Valeu Figueira!!!

Entre as comemorações pela classificação e os ataques de riso que tive pelo chororô mulambo-tricolete, acabei deixando esse humilde blog largado às moscas por mais tempo do que deveria. Poderia ter feito um post pelo aniversário de São Januário, a Fortaleza Cruzmaltina, que completou 88 anos de muitas glórias e alguns dramas na terça passada, mas essa semana cheia de feriados – e crianças pulando e gritando pela sala – acabou me tirando o tempo para escrever algo que estivesse à altura de data tão importante.

Mas em uma semana sem jogos, na qual só tivemos treinos e zoações pra cima da mulambada, apareceu ontem uma notícia que vale a pena comentar. Enquanto a torcida se aquece para o primeiro jogo da final com a cachorrada, foi noticiado que o clube negocia com três jogadores que poderiam vir a ser os primeiros reforços para o Brasileirão, que começa mês que vem. ”Reforços”, no caso, muito meritórios das aspas que acompanham a palavra: o clube, mais especificamente Euriquinho, o filho do “Dotô” conversa com o lateral Julio Cesar, o volante Diguinho e Carlos Alberto, o “Cazalbé”.

Ignorando o fato dos três terem passado dos 30 anos – já que nem seria tão ruim termos mais opções experientes no elenco – e de estarem sem clube, a questão é se eles seriam realmente contratações interessantes. Será que a relação custo X benefício das contratações justificaria a vinda deles para o Vasco?

Sendo um lateral esquerdo e tendo alguém como Christianno como titular da posição, a vinda de Julio Cesar nem seria das mais lógica das três. Mesmo do alto dos seus 32 anos e com sete meses afastado do futebol, é difícil crer que meu xará não conseguiria ser uma opção aceitável entre as opções que temos para a posição.

Já o Diguinho, também com 32 anos e igualmente inativo há meses, não me agrada. Não vejo a menor necessidade de contratarmos um volante que costuma fazer muitas faltas (disso já temos em baciada por aqui) e que, tirando alguns raríssimos brilharecos, é muito pouco efetivo além do combate. Precisamos de um volante de qualidade, com bom passe e que tenha habilidade para também chegar à frente, coisa que dificilmente Diguinho conseguiria ser. Muito melhor é fazer com que o Matheus Índio se adéque a esse função.

Por último, falemos do “Cazalbé”. Pra mim, cogitar sua volta ao Vasco já me parece um absurdo completo. Primeiro porque definitivamente não precisamos de um jogador como ele no elenco: ele não é, nem nunca foi um camisa 10. Ele seria apenas mais um meia-atacante problemático e que não consegue render, o que Bernardo e Montoya já fazem com muita competência. E depois, contratar um jogador que já fracassou no clube duas vezes, que nos últimos TRÊS ANOS mal jogou 20 partidas oficiais e que é cliente vip dos departamentos médicos ultrapassa os limites da burrice. É insanidade (ou algo ainda pior para o Vasco, mas não há nada que possamos afirmar concretamente sobre isso).

Que estamos sem grana para reforços de peso, todos sabemos. Que o jeito é apostar em jogadores de clubes menores ou em veteranos sem muito espaço nos grandes times do país é fato comprovado pela primeira leva de contratações da diretoria. Mas pensar em Carlos Alberto é um desespero que não faz qualquer sentido. Por sorte, o Figueirense mostrou ainda mais interesse pelo problemático camisa 19 e acertou com Cazalbé, impedindo que a diretoria cometesse essa atrocidade.

Essa notícia é tão boa que nem dá pra lamentarmos o fato de um jogador ter preferido o clube catarinense ao Vasco. Só temos a agradecer ao Figueira pela graça alcançada.

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Enquanto contratações duvidosas são urdidas nos bastidores vascaínos, nada de acontecer a renovação com a Caixa, o que, no final das contas, poderia render uma graninha para reforços de verdade para o Brasileiro.

Vejam vocês: o Vasco pretendia a contratação do Cazalbé enquanto demora a resolver a situação com um patrocínio estatal. Voltamos à 2009 e nem percebemos….

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Os eliminados da final continuam passando recibo a torto e a direito. A ideia agora é a realização de um amistoso entre mulambos e flores, no dia do jogo decisivo entre Vasco e Botafogo. Seria a “final moral” do Estadual.

Não sei o que é mais engraçado nessa história. Se é ver o eterno favorecido por “erros da arbitragem” time do Eduardo Cunha e o famoso clube do tapetão falarem em moral ou se é perceber que no meio do mimimi infinito, a dupla não notou a piada pronta: resolveram fazer uma inédita decisão do terceiro lugar do Carioca.

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