o único a marcar de verdade no meio de campo, teve problemas para fechar os espaços no meio de campo. Mas se saiu bem apesar disso, acertando inclusive bom lançamento que originou o último gol vascaíno.

Julio dos Santos – mesmo contra um adversário fraco como o Bonsucesso, não conseguiu ser eficiente nem na marcação, nem na criação de jogadas.

Nenê – fez boas jogadas, arriscou finalizações e marcou um bonito gol (dessa vez sem ser em uma penalidade). Evander o substituiu no fim do jogo, mas no pouco tempo que teve, conseguiu perder uma chance clara de marcar seu primeiro gol como profissional.

Jorge Henrique – pelo menos arriscou algumas finalizações, mas outra vez ficou sem justificar sua titularidade. Caio Monteiro o substituiu e procurou participar bastante da sua partida de estreia nos profissionais.

Eder Luis – se o que mantém no banco é não conseguir acompanhar as decidas dos laterais adversários, mostrou que ainda amargará a reserva por um tempo. Mesmo aparecendo no ataque, o cansaço demonstrado ainda no primeiro tempo foi a razão para ser substituído pelo Yago Pikachu, que se esforça bastante para ser útil ofensivamente, mas ainda parece ansioso. Ontem, muitos citaram a furada que deu em um lance que poderia acabar em gol, mas sua participação no terceiro gol mereceria ter tido mais destaque.

Thalles – pode não ter sido uma atuação de gala, mas foi o melhor em campo: participou dos três gols, marcando um belo gol logo aos três minutos, dando inteligente passe de peito para Nenê marcar o segundo e mostrando oportunismo de centroavante ao marcar o terceiro.

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